CARLOS CHAGAS -
Espantou-se quem compareceu à sessão de abertura do Congresso da União da Juventude Socialista, promovido pelo PC do B, no sábado, em Brasília. Porque lá compareceu, como convidada de honra, uma nova e diferente Dilma Rousseff. Vestida de candidata, como nunca se tinha visto até agora, ela apelou. Utilizou chavões jamais vistos e ouvidos em seus palanques, tanto de candidata quanto de presidente da República. Delirantemente aplaudida, falou que o Brasil jamais ficará de joelhos, de novo, reivindicando a agenda do futuro e prometendo não permitir que o país volte ao passado através de espectros fantasmagóricos que só podem ser os tucanos. “Não foi eleita para desempregar o trabalhador nem para privatizar empresas públicas, varrer a corrupção para debaixo do tapete ou engavetar denúncias.” Recomendou olhar no passado e no futuro, neste para se assegurar as conquistas sociais, naquele para não deixar voltar o atraso. Exaltada, bateu firme nos adversários, acusando-os de tentar levar o Brasil para trás.
Foi um pronunciamento digno de quem pleiteia tornar-se prefeito de Sucupira, muito a gosto das centenas de Irmãs Cajazeira presentes. Significa o quê, essa mudança de postura da candidata? Primeiro, que Dilma percebeu a necessidade de adotar uma linguagem agressiva por conta da luz vermelha que ameaça fixar-se no semáforo de sua candidatura. Uma forma de afastar a sombra de sua substituição pelo Lula. Depois, por perceber a importância de superar Aécio Neves ainda no primeiro turno, dada a imponderabilidade do segundo. Dividir o país entre bons e maus, competentes e desastrados, mocinhos e bandidos parece, mais do que tática, uma estratégia.
Caso siga até outubro por esse caminho populista e até demagógico, infundindo o medo no eleitorado, deve a presidente preparar-se para a recíproca. O candidato do PSDB também disporá de munição pesada para denunciar submissão, corrupção e até privatização, se quiser.
Vai-se polarizando a campanha, a menos que Eduardo Campos consiga retirar dos armazéns de Marina Silva os recursos necessários para aproximar-se de Aécio. O ex-governador de Minas cairá na armadilha de defender-se da acusação de que promoverá o arrocho salarial, o desemprego e a recessão, reduzindo direitos sociais? Ou acionará com mais intensidade a tecla da inoperância do atual governo na economia? Se seguir as lições do avô, dará mais ênfase a planos, programas e promessas.
Espantou-se quem compareceu à sessão de abertura do Congresso da União da Juventude Socialista, promovido pelo PC do B, no sábado, em Brasília. Porque lá compareceu, como convidada de honra, uma nova e diferente Dilma Rousseff. Vestida de candidata, como nunca se tinha visto até agora, ela apelou. Utilizou chavões jamais vistos e ouvidos em seus palanques, tanto de candidata quanto de presidente da República. Delirantemente aplaudida, falou que o Brasil jamais ficará de joelhos, de novo, reivindicando a agenda do futuro e prometendo não permitir que o país volte ao passado através de espectros fantasmagóricos que só podem ser os tucanos. “Não foi eleita para desempregar o trabalhador nem para privatizar empresas públicas, varrer a corrupção para debaixo do tapete ou engavetar denúncias.” Recomendou olhar no passado e no futuro, neste para se assegurar as conquistas sociais, naquele para não deixar voltar o atraso. Exaltada, bateu firme nos adversários, acusando-os de tentar levar o Brasil para trás.
Foi um pronunciamento digno de quem pleiteia tornar-se prefeito de Sucupira, muito a gosto das centenas de Irmãs Cajazeira presentes. Significa o quê, essa mudança de postura da candidata? Primeiro, que Dilma percebeu a necessidade de adotar uma linguagem agressiva por conta da luz vermelha que ameaça fixar-se no semáforo de sua candidatura. Uma forma de afastar a sombra de sua substituição pelo Lula. Depois, por perceber a importância de superar Aécio Neves ainda no primeiro turno, dada a imponderabilidade do segundo. Dividir o país entre bons e maus, competentes e desastrados, mocinhos e bandidos parece, mais do que tática, uma estratégia.
Caso siga até outubro por esse caminho populista e até demagógico, infundindo o medo no eleitorado, deve a presidente preparar-se para a recíproca. O candidato do PSDB também disporá de munição pesada para denunciar submissão, corrupção e até privatização, se quiser.
Vai-se polarizando a campanha, a menos que Eduardo Campos consiga retirar dos armazéns de Marina Silva os recursos necessários para aproximar-se de Aécio. O ex-governador de Minas cairá na armadilha de defender-se da acusação de que promoverá o arrocho salarial, o desemprego e a recessão, reduzindo direitos sociais? Ou acionará com mais intensidade a tecla da inoperância do atual governo na economia? Se seguir as lições do avô, dará mais ênfase a planos, programas e promessas.