O presidente do
Eurogrupo disse hoje no Fórum Econômico de Davos que prevê alguma "má
notícia" dos testes de 'stress' a que foram submetidas em novembro 130
entidades financeiras europeias, o que demonstrará a fiabilidade do exame.
Jeroen Dijsselbloem assegurou que os
resultados dos testes permitirão ver com clareza a qualidade dos ativos dos
bancos e o seu prejuízo real.
Falando num colóquio ao lado do
vice-presidente da Comissão Europeia, Olli Rehn, e do ministro das Finanças
alemão, Wolfgang Schauble, o presidente do Eurogrupo defendeu que o Banco
Central Europeu (BCE) tem de ser completamente transparente, considerando que
não se pode submeter o sector a um exame daquele tipo apenas para cumprir
programa.
Quer Dijsselbloem quer os restantes
participantes no colóquio reconheceram que o sector financeiro europeu está
muito melhor do que há um ano, embora ainda exista bastante trabalho para
fazer.
A avaliação do BCE aos principais
bancos da zona euro, que decorre até outubro, integra: uma análise à qualidade
do balanço dos ativos dos bancos (à data de 31 de dezembro deste ano), uma
análise dos principais riscos que se colocam a cada entidade (liquidez,
alavancagem ou financiamento) e testes de 'stress'.
O exame é realizado antes de o BCE
assumir a supervisão bancária única, um dos mecanismos da futura União
Bancária.