Por CLÁUDIO HUMBERTO - Via Diário do Poder -
O Planalto aciona os governistas que restam no Congresso para espalhar uma maldade: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, estaria usando o contrato secreto da CPI da Petrobras com a empresa inglesa Kroll para investigar adversários, buscando ligá-los a contas em bancos de paraísos fiscais, e também a ex-advogada Beatriz Catta Preta e o lobista Júlio Camargo, que delatou Cunha na Lava Jato.
A prorrogação do contrato da empresa Kroll constrange a diretoria-geral da Câmara, que o assina e o paga.
Servidores da Câmara dizem que só para casos excepcionais, ligados à segurança nacional, é possível renovar contratos como o da Kroll.
Eduardo Cunha teria ordenado devassa em contas de adversários após ser acusado de exigir US$ 5 milhões de propina de Julio Camargo.
Encerrado em julho, o primeiro contrato com a Kroll custou R$ 1,18 milhão. Novas etapas de investigação terão custos adicionais.
DILMA PODE SER O QUARTO PRESIDENTE A RENUNCIAR
Em uma eventual renúncia, a presidente Dilma Rousseff seria a quarta chefe do Executivo a “jogar a toalha”. Precederam a petista o marechal Deodoro da Fonseca (1891), Jânio Quadros (1961) e Fernando Collor de Mello (1992), sendo o ex-presidente Collor o único a renunciar em meio a um processo de impeachment. Outros oito presidentes também não conseguiram concluir o mandato, seja por impedimento ou morte.
É curioso o fato que todos os presidentes decidiram pela renúncia do mandato no segundo semestre do ano em que governavam.
As renúncias quase seguem uma sequencia. Foram nos meses de agosto (Jânio), outubro (Collor) e novembro (Deodoro). Falta setembro.
O site Diário do Poder revelou com exclusividade, sexta (7), que Dilma já teria preparado uma carta-renúncia com a ajuda de dois ministros.



