DANIEL MAZOLA –
Para
que não fique dúvidas sobre a “carreira política” do prefeito que conseguiu ser
o anfitrião dos dois maiores eventos do planeta, onde terá espaço
privilegiadíssimo como espectador e “negocista”, Eduardo Paes, veja como iniciou
sua vida pública e como ascendeu a política. Tirem suas próprias conclusões!
Aos 24 anos, em
1993, ainda antes de terminar a faculdade de Direito na PUC-RJ, já estava no
comando da subprefeitura da Barra da Tijuca, quando o prefeito da cidade era
César Maia (pai do não menos oportunista deputado Rodrigo Maia), que agora é
vereador, e jamais conseguiu decolar nacionalmente.
A partir daí, Paes sempre
foi um dedicado e aplicado pupilo, seguiu à risca a principal lição de seu
mestre: estar ao lado do CAPITAL, sempre aliado ao poder econômico. Vale lembrar,
repetir, ele foi guindado à subprefeitura por César Maia, mesmo que agora o
discípulo faça todo o possível para se dissociar do criador e mestre.
Aí a criatura foi
eleita vereador, em 1996. Depois em 1998, foi eleito para a Câmara dos
Deputados, com apenas 29 anos, e em 2002, foi reeleito. Antes da reeleição,
porém, assumiu a Secretaria Municipal do Meio Ambiente do Rio de Janeiro,
durante a gerência de César Maia.
E o
carreirista-oportunista continuava sua subida vertiginosa no velho Estado
brasileiro. Em 2007, a convite do desgovernador Cabralzinho, Paes assumiu a
Secretaria Estadual de Turismo, Esporte e Lazer, mas deixou o cargo em março de
2008, queria a Prefeitura.
Para garantir êxito
na empreitada rumo ao Palácio da Cidade, em apenas cinco anos o atual prefeito
do Rio passou por três partidos: PFL, PSDB e PMDB. E de 1993 pra cá, nos últimos
20 anos, também já por PV e PTB. Se for possível falar de infidelidade num
regime de partido único, seu comportamento é mesmo um dos mais volúveis.
Mas na verdade a infidelidade partidária é coerente e fiel ao capital, seus
financiadores eleitorais.
No início dessa trajetória,
em 1993, quando ainda era subprefeito, Eduardo Paes comandou uma tentativa de
despejo violento numa favela da Zona Oeste, a Vila Autódromo. Vejam como
as remoções com Paes vem de longe. Os moradores da região disseram que Paes os acusou
de causar "dano visual, ambiental e estético", discurso punitivo
contra a classe trabalhadora. E isso foi utilizado pelo então jovem estudante
de Direito, de 24 anos, para concorrer e ser eleito vereador, apoiado
financeiramente principalmente pelas grandes construtoras e empresas de ônibus.
Em 1996, a Vila
Autódromo sofreu uma ação de reintegração de posse movida pela Prefeitura.
Inscrito sob o número 2245 na 4ª Vara de Fazenda Pública, e assinado por Luiz
Roberto da Mata, da Procuradoria Geral do Município (PGM), o texto colocou como
réus os ocupantes da Vila Autódromo e "objetiva reprimir dano ao meio
ambiente urbano, dano ao meio ambiente natural, dano estético, paisagístico e
turístico pedindo-se limitar (...), tomando-se providências para retirada de
pessoas e coisas".
Com esse histórico
não é difícil analisar e compreender a política do "Choque de Ordem",
e o higienismo disfarçado de combate às drogas, promovido pelo prefeito Eduardo
Paes. É coerente.
É apenas uma
consequência natural das alianças que fez durante sua "carreira"
política. Para alegria e deleite das empreiteiras e do monopólio dos meios de
comunicação, que evidentemente lucram com a violência contra a classe trabalhadora.
Paes chegou a criar uma secretaria de governo apenas para tratar de ações
contra mendigos, camelôs e gente que não tem onde morar.
Hoje, o Rio de
Janeiro tem dois desgovernos a desserviço do cidadão. Paes e Cabral representam
melhor do que qualquer coisa o uso da máquina pública pelos ricos para
massacrar os pobres. Cidade e Estado são dois grandes
balcões de negócios.
Apoio a criminosos
O que também marca
a história do prefeito do Rio, são as milícias. Esses grupos paramilitares,
compostos por policiais civis, militares, bombeiros e agentes carcerários são
responsáveis por milhares de casos de assassinatos, torturas, ameaças e
diversos tipos de agressões contra a população favelada do Rio de Janeiro. Jornalistas
também já foram vítimas da brutalidade desses delinquentes, apêndices do
aparato estatal para exercer controle sobre determinadas regiões e explorar
serviços de gás, telefonia, TV a cabo, "segurança", entre outros.
