DANIEL MAZOLA –
Realmente, parece que o PSDB mineiro fez escola. O
PT já dispõe de US$ 2 bilhões para investir na campanha eleitoral de 2014, essa
é a informação que circula entre os principais lobistas de Brasília, de modo
escancarado.
A maior parte dessa fortuna será empregada na
reeleição de Dona Dilma Rousseff. O dinheiro é resultado direto de uma espécie
de Mensalão, ou “draw back” (vai e volta). Trata-se de caixa dois, arrecadado
de forma sofisticada, com recursos que saem do País e se dispersam, para voltar
na forma disfarçada de investimentos em negócios ou em futuras “doações”.
Grandes empresas que têm contratos com a
administração federal, ou com as estatais fazem subempreitadas de obras e
serviços com “laranjas”. As terceirizações, principalmente nas empresas de
economia mista, são as maiores fontes dos mensalões.
Assim que o dinheiro da corrupção é disperso, ele
pode voltar na forma dos já tradicionais “mensalões”. Outra parte da grana vai
se materializar em doações legais para serem esquentadas na campanha (de
preferência, tudo contabilizado legalmente, com empresas aliadas, que depois
repassam as comissões por serviços, de forma legal ou não, aos esquemas
políticos beneficiados). Fiscalizar é praticamente impossível.
Este sistema corrupto opera em todos os níveis da
administração pública. Repete-se na área federal, nos estados, nos município, e
nas “estatais”, destes três níveis de desgovernança do crime organizado. A
grana estatal (pública) irriga os negócios e parte dos recursos retorna aos
esquemas políticos, retroalimentando “negócios”.
A informação que nos chega, é que o PT (e por certo
outros governos de outros partidos) investe a maior parte de seus recursos fora
do Brasil, de forma “legalizada”, preferencialmente em bancos transnacionais e
em grandes fundos de investimentos. É por isso que tanto dinheiro entra e sai
do Brasil, sem parar.
Tal sistema depende de taxas de juros altos, para
remunerar o vai-e-vem da grana da corrupção. Obras e serviços com orçamentos
superfaturados geram sobra permanente de dinheiro para alimentar os esquemas
mensaleiros (que nunca deixaram de existir, e ainda se sofisticaram), mesmo
após a fantástica condenação de uma minoria de políticos na Ação Penal 470, que
correu no Supremo Tribunal Federal.
A imprensa corporativa e venal prefere não divulgar,
o Ministério Público e a Justiça “aparentemente” optam por não investigar a
fundo tais mecanismos sujos que fazem a riqueza de muitos políticos
brasileiros.
Diante de tanta impunidade, acumulada por séculos,
soa como um deboche o faniquito demagógico de Dona Dilma Rousseff. A Presidente
ficou nervosa com a repercussão dos vultosos gastos dela na “escala”, em
Portugal, após a ridícula participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos.
Isoladíssima e posando de emergente para o mundo.
Não adianta Dona Dilma jurar que pagou a conta com
o dinheiro dela. Como chefe de Estado de um País com inflação e custo de vida
se elevando, ela deveria dar o exemplo. O que falta é transparência. Pega
mal esbanjar, em saidinhas para jantares caríssimos, em restaurantes de luxo.
Probidade também significa economia. A presidente Dilma mostra que é um
fracasso retumbante neste aspecto. A gastança pessoal dela é apenas um triste
reflexo do que faz o governo.
Ou forçamos a mudança desse modelo político, econômico,
cultural e civilizatório, ou então seremos o eterno país do futuro, mantido na eterna
miséria, como mera colônia de exploração por forças corruptas e opressoras,
nacionais e internacionais associadas.
Quem quer bacalhau?
Como quem não se comunica se estrumbica, o velho
guerreiro Chacrinha, diretamente do além, lança sua mais nova ironia ao povo
brasileiro:
“Você quer bacalhau? Então, pede pra Presidenta
Dilma trazer de Portugal”. O turismo lusitano de Dilma vai custar caro,
politicamente.
ENQUETE
O "prefeito" do Rio de Janeiro,
Eduardo Paes, anunciou na noite desta quarta-feira (29) que autoriza o reajuste
das tarifas de ônibus municipais para salgados R$ 3,00. Como o histórico
mostra, certamente barcas, trem e metrô seguirão a esteira do reajuste.
A partir de 08 de fevereiro, a passagem passará de R$2,75 para
R$3,00. O aumento de 9,09% será publicado na edição desta quinta-feira (30) do
Diário Oficial.
Queremos saber o seguinte: a população do Rio de
Janeiro legitima esse reajuste?
Com a voz, vocês, nós, o povo. Esse reajuste é legítimo para o povo?
