DANIEL MAZOLA -
Em tempos de “suruba” ou “bacanal” eleitoral, assim
estão sendo definidos os acordos eleitoreiros desse 2014, a insatisfação do eleitorado
com a classe política é assustadora. A
farra bilionária e corrupta da Fifa segue. Toda repressão, cooptação e
chantagem fracassarão, não é mais possível escamotear a realidade. A
persistência da ditadura do capital, gerenciado pelos oportunistas da hora
(Dilma-Lula, Aezão, Campos, Marina e outros ilusionistas) só farão atirar mais
lenha na fogueira.
A onda de greves pelo país, como a dos profissionais da
educação do Rio, segue e só tende a aumentar mesmo com o fim da Copa. A mídia (monopolista)
corporativa e os oportunistas eleitoreiros dirão que isso é coisas da
“direita”. Mas com uma classe política classificada
de corrupta, ineficiente e perdulária, o fogo só tende a aumentar e se alastrar
por todo país, e isso pode refletir na repulsa à votação na eleição de 2014.
Novas pesquisas de opinião encomendadas por partidos,
para consumo interno e definição de estratégias, que não são divulgadas,
indicam essa tendência de revolta do eleitor. As abstenções podem atingir
percentuais superiores a 20%. Votos nulos podem variar de 3% até 10%. Votos em
branco podem chegar a índices de 3 a 5%.
Passado o frenesi futebolístico, a massa de eleitores tende a refletir nas
urnas os efeitos da crise que já atinge a esmagadora maioria dos cidadãos-contribuintes-eleitores.
Seja por queda no poder de compra por causa do aumento do custo de vida,
dificuldade em quitar débitos com os juros altos e a renda familiar cada vez
mais comprometida com a carestia, além da carga tributária sem a correta
contrapartida social.
Passando por insônias, a “gerentona”, Lula e demais oportunistas
promovem a mais vil chantagem eleitoral com o povo, ameaçando-o com a “volta ao
passado” caso não seja referendado seu continuísmo na gerência da ditadura do
capital. Dilma Rousseff corre sérios riscos de não ser reeleita por causa
desses problemas percebidos e sentidos no bolso pela maioria do eleitorado.
Com o que se convencionou chamar (cinicamente) de
governabilidade, o PT se complica ainda mais. Com a desastrada política de
alianças, com traições que só tendem a aumentar, as vísceras ficam totalmente expostas.
A desconfiança é generalizada, a previsão mais realista é de um 2015 com
dificuldades econômicas crescentes que podem redundar em crise, inclusive
institucional, e o impeachment como “solução”.
O
“rei” do Brasil
Nada menos que 52 seguranças da velha Blackwater tomam
conta do cartola suíço Josef Blatter, “presidente” paralelo do Brazil, durante
a “Copa das Copas”.
Os contratados parecem assessores comuns da Fifa, pois não são fáceis de
identificar no cenário. Presidida por Ted Wright, a empresa, que desde 2011
mudou de nome para Academi, é controlada pelo fundo de investimentos USTC
Holdings.
O Brasil torrou cerca de R$ 35 bilhões para fazer a “Copa
das Copas”. Imaginem se a Seleção Brasileira for eliminada nas oitavas de final.
A Fifa sairá no maior lucro, e o governo ficará com o troco das vaias e
xingamentos...
Faltou o legado
Não será no transporte público que teremos a herança do legado da “Copa das
Copas”. E teremos algum? Em Nova York, o metrô tem 24 rotas e mais de 400
estações.
Em Paris, 16 linhas e 300 estações. Em Londres, são 11 linhas e algo como 250
paradas. Em Berlim, apenas um sistema, o U-Bahn, tem dez rotas e cerca de 150
estações.
Apesar da atual expansão para a Barra, área badalada e nobre da cidade, quando
ela ficar pronta, O Metrô do Rio de Janeiro terá apenas 42 estações em toda a
cidade...
Discurso único
A “gerentona” Dilma Rousseff não precisa ficar com medo
de tomar vaias ou ser xingada se comparecer, como convidada de honra, no
próximo dia 31 de julho, na inauguração da monumental réplica do lendário
Templo do Rei Salomão, na Zona Leste de São Paulo.
O bispo Edir Macedo é o único que vai discursar no evento. Idealizador e dono
do prédio de 74 mil metros quadrados de área construída, com 10 mil lugares e
uma fachada de 56 metros de altura. Operou um “verdadeiro milagre”
arquitetônico e financeiro.
A construção é de fazer inveja ao sábio rei bíblico,
amigo da Rainha de Sabá, a obra custou R$ 650 milhões, grana que a Igreja
Universal do Reino de Deus garante ter vindo das doações de seus fiéis,
obreiros, pastores e bispos. “Graças a Deus!”.
Dejetos eleitoreiros
Veja neste site os 6 mil políticos e administradores
públicos impedidos de se candidatarem e sendo processados pela Justiça.