Eduardo Paes,
seguindo as diretrizes de seu mestre político, César Maia, defendeu a ação
desses bandidos numa entrevista a Rede Globo, no RJTV, durante as eleições para
governador do Rio de Janeiro, em 2006, quando se candidatou pelo PSDB. Na
ocasião, o atual prefeito declarou o seguinte:
“Jacarepaguá é um
bairro que a tal da polícia mineira, formada por policiais, por bombeiros,
trouxe tranquilidade para a população. O morro do S. José Operário era um dos
morros mais violentos desse estado, e agora é um dos lugares mais tranquilos”.
Em 2008, foi instalada a CPI
das Milícias na Alerj, presidida pelo deputado Marcelo
Freixo (PSOL). Posteriormente, deputados estaduais e vereadores do Rio foram presos acusados
de chefiarem os grupos paramilitares, mas nada foi efetivamente feito para que
esses grupos deixassem de existir e eles continuam atuando livremente e com o
apoio velado do Estado.
Assim como seu criador, o carreirista Eduardo Paes, mesmo ainda sendo jovem, jamais sairá da política provinciana, assim espero. Já é muito sofrimento
para os cariocas, menos mal para os milhões de brasileiros que não terão a
agonia e o sofrimento que temos. Eduardo Paes é um “fiel
e coerente” oportunistas, graças ao financiamento privado de campanha.
Prefeito Pinóquio
Prefeito Pinóquio
Paes é um autentico mentiroso.
O “jovem” que representa o velho, o atraso. Mas não engana apenas o povão, sabe muito bem escolher a quem deve mentir na política partidária. Mas sua fábrica de mentiras sempre
teve por objetivo favorecer seus financiadores, e claro, buscar vantagem pessoal.
Primeiro mentiu para seu
criador, Cesar Maia. Vendeu a imagem de jovem dinâmico, dirigente e
supostamente eficiente colaborador. Cesar acreditou e investiu nele, caiu como um patinho e começou a lapidá-lo, até que o mentiroso quis voar mais alto, sem o mestre.
Aí vendeu a imagem de grande
aliado dos tucanos, aceitando ser o candidato de oposição contra o candidato do
então governador Garotinho, Sergio Cabral. Na campanha atacou agressivamente seu
atual aliado, Cabralzinho, sem perdão.
Aí mais um pulo, e mais uma
traição coerente. Paes assumiu a secretaria de Esportes e abandonando os
tucanos, para aliar-se a Cabralzinho. Eleito prefeito, fez uma administração para
favorecer seus principais financiadores. Inventou ter trazido as Olimpíadas
para a cidade, e o custo disso? Qual legado os Jogos deixarão?
Reeleito, faz “obras” e “projetos”
que já começam superados, e desnecessários. Visando apenas “vender” a cidade
para negócios privados. Empreiteiros, banqueiros, donos de ônibus, Eike Batista, entre
outros, esses merecem verdade e fidelidade. Para o povo, muitas inverdades, remoções, violência, apoio as milícias, aumento das tarifas de transporte, trânsito caótico, um verdadeiro saco de maldades. Aí quem se apresenta é o
prefeito Pinóquio.
Em O Globo, Caetano responde O
Globo
O artigo de Caetano Veloso publicado no domingo, em O Globo, sobre
o deputado Marcelo Freixo, infelizmente apenas legitima toda a cretinice que o
jornal fez durante a semana passada. Cadê a informação e opinião como temos
aqui. O jornalão da família Marinho não deixa margem para o contraponto, tem reduzidíssimo
espaço para o contraditório, só para Caetanos e outros famosos, cadê espaço na carta
dos leitores?
Tudo que Caetano disse já sabemos, eu e você, a única
diferença é que está nas páginas de O Globo. O ilustre artista faria mesmo a
diferença se em repúdio a tudo que descreveu se negasse a colocar suas palavras
nesse jornal fascista.
Já passou a hora de aceitarmos essa pseudo-democracia, vivemos uma falsa liberdade de imprensa. Continuamos apenas
com liberdade de empresa!
Não bastasse o discurso único, quebrado apenas por Caetano, ainda teve o editorial de segunda feira. Aposto
que a maioria dos profissionais de O Globo deve estar constrangida. O
editorial tentou defender o indefensável. Mostra aos leitores que foi correta e
ética a cobertura do jornal no caso da morte do cinegrafista Santiago Andrade.
