HELIO
FERNANDES –
Dentro do governo Dilma, é a disputa mais acirrada. O
Secretário Arno Augustin, quer ser ministro da Fazenda, ainda neste último ano
de Dona Dilma, ou então no próximo. Já foi o número 1 em prestígio junto a Dona
Dilma. Vem caindo muito, mas tenta se recuperar.
Guido Mantega, Ministro da Fazenda, está se mantendo no
cargo, apesar da pressão de uma parte do empresariado. Querem tirá-lo agora,
não conseguirão de jeito algum. Mas como já ganharam na
mega-sena-administrativa-e-antecipada de 2015, diminuíram as restrições a
Mantega, mesmo depois dele ter dito que o “Brasil cresce com duas pernas
mancas”.
Muitos empresários poderosos, se “identificaram” com a
afirmação do Ministro da Fazenda. Mantega realmente jogava uma das “pernas
mancas” em cima de empresários que não “empresariam”. Mas eles “assumiam” as
duas na indireta. Só que resolveram não polemizar agora.
Meirelles,
a volta certa
Como já receberam a afirmação compromisso de que a
partir de janeiro de 2015, o Ministro da Fazenda será Henrique Meirelles, estão
festejando a concessão. E Dona Dilma é taxativa no compromisso, não faz nem a
restrição: “Se eu for reeleita”.
Já falaram em muitos nomes, alguns acreditam nas
próprias possibilidades. O único em silêncio é o próprio Meirelles. Apesar de
não gostar de esporte segue a máxima do futebol: “Não se mexe em time que está
ganhando”. E só uma adversidade neste ano de 2014, impedirá a posse de
Meirelles e a “champanhada” dos empresários que pensam (?) exclusivamente no
lucro sem investimento.
A
farsa do “superávit primário”, aumentou o confronto, Dilma em silêncio
comprometido
Tripudiaram sobre a comunidade. A chamada opinião
pública não teve nem o prazer de saber a verdade. Arno Augustin, garantiu antes
da virada do ano, ainda em 2013: “A dívida interna do Brasil, pela primeira vez
ultrapassou os dois trilhões de reais”.
E traduzindo: “Chegou a DOIS TRILHÕES, CENTO E VINTE
BILHÕES”. 38 por cento de “tomadores” dessas LTN, (Letras do Tesouro Nacional)
são estrangeiros que moram no Brasil. E esperam receber o combinado, juros da
Selic, 10 por cento. (Por enquanto).
Mantega
em outra direção
“Cumprimos a meta, que era de 73 BILHÕES”. Não falou nos
20 BILHÕES do Refis pressionado, e nos 15 BILHÕES do campo da Libra, só aí, 35
BILHÕES. O que reduz a “meta alcançada”, a míseros 38 BILHÕES. Essa disputa vai
longe, qualquer que seja o ângulo.
Marco
Feliciano, mestre no reacionarismo e no retrocesso, candidato ao governo de SP
Como presidente da Comissão de Direitos Humanos, era
uma visível extravagância, um atentado explosivo à tranqüilidade, um trajeto de
discriminação contra as pessoas, fossem quais fossem. A bomba Feliciano
explodiu mesmo, mas deixou cadáveres não apenas em Brasília e na Câmara, mas no
Brasil inteiro.
Todos os chamados Direitos Humanos foram pelos ares, só
quem se salvou foi o “evangélico” Feliciano. “Ganhou” por todos os lados, se
transformou em “nome nacional”, hoje é repudiado e execrado, que palavra, mas recebe
as denúncias com orgulho. Arquivando todas como credenciais para se eleger
governador de São Paulo. Diz, “Serei eleito e não vou parar por aí”.
Quem
criou Feliciano?
Na pré-campanha, Feliciano junta tudo o que foi dito
contra ele, identifica como “insulto”, e acumula mais alguns que provavelmente
foram esquecidos. Vamos citar o que já foi dito sobre ele. Pelo seu projeto
anterior de vida, Feliciano não podia de jeito algum ter sido eleito Presidente
de uma Comissão de Direitos Humanos.
É um desumano clássico. Logo que chegou a essa
presidência, não deixou nenhuma dúvida. Passou a freqüentar diariamente os
holofotes nacionais. Que em vez de iluminar, escureceram ainda mais esse
personagem inacreditável.
Feliciano,
hoje, um palavrão de sucesso
Eis as palavras que jogaram agressivamente sobre o
“evangélico”, e que ele orgulhosamente “arquiva e consulta” com satisfação:
reacionário, racista convicto, homofóbico, preconceituoso, defensor do
retrocesso, raivoso contra as mulheres, combatendo o aborto em todas as
circunstâncias, mentiroso, analfabeto genético e assumido, e mais algumas
palavras que representam seu projeto para chegar ao Poder.
