Os advogados do ex-presidente
entraram com pedido de libertação no STF. Justificação: parcialidade do juiz
Moro na condenação. Alegação; a parcialidade está mais do que evidente com
o entrosamento de Moro-Bolsonaro no governo que começa em 1 de janeiro de 2019.
Esse relacionamento é a continuação contaminada e espúria da ligação entre os
dois, durante a campanha presidencial. E que explodiu agora, com a elevação de
Moro á condição de segundo personagem e o mais poderoso do futuro
governo.
O recurso dos advogados foi para
o ministro Fachin, relator da Lava-Jato no STF. Fachin já examinou vários
pedidos de Lula, recusou todos. Agora, mudou de comportamento. Não decidiu,
enviou o recurso para a Segunda Turma. È da competência do STF, (Turma ou
plenário) examinar se as condenações foram maiores ou menores do que a lei exigia.
Na véspera do recesso de junho do
judiciário, a Segunda Turma já examinava essa questão. Inicialmente avaliou o
caso José Dirceu. Condenado há 20 anos na primeira instancia, mais 10 na
segunda, consideraram absurdo. Foi libertado, está livre até agora.
A seguir iriam avaliar as duas
condenações de Lula, com todos os indícios de que foram conjugadas,
premeditadas, coordenadas, com o objetivo de torná-lo INELEGÍVEL. Imediatamente
surgiu a pressão da conspiração judiciária. No dia seguinte começou o recesso,
Lula precisava ficar INELEGÍVEL e preso, ou preso e INELEGÍVEL.
Passados quase 6 meses, Lula não
representa mais um perigo para as instituições. Pode ir para prisão domiciliar,
mantidas as condenações. Ou ter anulada a primeira condenação, episodio inicial
da segunda, e o afastamento da campanha eleitoral.
PS- Em junho, a Segunda Turma
libertaria Lula, no mínimo por 3 a 2. Houve modificação.
PS2- Carmen Lucia é o voto novo e
incógnita. Mas seu DNA é a favor da liberdade.
DORIA E KASSAB, TUDO A VER
Eleito governador de SP, anunciou
o ex-prefeito como Chefe da Casa Civil. Os dois começaram como prefeitos,
transitando por caminhos diferentes. Kassab foi vice do prefeito Serra. Este
cumpriu 16 meses, renunciou para ser candidato a governador. Kassab assumiu 32
meses.
Na posse se identificou
ideologicamente: "Não sou de centro, de esquerda, de direita". Doria
foi prefeito eleito pelo governador Alckmin, que precisava dar demonstração de
força, para consolidar a condição de presidenciável.
Ao tomar posse, anunciou:
"Sou gestor, não sou político". Revelou-se politiqueiro, ficou
prefeito 16 meses, tentou pular etapas, disputando a presidência. Não deu
certo, resolveu ser candidato a governador.
Ganhou precariamente numa
campanha tumultuada. Agora tenta organizar a equipe, para um governo que não
chegará ao fim. Renunciará para ser
presidenciável. Alem de Kassab já convidou 2 secretários de pastas culturais do
governo Temer, presidente corrupto e usurpador.
PS- Doria, politiqueiro, ainda
não teve tempo de mostrar que é gestor.
AS LACUNAS E AS CONTRADIÇÕES DO
BOLSONARO
É difícil acompanhá-lo, está sempre
se desdizendo. É difícil acompanhá-lo, jornalisticamente, jamais confirma o que
disse na véspera.
Sobre relações com a China, na
campanha eleitoral: "É preciso cuidado, eles não querem comprar do Brasil
e sim comprar o Brasil". Agora, presidente eleito: "Vamos negociar
com a China, sem viés ideológico". Quanta tolice. Não sabe ou esqueceu que
Brasil e China pertencem ao mesmo grupo internacional, os BRICS?".
Depois de mais de 15
ministeriáveis, protestaram, o ministério não tem nenhuma mulher. Fingiu que
estava atento, respondeu: "Ainda falta preencher muitos ministérios".
Falta mesmo.
Um dos mais importantes, que já
deveria estar preenchido: o do Exterior. Falou em 2 embaixadores aposentados,
péssima repercussão, dentro e fora do ministério. Está fugindo do assunto. Pra "conversar"
com o presidente Trump, o filho deputado, viaja segunda-feira para os EUA.
DIFERENÇA BRASIL-EUA
Lá, ainda não acabou a apuração, e mais de 100 mulheres
estão eleitas. Aqui, nem a metade conseguiu se candidatar.