7.10.18

AGRESSÃO SEXUAL: PRÊMIO NOBEL E CORTE SUPREMA DOS EUA

HELIO FERNANDES -

No mesmo momento, milhões de mulheres do mundo todo são homenageadas, e violentadas novamente. A homenagem ganha repercussão mundial com a concessão do Nobel a dois ativistas da luta contra essa monstruosidade. Um médico que dedicou sua vida a atender e tratar das vitimas. E uma jovem torturada e violentada sexualmente. Grande destinação do Prêmio. Ele já atendeu e socorreu mas de 30 mil mulheres violentadas.

Enquanto isso, agora mesmo o senado americano, deu mais um passo para entronizar na Corte Suprema um indicado mais do que provado violentador sexual, desde os tempos da Universidade. Um colega de turma, disse publicamente “desde os tempos da Universidade, ele tinha um grupo que violentava sexualmente de preferência, jovens estudantes".

As 3 mulheres que o acusaram, produziram depoimentos emocionantes. Principalmente a professora de psicologia. Na sexta, o senado restringiu os debates para aprovar seu nome no sábado. Uma única possibilidade do crime sexual e a violência, não saírem vitoriosos. Duas mulheres, senadoras republicanas, sofrem pressão dos dois lados. Votarem como republicanas ou como mulheres.

PS- Não deveria ser opção, é quase realidade.

PS2- Pois ontem, sábado, ele foi aprovado pelo senado. Duas mulheres republicanas, que estavam em duvida, votaram a favor dele.

PS3- Dois Democratas em duvida também aprovaram seu nome, em vez de votarem com seu partido.

PS4- Como o mandato é vitalício, no mínimo durante 20 ou 30 anos, a Suprema Corte terá um membro agressor sexual.

Brett Kavanaugh toma posse como juiz da Corte Suprema dos EUA. Indicado por Trump ocupa vaga que foi de Anthony Kennedy, que se aposentou. Juramento aconteceu no mesmo dia em que Senado aprovou sua nomeação, após investigação do FBI por acusação de agressão sexual (crédito: Win McNamee/Reuters)
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56 GRANDES JORNAIS DO MUNDO TODO,
ASSUSTADOS COM A VOLTA DA DITADURA

Nos últimos dias o Brasil frequentou pejorativamente as Primeiras dos maiores órgãos de comunicação. Dos maiores, não faltou um que não lamentasse a possível vitoria do fascista, racista, reacionário e ditatorialista, Jair Bolsonaro.

Neste domingo, dia da eleição, os mais importantes jornais das maiores capitais do mundo, condenavam essa véspera de uma nova ditadura militar. Lembravam a ultima, que dominou e encurralou o Brasil por dezenas de anos. Manifestavam a esperança, que esse regime de exceção não fosse implantado novamente.