ALCYR CAVALCANTI -
As contas da presidente Dilma Roussef também conhecidas como "pedaladas fiscais" foram rejeitadas por unanimidade pelo Tribunal de Contas da União-TCU e aumentou a crise de governabilidade do Governo Dilma.
O advogado geral da União Luiz Inácio Adams tentou anular o julgamento com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal-STF pedindo a suspensão do julgamento e a mudança do relator Augusto Nardez, com a alegação que o ministro Nardez estaria influenciando o julgamento, ao ter declarado publicamente seu voto ao rejeitar as contas. O ministro Luiz Fux do STF manteve a data, rejeitou o pedido e o TCU reprovou por unanimidade as contas de 2014 da presidente Dilma Roussef, decisão que poderá ser um dos motivos para a oposição abrir um processo no Congresso para o impeachment da presidente. Para o TCU uma série de irregularidades foram muitas agravando a situação financeira por operações irregulares, as "Pedaladas Fiscais", principalmente nos Programas Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida. A presidente Dilma Roussef declarou "Que diante das dificuldades temos que ter coragem e determinação para enfrentar os problemas, e não devemos nos atemorizar". Em outro trecho quando analisou a situação econômica afirmou "Que vê uma luz no fim do túnel" e que o Brasil vai superar as dificuldades.
A aplicação do "pacote de ajustes" também é motivo de preocupação dos membros do governo e seus aliados. As medidas de ajuste e os vetos presidenciais que seriam julgados no Congresso foram adiados pela segunda vez apesar das sucessivas reuniões, do remanejamento e distribuição de cargos da base aliada, que ao que parece não forma um bloco coeso, mas um saco de gatos em que cada um cuida de si, e só pensa em cargos e benesses, esquecendo as promessas feitas na campanha eleitoral. O governo fica em um impasse, pois tem muito pouca coisa a oferecer, para receber o apoio em troca. O senador Delcidio Amaral-PT líder do governo lamentou muito o não comparecimento no Congresso para julgar os vetos da presidente, que se forem derrubados podem causar um enorme prejuízo nas já combalidas finanças. Seria em torno de mais de R$60 bilhões nas contas públicas, o que poderia aprofundar ainda mais a crise, ao colocar o país em um processo recessivo de difícil resolução.