DANIEL MAZOLA -
O Governo do Estado do Rio de Janeiro
e a Maracanã S.A oficializaram segunda-feira aditivo ao contrato de concessão
do Maracanã.
No novo formato, as partes fizeram ajustes no contrato, que sofreu alterações após decisões tomadas pelo governo do Rio pouco depois de o grupo vencedor da licitação assumir o controle do estádio. Ao que parece a cara-de-pau do governador Sérgio Cabral Filho é sem fim. Agora, ficou mais do que claro, a concessionária vai receber para reformar os equipamentos esportivos que ela mesmo destruiu, durante as obras do estádio.
Segundo nota divulgada pelo governo, o tempo de contrato (35 anos) está mantido. No entanto, as demolições do Parque Aquático Júlio Delamare e do Estádio Célio de Barros foram extintas do contrato. Agora, o parceiro privado deve adequar o parque para a disputa do pólo aquático nos Jogos Olímpicos, e reformar o espaço destinado para a prática do atletismo.
Após muitos Atos, lutas populares e manifestações para manutenção dos espaços públicos do complexo do Maracanã, ficou ratificado ainda que o Museu do Índio e a Escola Municipal Friedenreich vão permanecer de pé.
Confira as alterações realizadas pelas partes:
1) Exclusão das previsões de demolição do Estádio de Atletismo Célio de Barros e de construção de um novo Estádio no terreno do Exército situado do outro lado da via férrea. Em substituição, inclusão da obrigação de a concessionária reformar o Estádio Célio de Barros, conforme as especificações do Poder Concedente;
2) Exclusão das previsões de demolição do Estádio Júlio de Lamare e de construção de um novo Estádio no terreno do Exército situado do outro lado da via férrea. Em substituição, inclusão da obrigação de a concessionária reformar o Estádio Júlio de Lamare, de forma a se tornar apto a sediar competições de pólo aquático nas Olimpíadas de 2016, de acordo com as especificações exigidas pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016;
3) Exclusão do contrato da previsão de demolição da Escola Municipal Friedenreich e de construção de uma nova escola municipal, conforme as especificações do Município do Rio de Janeiro, em terreno próximo ao Maracanã;
4) Exclusão do contrato da previsão de demolição do prédio do antigo Museu do Índio, situado na Av. Mata Machado s/nº;
5) Manutenção no contrato da previsão de demolição dos prédios onde funcionaram instalações do Ministério da Agricultura;
6) Construção de vagas de estacionamento sobre a linha férrea ou, alternativamente, em área adjacente ao Complexo do Maracanã, a ser indicada pelo Poder Concedente e acordada com a Concessionária.
No novo formato, as partes fizeram ajustes no contrato, que sofreu alterações após decisões tomadas pelo governo do Rio pouco depois de o grupo vencedor da licitação assumir o controle do estádio. Ao que parece a cara-de-pau do governador Sérgio Cabral Filho é sem fim. Agora, ficou mais do que claro, a concessionária vai receber para reformar os equipamentos esportivos que ela mesmo destruiu, durante as obras do estádio.
Segundo nota divulgada pelo governo, o tempo de contrato (35 anos) está mantido. No entanto, as demolições do Parque Aquático Júlio Delamare e do Estádio Célio de Barros foram extintas do contrato. Agora, o parceiro privado deve adequar o parque para a disputa do pólo aquático nos Jogos Olímpicos, e reformar o espaço destinado para a prática do atletismo.
Após muitos Atos, lutas populares e manifestações para manutenção dos espaços públicos do complexo do Maracanã, ficou ratificado ainda que o Museu do Índio e a Escola Municipal Friedenreich vão permanecer de pé.
Confira as alterações realizadas pelas partes:
1) Exclusão das previsões de demolição do Estádio de Atletismo Célio de Barros e de construção de um novo Estádio no terreno do Exército situado do outro lado da via férrea. Em substituição, inclusão da obrigação de a concessionária reformar o Estádio Célio de Barros, conforme as especificações do Poder Concedente;
2) Exclusão das previsões de demolição do Estádio Júlio de Lamare e de construção de um novo Estádio no terreno do Exército situado do outro lado da via férrea. Em substituição, inclusão da obrigação de a concessionária reformar o Estádio Júlio de Lamare, de forma a se tornar apto a sediar competições de pólo aquático nas Olimpíadas de 2016, de acordo com as especificações exigidas pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016;
3) Exclusão do contrato da previsão de demolição da Escola Municipal Friedenreich e de construção de uma nova escola municipal, conforme as especificações do Município do Rio de Janeiro, em terreno próximo ao Maracanã;
4) Exclusão do contrato da previsão de demolição do prédio do antigo Museu do Índio, situado na Av. Mata Machado s/nº;
5) Manutenção no contrato da previsão de demolição dos prédios onde funcionaram instalações do Ministério da Agricultura;
6) Construção de vagas de estacionamento sobre a linha férrea ou, alternativamente, em área adjacente ao Complexo do Maracanã, a ser indicada pelo Poder Concedente e acordada com a Concessionária.
