Via Coletivo Passe Livre -
Diante das declarações do prefeito Eduardo Paes sobre um possível aumento no preço das passagens no Rio de Janeiro, o Movimento Passe Livre do Rio de Janeiro se coloca em posição de luta diante deste ataque.Querem atacar a mais destacada conquista da população menos de 6 meses após a vitória das ruas. Este não é somente um ataque ao MPL, ou aos usuários desse caquético sistema de transporte coletivo, mas também contra todos que resolveram se erguer e usar a rua como espaço para exercício da política. A redução das tarifas é hoje o símbolo mais forte da força vinda das ruas. Por isso defender a manutenção da tarifa é lutar por uma perspectiva de luta popular e de massas.
Desta maneira convidamos todos os grupos e coletivos a se juntarem nesta luta, com início no dia 20/12 às 17h, saindo da Candelária e nos dirigindo à porta da FETRANSPOR. Levem sua revolta, sua indignação e tudo mais que achar necessário para fazer um ato ativo e combativo.
A rua e a luta não pertencem a este ou aquele coletivo, mas é de todos nós e na vitória todos nós avançamos por uma sociedade mais justa e livre de todas as catracas!
Além da pior mobilidade urbana do país, onde o trabalhador demora em média 47min para ir de casa ao trabalho, ainda temos que engolir mais um aumento!
Segundo representantes da FETRANSPOR (federação dos donos de empresas de ônibus) o aumento esse ano se justificaria pois está em contrato e para a instalação até 2016 de ar-condicionados em todos os ônibus.
No contrato também é previsto um mínimo de qualidade e de justiça na cobrança das tarifas e isso não é realizado, além disso a justificativa de colocação de ar-condicionados é absurda, pois todo ano ocorre aumento e até hoje são poucos os ônibus com o equipamento. Não, o aumento é injusto!
Entre o aumento das passagens e a Copa
Via Anonymous -
Quando o Estado
se faz parecer mais imbecil do que de costume, há de se acender o alerta de
suspeita. Porque de burro, o Estado não tem nada. Pode sempre viver em ciclos
de crise e prosperidade para alguns, mas essa é a mecânica do sistema. Se ele
fosse burro já teria caído faz tempo.Quando o Eduardo Paes anunciou aumento de passagem para 2014 a primeira reação foi de pensar em como ele é um completo imbecil em tacar gasolina no incêndio que já está feito com a Copa do Mundo e as eleições. Mas não, ele não é burro. Se assim fosse não ocuparia o cargo de ladrão esperto que ocupa.
Em conversas com amigos e conhecidos das mais diversas frentes, foi ficando cada vez mais claro que, talvez, o prefeito esteja tacando gasolina nesse incêndio deliberadamente. Talvez, com o perdão da alegoria, ele queira queimar tudo antes da Copa para lá já não haver mais incêndio algum.
O Estado joga sujo, é baixo, mas não é burro. As engrenagens do Sistema sempre estão bem azeitadas, quando achamos que eles estão se matando, muito provavelmente a intenção é matar a nós. Eduardo Paes parece estar criando uma situação de revolta para, antes mesmo da Copa, criminalizar e prender o máximo de manifestantes quanto for possível. É uma estratégia bem engenhosa criar uma situação de revolta antes da Copa para, desde já, ir fazendo a limpa nas ruas.
Isso faz acender todos os sinais de alerta nos movimentos sociais, coletivos e indivíduos que compõem as lutas que estão na rua desde sempre e que nunca foi por centavos. Se por um lado é óbvio que não podemos nos abster da luta contra o aumento, por outro não podemos nos permitir ingenuidade ao peitar a Máquina do Sistema. Não podemos nos permitir cair em arapucas pois as ruas não podem se esvaziar na Copa, será aquele momento que se perdermos será imperdoável para a história. O que fazer estando entre a cruz e a espada? Buscar ser mais engenhoso que o Estado.
Todas as formas de criminalização possíveis e imagináveis serão usadas, sem dúvidas. Serão policiais infiltrados, milícias, militantes da situação fazendo de tudo para legitimar a criminalização dos movimentos. E não é de se duvidar que isso já esteja na rua durante o primeiro protesto contra o aumento das passagens. É fácil imaginar toda forma de incitação possível para causar distúrbios. Temos de estar atentos como nunca estivemos. Movimentos, coletivos e indivíduos tem, nesse momento, a responsabilidade de traçar estratégias muito bem pensadas para blindar ao máximo o efeito dessa estratégia do Estado.
O inimigo, o Estado, estará nas ruas e nas redes para incriminar e trancafiar o povo antes da Copa. Nós, o povo, temos de ter a malícia e estratégia para não cair nessa arapuca.
Amanhã, às 17h, na Candaléria, Ato contra o aumento das passagens.