No artigo de ontem (cerca de 15 horas antes do apagão), adiantei e alertei, sobre a gravidade da falta de investimentos corretos em geração e distribuição de energia. Mais de 12 milhões de consumidores foram prejudicados e afetados em 11 estados. Em São Paulo foram 1,2 milhão, segundo a Eletropaulo. No Rio, 880 mil, de acordo com as concessionárias Light e Ampla.
Zimmermann disse que o apagão ocorreu em decorrência de um desligamento seletivo do sistema elétrico de modo a preservar que uma falha se propagasse. Será? Pode ser. Ele reafirmou também que “a estiagem e a redução dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas não ameaçam o abastecimento de energia elétrica no país”. Aí discordo mesmo não sendo especialista no assunto. Um conselheiro de administração de uma das maiores empresas do setor elétrico, acha exatamente o contrário.
Talvez tenha sido realmente um curto-circuito na linha de transmissão Miracema-Colinas, como afirmou a ONS, mas o sinal de alerta do sistema com certeza está ligado. Caso São Pedro não colabore, o risco de racionamento é eminente, virão os apagões e o aumento de gastos com termoelétricas. E quem sempre paga caro, com a falta de luz, tendo boletos a serem quitados, é o povão. Mas também pode sobrar para Dona Dilma, Lula, postes e agregados.
No Rio de Janeiro, a Light informou que interrompeu o fornecimento de energia em bairros do subúrbio e Zona Oeste do Rio e Baixada Fluminense. Cerca de 600 mil pessoas ficaram sem luz por volta das 15h30. A falta de energia atingiu os bairros de Bangu, Campo Grande, Guaratiba e Jacarepaguá, na Zona Oeste; Méier, Pavuna, Inhaúma, Irajá, Penha, Cascadura e Madureira, no Subúrbio; e os municípios de Mesquita, Belford Roxo, Queimados e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Pelo jeito livraram os bairros da Zona Sul. Por que será?
Esse é mais um fantasma que ronda o país, tira o sono do explorado cidadão-contribuinte-eleitor, mas também do governo e empresários. O efeito eleitoral negativo que pode surgir daí é o pesadelo dessa turminha poderosa.
Justiça declara morte presumida de Amarildo
Os Desembargadores da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) julgaram procedente, por unanimidade, o recurso da esposa e dos filhos de Amarildo Dias de Souza e declararam a morte presumida do ajudante de pedreiro, que desapareceu no ano passado na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio. A decisão foi divulgada nesta terça-feira pelo TJ.
Recapitulando. Amarildo de Souza desapareceu após ter sido levado por policiais militares, durante a Operação Paz Armada, realizada entre os dias 13 e 14 de julho de 2013 na Rocinha. O ajudante de pedreiro foi visto pela última vez saindo da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha e embarcando numa viatura da PM. Na primeira instância, a ação declaratória de morte presumida havia sido julgada improcedente. Processo nº: 0064771-31.2013.8.19.0000
SuperVia é multada
O Tribunal de Justiça do Rio determinou que a concessionária responsável pelos trens, Supervia, pague uma multa de R$ 240 mil por descumprir uma liminar emitida em abril de 2009, que obrigava a empresa a impedir a abertura indevida das portas dos trens em circulação. Decisão é da juíza Maria Isabel Paes Gonçalves, da 6ª Vara Empresarial.
A liminar estabelecia multa de R$ 20 mil para cada evento de circulação de composições com portas abertas. Segundo a Justiça, as multas são por causa de descumprimentos ocorridos em 2011, 2012 e 2013. A SuperVia informa que "aguarda ser notificada para tomar as medidas legais cabíveis".
Grupo Galileo tem até dia 28 de fevereiro para entregar os documentos dos alunos
Na tarde de segunda-feira, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro deu mais um passo em favor dos estudantes da Universidade Gama Filho e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade).
Durante audiência no Tribunal de Justiça, ficou decidido que o Grupo Galileo terá até o dia 28 de fevereiro para fazer a entrega de todos os documentos aos estudantes, independente de terem feito o requerimento ou não, já que muitos não estavam conseguindo sequer solicitar sua emissão.
A decisão foi dada pelo juiz Luiz Roberto Ayoub da 4ª Vara Empresarial, o mesmo que deu liminar favorável à ação civil pública ajuizada pelo Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon). A coordenadora do núcleo, Larissa Davidovich, esclarece ainda que os alunos não precisam fazer novos pedidos já que a decisão contempla todos.
*Com informações do Coletivo Mídia Informal.