Estádio
de Atletismo Célio de Barros ainda tem destino incerto
O Célio de Barros foi fechado em março, e, após as
manifestações ao longo do ano, o governador Sérgio Cabral Filho anunciou as mudanças
de planos, desistindo da demolição. Um dos representantes do Comitê Popular da
Copa e das Olimpíadas, Demian Castro, disse que a demolição do
estádio de atletismo nunca foi debatida com os usuários. "A gente quer que
isso seja debatido com as pessoas que vivenciam. Os atletas do Célio de Barros
não foram consultados em nenhum momento e não sabem quando que o Célio de
Barros vai ser reaberto", declarou.
O professor e atleta máster Adalberto Rabelo, que dá
aulas no Célio de Barros desde 1983, explica que a pista foi destruída para
servir de canteiro de obras do Maracanã. "Está muito difícil, há a
promessa da reconstrução, mas só a promessa. E nós estamos aqui clamando pelo
governador, pelas autoridades, pelos responsáveis pelas obras do Maracanã, que
reconstruam o nosso estádio, isso é um patrimônio histórico do atletismo
nacional, nós podemos dizer que lá nasceu o atletismo nacional".
De acordo com ele, os atletas ficaram sem local de
treinamento desde que o equipamento foi fechado. "Tanto espaço para fazer de
canteiro de obra e foram fazer no nosso estádio, prejudicando o treinamento de
muitos atletas de altíssimo nível, tanto atleta adulto como o infantil e
juvenil, e também o atleta máster, todos prejudicados e sem local para
treinar", disse Rabelo.
O presidente da Federação de Atletismo do Estado do Rio
de Janeiro (Farj), Alberto Lancetta, lembra que o Célio de Barros não foi
demolido como previsto originalmente, mas está inviável. "Só não destruíram
mais porque eu entrei com uma liminar. Daí o Ministério Público os obrigou a
pararem, porque eles destruíram a minha torre de controle com aparelhagem
eletrônica, destruíram a gaiola de arremesso e lançamento, aí eu fiz um boletim
de ocorrência, fui à polícia, entrei no Ministério Público. Aí eles tiveram que
voltar atrás, foi por isso, porque eles iam acabar com o estádio",
declarou.
A Casa Civil do governo fluminense informou que está em "tratativas
com o Ministério do Esporte para transferência de recursos a fim de reformar o
Célio de Barros", mas que a obra vai precisar de projeto e de licitação,
portanto, só poderá ser executada "a partir de julho de 2014, após o fim
da Copa do Mundo".
Governantes continuam debochando da
população
As manifestações populares desse ano mostraram que a
população em geral não aceita mais corrupção, incompetência, desleixo, amadorismo,
desculpas esfarrapadas e cinismo vindos dos governantes.
Mas parece que Sérgio Cabral, Eduardo Paes e suas
equipes não quiseram aprender a lição ensinada pelas ruas e pela forte queda em
seus índices de popularidade. Continuam tratando a cidade como um balcão de
negócios.
O Governador continua utilizando o helicóptero do
Estado, cuja manutenção e custos de cada viagem são pagos com dinheiro público,
para se dirigir nos fins de semana à luxuosa mansão de praia que possui. Mantém
o hábito de transportar animais de estimação, cabeleireiros, empregados,
parentes, etc.
Já o Prefeito informou que a Via Binário, propagandeada
como genial solução para a derrubada da Perimetral sofrerá alagamentos sempre
que chover forte até 2016. O primeiro grande teste já ocorreu nas primeiras
chuvas de dezembro, gerando caos e muitos transtornos no trânsito da Cidade, aos
pedestres e moradores.
Por fim, o Secretário Municipal de Transportes, Carlos
Roberto Osório, concedeu medalha de mérito ao Metrô do Rio de Janeiro pela
suposta excelência operacional, embora todos saibam que os comboios do sistema
são quentes, lotados, mal conservados e atrasados. Ontem mesmo fiquei parado
entre as estações Catete e Glória por cerca de 20 minutos por problemas
técnicos e operacionais na composição que se encontrava na estação Uruguaiana.
Descaso e desconforto total.
Seria cômico se não fosse trágico tomar conhecimento
dessas atitudes, que são apenas a ponta do iceberg e se acumulam. Para aqueles
que acham que parece deboche, vale ressaltar que não apenas parece. Só pode
ser!



