29.1.19

BRUMADINHO É A PRIVATIZAÇÃO!

EMANUEL CANCELLA -

É por isso que a maioria da sociedade rejeita a privatização, segundo o Datafolha (1). Mesmo assim, Paulo Guedes, ministro de Bolsonaro, quer privatizar 100%.


A Vale do Rio Doce foi privatizada por FHC, em 1997. A maior mineradora de ferro do mundo foi vendida por um cheque de R$ 3.3 BI, configurando assim um dos maiores crimes contra o Brasil (2).

Até a privatização, não houve qualquer acidente ambiental de grandes proporções. Na mão de empresários gananciosos, já tivemos o de Mariana e agora Brumadinho. Outras estão a caminho.

Eles querem entregar nossas hidrelétricas, nossas refinarias e estão entregando nossos dutos de petróleo e gás.  Os dutos da Petrobrás cortam nosso país de norte a sul, já imaginou o risco de entregar isso a empresários gananciosos como os da Vale?

As termoelétricas a gás e diesel, que acabaram com o apagão no Brasil, numa gestão mercantilista como a da Vale, podem se transformar em bombas.

Muitas das hidrelétricas da Eletrobrás estão em áreas de preservação ambiental e próximas de muitas cidades. Caso sejam entregues a um banco, por exemplo, ele vai zelar pelo meio ambiente e pela preservação das áreas ribeirinhas? Ou faremos como na Vale do Rio Doce, vendemos e apertamos o botão do “foda-se”?

O governo entreguista de Bolsonaro quer privatizar as refinarias, não levando em conta que o prejuízo financeiro e estratégico pra o Brasil, muito menos o risco de um acidente como o de agora na Vale com centenas de vítimas.

O pré-sal, cuja tecnologia foi desenvolvida pelos petroleiros da Petrobrás, está sendo entregue a empresas multinacionais que vão fazer a produção predatória, ou seja, quanto mais rápido e maior a produção, maior o lucro. Imagine o risco ambiental de um acidente no pré-sal no litoral de Santos, Santa Catarina e Rio de Janeiro!

A privatização no Brasil tem se mostrado uma ação irresponsável entre amigos. Não é só a questão estratégica, o prejuízo econômico ao país, a perda de arrecadação de impostos e os empregos precarizados.

Valeu a pena privatizar a Vale do Rio Doce?

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