Por KIKO NOGUEIRA - Via DCM -
Rachel Sheherazade cavou um pênalti no SBT. Na quinta-feira, ela
bufou depois de uma matéria sobre adolescentes que transavam em bailes
funk. De acordo com o colunista de TV Flávio Ricco, foi chamada para uma
conversa com o diretor de jornalismo, Marcelo Parada, que teria lhe
pedido que parasse de fazer “caretas”.
Saiu da sala do chefe avisando que ia procurar Silvio Santos. A
emissora nega o “assédio moral”. Numa entrevista ao site Notícias da TV,
Rachel falou o seguinte: “Sou uma profissional, uma mulher de
respeito, que exige respeito em suas conversas e não se submete a
qualquer intenção de assédio moral. O Parada me informou que eu não
poderia mais fazer ‘caretas’. Corrigi-o. Disse-lhe que não faço caretas
no ar, mas uso minhas expressões faciais, assim como meu gestual, para
interpretar a informação ou para exprimir minhas emoções. Não sou uma
máquina. Sou uma pessoa sensível e transparente. Não escondo o que sou, o
que penso nem o que sinto”, informou por e-mail.
“Fiquei chocada como qualquer mãe de família, como ficou, aposto, a
maioria dos telespectadores. Minha reação foi humana e natural”.
Sheherazade foi proibida de dar opiniões desde que defendeu
justiceiros que amarraram um rapaz num poste, há mais de um ano. Desde
então, mentiu algumas vezes, alegando que Silvio estaria arrumando um
outro programa para ela dar seus pitacos. Não aconteceu nada e ela foi
contratada pela Jovem Pan, mais conhecida como Jovem Klan.
Por trás do teatro de Sheherazade está sua vitimização. Marcelo
Parada foi um dos coordenadores da campanha de Dilma Roussef em 2010.
Rachel está sendo “censurada”, um termo banalizado por todo idiota de má
fé. Ora, desde quando qualquer um fala o que quer em qualquer empresa
de jornalismo?
Está implícito que a censura é do PT. Ela é uma campeã da liberdade
de expressão e o bolivarianismo a está calando. Isso é ditadura.
É notório o desprezo de SS pelo jornalismo. Agora ele terá de lidar
com uma dor de cabeça envolvendo sua suposta protegida, cujo contrato
vai até 2018. Para um sujeito que prefere ver séries no Netflix a
assistir TV é uma fria, mas foi ele quem trouxe um monstro da Paraíba e o
alimentou até que ele se tornasse incontrolável.