Essa "cobertura" precisa é servir como mais um exemplo nas Escolas de Comunicação. Como não se faz jornalismo.
Joaquim
Barbosa não será presidenciável
Quem garante que o ministro
presidente do STF, Joaquim Barbosa, não vai concorrer às eleições presidenciais
neste ano é a Secretaria de Comunicação do Supremo Tribunal Federal (STF) em nota
divulgada no fim da tarde de sábado:
"O Presidente do
Supremo Tribunal (STF), Ministro Joaquim Barbosa, ratifica que não é candidato
a presidente nas eleições de 2014. O Ministro Joaquim Barbosa não faz juízo de
valor sobre nenhum dos partidos políticos brasileiros, individualmente. A
respeito do quadro partidário, já expressou sua opinião no sentido da
realização de uma ampla reforma política que aprimore o atual sistema. Apesar
de já ter tornado público o seu voto nas últimas três eleições presidenciais, o
Presidente do STF, Tribunal que é o guardião da Constituição, ratifica seu
respeito por todas as agremiações partidárias, seus filiados e eleitores".
A Comunicação do STF
ressaltou que Joaquim Barbosa já deixou claro que não pretende permanecer no
cargo até completar 70 anos de idade e ser aposentado compulsoriamente. Mas,
que não há definição sobre a data da sua saída. E nem intenção de embarcar na
aventura da sucessão presidencial.
Condutor
eleitoral
Em maio, o ministro Dias
Toffoli assume a Presidência do Tribunal Superior Eleitoral, no lugar de Marco
Aurélio Mello.
Só para refrescar a
memória, Dias Toffoli foi assessor jurídico da liderança do Partido dos
Trabalhadores, entre 1995 e 2000 na Câmara dos Deputados, em Brasília.Toffoli
foi advogado do PT nas campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em
1998, 2002 e 2006.
Fotógrafo é ameaçado de morte
O fotógrafo independente Francisco Chaves, colaborador do
Coletivo Mídia Informal, que desde as “jornadas de junho” está acompanhando e
registrando, com fotografias e vídeos, as manifestações nas ruas do Rio de
Janeiro, está sofrendo ameaças de morte.
Através da sua página no Facebook, um homem que se identifica
como Antônio Zama, postou um texto em que diz para o jornalista tomar cuidado:
"Aqui é dente por dente, olho por olho!''.
Texto da ameaça na íntegra,
original: "Antonio
Zama - Se existisse pena de morte neste país
com certeza você estaria na fila para ser executado, pessoas como você me faz
sentir menos brasileiro, mas por ser patriota e por defender o meu país de
pessoas como você que tentam ferir a soberania brasileira, quero lhe dizer o
seguinte tome cuidado ao sair as ruas. O povão não aguenta mais ver tanta
bagunça desse seu grupinho de baderneiros um bando de vagabundos sem o que
fazer que tentam manchar a historia deste país quero te dizer "sua
bruxa" que a policia age na legalidade mas o povão de bem que vocês estão
tentando falar por ele não é bobo e aqui é dente por dente e olho por olho,
cuidado você já esta percebendo no seu dia a dia que o povo não quer mais
baderna e por isso que você está sendo hostilizada nas ruas do Rio de Janeiro a
se fosse nos EUA você e esse grupinho de vagabundos já estariam presos a muito
tempo mas como não tem lei neste país APENAS TE DIGO CUIDADO POIS O POVÃO TA AI
e ate o momento vc só tem sido hostilizado por onde passa mas paciência. O que
vc está plantando ainda irá receber em troca".
Orientado por advogados,
Francisco Chaves vai registrar a ocorrência de ameaça, e denunciar a página do
facebook utilizada pelo ameaçador.
Resposta do fotógrafo em sua página no facebook: “Eu aviso a qualquer pessoa ou grupo, com qualquer intenção que seja, que ao acessar essa página, saiba que ela pertence a um cidadão brasileiro, planetário, jornalista profissional (é só olhar sobre a minha pessoa em meu currículo nessa mesma página do facebook). Além de ser jornalista, sou bacharel em Literatura e semiótica. Tenho um perfil ideológico de esquerda, em luta constante e pacífica contra o capitalismo internacional. Sou filiado a todas as organizações jornalísticas brasileiras - FENAJ, Sindicato dos Jornalistas e ABI - portanto me sinto protegido em meus direitos de expor minhas ideias (poesias, prosas e minhas imagens). Tenho trabalho, moradia e interesses próprios no que faço. Não sou financiado por nenhum partido, nenhuma ONG, não recebo ajuda monetária de qualquer entidade. Sou um cidadão libertário”.