19.6.14

SEM OPOSIÇÃO, POR REJEIÇÃO DILMA PERDE PARA A SOCIEDADE. COM 68% DO BRASIL CONTRA A COMANDANTA VIDE PLANILHA DO IBOPE, JUSTIFICA A BRAVATA: ”NO MEU GOVERNO”. LULA TÃO SILENCIOSO OU COCHILA, OU ENTROU EM ALFA. ALA DO PMDB SUBIU NO MURO. APOIO DE MALUF E ‘COISA DO DIABO’, DIZ ELEITORA. NEM EXORCISMO TIRARA ESSA ALMA ESCUMUNGADA DO CORPO DE DILMA. MALUF, COLLOR E DEMAIS, QUEREM O SANGUE DA SOCIEDADE. FALOU O PRESIDENTE DA FIFA SEPP BLATTER

ROBERTO MONTEIRO PINHO -
Milhares de “boquinhas”, aparelhados em instituições públicas e privadas, inclusive em Confederações, Federações, Fundações, sindicatos e nas OABs de todo país, já negociam financiamentos, com a última parcela do carrão vencendo em dezembro. O vendaval da incerteza já se apossou da militância de aluguel. Segundo turno vai ser a maior divisão que o país experimentou em todas as eleições presidenciais, muitas das quais, verdadeiras engenharias para eleger sucessores, aqui a estrutura é outra, inovada, mas conhecida nos parlamentos do mundo, uma frente de apoio, com todo mundo mamando nas generosas tetas da Nação.

O resultado da última pesquisa do Ibope (foram ouvidos 2.002 pessoas entre os dias 13 e 16 de junho) encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada há pouco, revela que a presidenta Dilma Rousseff aparece com 39 por cento das intenções de voto, seguida por Aécio Neves (PSDB), com 21 por cento. Em terceiro lugar aparece Eduardo Campos (PSB), com 10 por cento. Com o resultado, avaliou o relatório da pesquisa - caso as eleições fossem hoje, a atual presidente enfrentaria um segundo turno. É bom lembrar que o levantamento anterior do Ibope, encomendado pela União dos Vereadores do Estado de São Paulo e divulgado dia 10 de junho, mostrava Dilma com 38 por cento das intenções de voto, seguida por Aécio, com 22 por cento, e Campos, com 13 por cento. 

Lula fechou com ACM, Sarney e Collor 

Pesquisas a parte vamos analisar alguns pontos da primeira eleição de Lula em 1992, onde disciplinadamente seguiu a orientação da cúpula petista, que tinha a engenharia e fórmula para romper a resistência da direita, a eleição do petista. Trago aqui um dos momentos dessas articulações, numa conversa entrevista de Lula a Roberto Marinho, ao ser indagado sobre a sua aproximação com a direita: “Eu converso com todo mundo. Até com quem é mais problemático para mim, como o Quércia. As pessoas ficam me cobrando se eu vou subir no palanque com ele. Eu subo. Subo até com o Antonio Carlos”. Roberto Marinho: “Mas não pesam contra Antonio Carlos as mesmas acusações que existem contra o Quércia, não é verdade?”.

LULA: “Acontece que o ACM é hoje o que existe de mais governista. Se ACM mudar, está liquidada a fatura. Aliás, como ele é seu amigo…” E foi liquidada, sem a eleição anterior na qual Fernando Collor, no debate da Globo, pergunto se Lula “sabia a diferença entre uma fatura e duplicata?” Lula se elegeu com 90% da direita capitalista apoiando sua candidatura. Lula tinha Sarney, ACM, e hoje Dilma tem Collor e Maluf, melhor que isso, só dois disso!!! Questiono aqui, o que pode esperara o eleitor para seu país com essa gente unida, são eles contra o povo, e do povo querem suas vísceras, são vampiros a espreita do sangue da sociedade brasileira.

Três vezes candidato, três derrotas, se elegeu na quarta, e iniciou uma nova etapa na vida política, levando consigo o Partido dos Trabalhadores, que trouxe uma enorme militância, entrando na via do tráfico de influência até Brasília, com isso fertilizando a campanha seguinte a eleições municipais, onde o PT passou a criar novas e inusitadas alianças, capitaneado pelo PMDB, abrindo desde então os novos caminhos encorpados pela elite brasileira. Presidente da República Federativa do Brasil desde 1º de janeiro de 2003, após a aliança PT, PL, PCdoB, PCB e PMN, foi eleito no segundo turno em 27 de outubro de 2002 com 61,2% dos votos válidos, 52,79 milhões de votos. Comparando a eleição da comandanta Rousseff que com seu apoio em 2010, obteve 43,711milhões de votos, contra 55,752 dos opositores, deixando um buraco de 80,050 milhões que não votaram em Dilma.

Enquanto Lula fechou com ACM e Marinho, exorcizados, Dilma com o capital representado pelo PMDB na vice, um Milton Temer nada comparado ao vice de Lula o mais empresário do ramo têxtil que político senador pelo PL de Minas Gerais, José de Alencar, veio ajudar a puxar na última semana de junho de 2002, na Convenção Nacional do PT a formação de ampla, porém, modesta aliança política (PT, PL, PC do B, PCB e PMN), pavimentando contra tudo e todos uma equação de alianças para o PL, que atraiu o voto dos empresários e dos evangélicos. 

Dilma não conseguirá exorcizar Lula 

Ávidos por mudanças, a sociedade brasileira deu a Lula nessa eleição uma vantagem de quase 20 milhões de votos. Sua reeleição foi consequente. Uma ampla aliança, envernizada de “Pacto Republicano”, acoplou as duas legendas, ou melhor fechou com Lula. Resultado: mais a frente veio o mensalão, arquitetado pelo deputado empavonado e soberbo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), e José Dirceu (PT-SP), com “dinheiro na mão”, e nascia aqui uma desnecessária, imoral e inquietante fórmula de ter os votos no Congresso. Num país de alma ideológica, nasceria uma revolução.

Mas aqui sequer estivemos perto, veio, o STF cozinhou o processo por anos, e ao final um triste e melancólico resultado jurídico, um festival de erros, protagonizados pela mais alta Corte do País. Lula estrategicamente, protegido pelos oligarcas, e as mãos do capital internacional que não desejava e não querem instabilidade com o dinheiro agenciado pelos banqueiros rendendo 12% ao mês, ficou a margem, dando declarações inócuas, monossilábicas e indignas de um ex-presidente da República. Seus aliados mais próximos liderados por José Dirceu, Genoíno e Cia, protagonizaram este quadro maledicente da política brasileira.

Com um “Dragão de Sete Cabeças”, habitando o Planalto, o presidente Lula, desceu as cortinas e abençoou Dilma Rousseff, pesadona, ranzinza, marrenta e autoritária, adjetivos coadunados com a falta de habilidade de articulação, papel que Lula teve que executar e executa, se não “a casa cai”. Lula trouxe o Mundial, e Dilma ia fazer dobradinha com o presidente da FIFA Seep Blatter, mas foi ao Estádio na Copa as Confederações, levou sonora vaia e desistiu.

Ao passo que Lula exorcizou as figuras de Sarney, ACM e Collor, e orquestrou o PMDB e seus boquinhas, a comandanta, não fará com Maluf, ou ele não deixa, ou ela nem ira querer fazer isso, afinal, o que teria a perder? Dilma não, mas os “boquinhas” sim, eles é que infernizam a sua campanha a reeleição, e não são poucos os estridentes empunhados em sua direção.