6.8.15

Veja pede desculpas por publicar extrato falso de suposta conta de Romário

Via Jornal GGN -

O banco suíço BSI entrou com pedido de queixa penal no Ministério Público de Genebra.


Na noite desta quarta-feira (05), a Veja publicou uma nota pedindo desculpas ao senador Romário "por ter publicado um documento falso como sendo verdadeiro". A ação ocorreu após o banco suíço BSI emitir em nota a falsidade do extrato utilizado pela revista para afirmar, em reportagem, que o parlamentar teria R$ 7,5 milhões. O banco ainda entrou com uma queixa penal no Ministério Público de Genebra.

"Esse pedido de desculpas não veio antes porque até a tarde desta quarta-feira ainda pairavam perguntas sem respostas sobre a real natureza do extrato, de cuja genuinidade VEJA não tinha razões para suspeitar. A nota do BSI dissipou todas as questões a respeito do extrato. Ele é falso", disse a nota do site da revista.

A Veja insistiu que continuará investigando a legalidade do extrato, "revisando passo a passo o processo" que, segundo eles, não teve "nenhuma má fé" e que a publicação do documento falso como verdadeiro é um "evento singular que nos entristece".

Após a publicação da revista há duas semanas, Romário decidiu viajar até Genebra para verificar as informações. O senador descobriu que os documentos eram falsos. Uma carta do BSI desta quarta-feira (05) comprova: "nós estabelecemos como certo que este extrato bancário é falso e que o Sr. Romário de Souza Faria não é o titular desta conta em nosso banco na Suíça", diz a correspondência endereçada aos advogados contratados por Romário em Genebra.

O banco disse, ainda, que abriu uma "queixa penal na Procuradoria Geral de Genebra no dia 4 de agosto de 2015", contra "um desconhecido", podendo "estabelecer com certeza que o extrato da conta é falso e que o sr. Romário de Souza Faria não é, portanto, titular de dita conta em nosso banco na Suíça" ao procurador responsável. A instituição financeira considera que os atos "constituem diversos delitos penais graves, em especial a falsificação de documentos".