16.8.15

DEDICO ESTA MÚSICA AO PRESIDENTE DA CUT...

Por CELSO LUNGARETTI - Via Náufrago da Utopia -

...POR HAVER DITO BOBAGEM MUITO MAIOR QUE A DO WILSON BATISTA, A QUEM NOEL ROSA RESPONDEU COM UM CALABOCA ANTOLÓGICO:


É besteira "ir para as ruas entrincheirados, de armas na mão, se deitar e lutar", sem ter feito a lição de casa lá atrás. Amadores sem treinamento estão muito longe de serem "o exército que vai enfrentar essa burguesia"; só servem como alvos, patinhos de parque de diversão.

E luta armada se convoca quando um governante é tirado do poder ao arrepio da Constituição. O que se vê, até agora, são pessoas à cata de uma justificativa legal para o impeachment de Dilma.

Têm o direito de tentarem, desde que continuem dando os passos previstos na nossa Carta Magna. O Congresso Nacional poderá fulminar cada um desses pedidos, agindo igualmente de acordo com os pesos e contrapesos de uma democracia.

O Vagner Freitas é que está viajando na maionese, com suas bravatas vazias. Fez-me lembrar o Luiz Carlos prestes, pouco antes do golpe de 1964, vangloriando-se de que o Partido Comunista já estava no poder. A propaganda inimiga deitou e rolou em cima de sua incontinência verbal, assim como hoje está deitando e rolando em cima do que ela qualifica de ameaça ao Congresso.

Os arroubos demagógicos também são inoportunos. Ao qualificar de golpistas os que até agora não se comportaram como tais, candidata-se a ser mais um menino que grita lobo! fora de hora.


Infelizmente, não é o único. Até a presidenta segue o conselho de Goebbels e fica martelando sem parar uma mentira, para que acabe passando por verdade. Desmoraliza-se aos olhos das pessoas conscientes e equilibradas.

Golpistas foram os milicos que tomaram o poder pela força em 1930 e 1964, muito dos quais participaram de ambos os golpes, fascistas com carteirinha assinada, embora haja na esquerda quem, aberrantemente, estabeleça uma diferenciação entre a primeira e a segunda quarteladas.

Por enquanto não há tanques nas ruas, nem sequer vivandeiras batendo na porta dos quartéis. E o nosso interesse é que continue assim, pois uma luta armada agora seria mais desigual ainda para o nosso lado que a dos anos 60/70. Daquela vez tínhamos bons guerreiros, só que foram insuficientes. Agora nem isso temos.

Então, Freitas, devagar com o andor, que o santo é de barro...