Primeiro no plano estadual, que em se tratando de São
Paulo é quase nacional. Depois, o Poder definitivamente presidencial. Ele sabe
muito bem: cada uma dessas afirmações arregimenta milhões, ao mesmo tempo
dispersa outros milhões. É dessa divisão ou nessa divisão que aposta. E já tem
como base, gente que insensatamente paga para ser enganada.
Alckmin
e Lula
O atual governador de São Paulo, tem um projeto já
tornado público e analisado aqui. Pretende ser reeleito agora, em 2014. Tendo
começado em 1994, completa 20 anos no Palácio dos Bandeirantes. Como vice-governador
de Covas, sempre muito doente. Até que morreu em 2001 em pleno mandato.
A
segunda tentativa de ir para Brasília
No meio de 2006, se desincompatibilizou do governo,
lançou seu nome para presidente da República. Anestesista péssimo analista,
tentou seguir a trajetória de Serra que em 2002 perdeu para Lula. Em 2006,
Lula, na reeleição, era invencível. Alckmin não percebeu ou não queria perder a
oportunidade.
Voltou ao governo paulista, pretende a reeleição, aí,
em 2018 nova tentativa de invasão de Brasília. Tem certeza de que Feliciano se
for candidato, não se elege, mas prejudica a reeleição e o projeto 2018.
Lula
não diz, mas gosta
Enquanto trabalha seu terceiro poste, o mais difícil de
todos, o ex-presidente se satisfaz com a “candidatura” Feliciano. Se pudesse,
Lula gritaria: “Não abandone o projeto, Feliciano”.
Não há dúvida. Feliciano pode desmanchar o pacote de
votos de Alckmin, não chega nem perto do poste do “mais médicos”. Não é que
Lula seja invencível. Já foi derrotado duas vezes apoiando Marta Suplicy na
Prefeitura. E outras duas, com Mercadante querendo ser governador, ficando
totalmente de fora.
Mas que Feliciano ajuda Padilha, rigorosamente
verdadeiro. Seguramente prejudica Alckmin, mesmo usando todas as armas do
cargo, como Dona Dilma no plano nacional.
No
Rio a briga por palanques e candidaturas
Praticamente todos os partidos estão divididos. Um
pouco pela disputa estadual, muito mais, por causa da presidencial. Como tenho
defendido, todos os 32 partidos deveriam ser obrigados a lançar candidato ao
Planalto. No segundo turno, apoiariam o presidenciável que mais se aproximasse
de suas idéias.
Desses 32 partidos, nove não elegem ninguém, portanto
para eles não pode existir a palavra representatividade. Para alguns outros é
capenga, mas pelo menos elegem alguém. A obrigatoriedade não é punição, é
democracia. Os que não lançassem candidatos, só poderiam receber o fundo
partidário ou participar do horário “gratuito”, depois.
No
Estado Do Rio, Sete candidatos querem ou podem disputar o governo
1 – Pezão. Pela ordem de entrada em cena, deveria ser o
favorito. Ele e cabralzinho acreditavam que era. De herdeiro presumido, passou
a aborto eleitoral.
2- Garotinho – Não me perguntem a razão, mas é uma
força política e eleitoral. Foi governador, não quis a reeleição garantida,
elegeu a mulher, disputou a presidência. Teve 15 milhões de votos, pelo mesmo
PSB, que hoje é propriedade (será mesmo?) de Campos, agora Garotinho é deputado
federal de 700 mil votos.
3- Lindbergh Farias, varias demonstrações de
competência eleitoral, mesmo com restrições do próprio PT. 4- Crivella, que já
perdeu duas vezes para prefeito, quando estava, (assim mesmo, no passado) no
auge entre os evangélicos. Como ainda tem cinco anos como senador, não
desistirá. Se perder volta para o senado.
Todos os outros são coadjuvantes, não passam nem
passarão disso. Esperam uma compensação para apoiarem alguém no segundo turno,
praticamente certo.
Renan
satisfeito com o pagamento de 27 mil
Nem adianta mais especular ou analisar se ele sabia ou
não sabia que precisava pagar o jatinho da penetração capilar. Um marqueteiro
amigo dele, a pedido, respondeu: “Você pagou 27 mil à FAB. Em promoção,
publicidade e marqueting, se formos contabilizar, pelo que ganhou em
visibilidade, teria que despender mais de um milhão”.
É verdade, Renan foi sempre citado em jornais, rádios, televisões,
mas jamais cobrado ou criticado pelo uso sistemático e repetido de aviões da
FAB.


