15.2.14

“CPI” SERÁ FERRAMENTA ELEITORAL NO RIO. EXTRADIÇÃO DE PIZZOLATO E DEVASSA FINANCEIRA CONTINUAM ASSOMBRANDO DONA DILMA. SÓ DEUS MUDA A “REPÚBLICA DOS BANQUEIROS”?

DANIEL MAZOLA -

Condenado pelo STF brasileiro a 12 anos e sete meses de prisão em regime fechado, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, tem chances reais de extradição, o que pode acontecer daqui a uns seis meses, bem perto da eleição presidencial brasileira, para terror de Dona Dilma Rousseff, Lula, postes e agregados.


 Estão apavorados. O maior medo da cúpula petista é que a Polícia e a Justiça da Itália tenham sucesso na devassa em contas correntes e operações bancárias feitas pelo mensaleiro. Anteontem ele foi indiciado por falsidade ideológica, crime de substituição de pessoa e falso testemunho a um oficial público.

Segundo a Polícia Italiana, antes de ser preso no dia 5 de fevereiro, Pizzolato fez transações bancárias de milhares de Euros. Documentos analisados até agora demonstram que ele se preparava para grandes investimentos na Itália. Os italianos analisam três computadores e vários pen drives apreendidos na casa que ele alugava em Porto Venere, perto de La Spezia.

Vazou a informação, na Itália, que Pizzolato estaria disposto a fornecer mais dois computadores com informações comprometedoras sobre os petistas. O material serviria para provar que sua extradição representaria risco concreto de morte. Como já falei aqui mesmo, Pizzolato teme ser um novo Celso Daniel, prefeito petista de Santo André barbaramente assassinado em 2002.

Através de informações da Interpol, a Polícia Federal acredita que Pizzolato tinha uma conta corrente em banco suíço, que já estaria monitorada. Também há informações sobre pelo menos duas contas correntes abertas na Espanha, que não se sabe se entram no monitoramento. Os dois novos computadores onde estariam as bombas que Pizzolato ameaça estourar, em troca de uma deleção premiada com os italianos, supostamente estão guardados em território espanhol. Será verdade ou blefe?

A extradição de Pizzolato é potencialmente destrutiva para a reeleição e pode mudar todo o panorama da corrida presidencial. Certeza mesmo, só uma, isso é um enorme pesadelo para o ano reeleitoral de Dona Dilma Rousseff, fazendo a alegria de Campos, Marina e Aécio. Não faz muito tempo, nem sonhavam com o segundo turno. Agora, se imaginam com chances. Quem diria.

Danos de R$ 5,5 milhões ao erário

O MPF sustenta a tese de que a gestão de Pizzolato no marketing do Banco do Brasil causou danos de R$ 5,5 milhões ao erário, isso nas operações com as agências de publicidade de Marcos Valério.

Mas acontece que um parecer dado em 2012 pela conselheira Ana Arraes, do Tribunal de Contas da União, que foi acompanhada pela maioria de ministros do TCU, isentou as agências de devolverem a grana ao BB.

Como sabemos, Ana Arraes é a mãe do presidenciável Eduardo Campos (PSB). O ex-aliado petista agora quer o lugar de Dona Dilma Rousseff, está em campanha e brigando. O quê acontecerá agora, apoio materno?

CPI é ferramenta de campanha no RJ

Vêm aí a “CPI do Vandalismo”, protocolada quinta-feira na Assembleia Legislativa do Rio, com 41 assinaturas, vai ser instalada e pretende cercar o PSOL, e quem diria o PR e o PT. Os deputados da base do desgoverno Cabral Filho, vão pedir a quebra de sigilos fiscal e telefônico de dois ativistas: Elisa Quadros, a Sininho, e Sebastião Machado Jr, o Nayt. Eles são suspeitos de ligação direta com dois deputados, o estadual Marcelo Freixo (PSOL) e o federal Garotinho (PR), respectivamente. Cabralzinho colocou sua tropa de choque política em ação.

Essa “CPI” é ilegítima, será usada como ferramenta eleitoral. É uma clara operação montada, nitidamente apoiada pela mídia corporativa, para tentar recuperar a imagem do desqualificado e desclassificado governador. Tarefa que será como ressuscitar cadáver. Mas como na política até defuntos carbonizados podem levantar das tumbas, será necessário ocupar as galerias da Alerj, para fiscalizar e pressionar os nobres legisladores, para que não cometam injustiças, visando apenas o êxito no pleito de outubro.

Escândalo na Petrobras

É mais um fantasma, os espectros não deixam Dona Dilma Rousseff, Lula, postes e agregados em paz. O governo petista está apavorado com os desdobramentos de mais um escândalo internacional que envolve a Petrobrás.

Ex-funcionários da transnacional holandesa SBM Offshore denunciaram que, entre 2005 e 2011, a empresa pagou US$ 250 milhões em subornos. Deste total, US$ 139 milhões foram destinados a comissões pagas a intermediários e a funcionários da Petrobras.

A holandesa SBM é investigada por autoridades da Holanda, Inglaterra e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos desde 2012, por supostos pagamentos de suborno a empresas, inclusive estatais, e autoridades na Guiné Equatorial, Angola, Malásia, Kazaquistão, Itália, Iraque e Brasil.

Deus muda a “república dos banqueiros”?

Pensem, ou melhor, imagine o mercado financeiro, seus bancos, bancários e banqueiros, sendo obrigados a jurar a Deus para fazer o seu trabalho, com integridade e de acordo com certas regras éticas. Acreditem! Uma regra assim deverá ser baixada para os 90 mil funcionários do setor bancário da Holanda, até o final do ano.

Em terras brasileiras, dominadas por cristãos e massacrada por banqueiros e outras pragas, ainda não temos previsão de quando Deus vai envolver a comunidade bancária, principalmente os egoístas donos dos bancos, para salvar os correntistas explorados por tarifas altas, juros elevadíssimos, spreads absurdos e atendimento de terceiro mundo. Somos desgovernados, principalmente, a mando deles.

O motivo dessa iniciativa no país europeu seria porque o índice holandês de confiança nos bancos caiu de 90% (antes de 2008) para 34% no ano passado. Apenas 13% da população acha que os bancos do país estão fazendo um bom trabalho. Os dados são de um estudo publicado no início de fevereiro. Aqui na “república dos banqueiros”, essa jura poderia salvar nossas vidas. Mas pensando bem, banqueiros acendem uma vela pra Deus e outra para o Diabo.