ROBERTO M. PINHO -
Junho de 2013 eclodiu por razões que persistem até hoje, o que significa que não houve resposta ao aclamo popular. O grito de: “Vocês não nos representam”, naufragou no vazio da estrutura republicana, onde uma casta política, e o judiciário elitizado, isolados mantiveram os mesmos hábitos e praticas hostil a sociedade brasileira.
Murmuram setores, de que a mudança no sistema político para o parlamentarismo e o fim do voto obrigatório Daria ao país uma nova cara. Porem sem conteúdo? Por outro, há quem abomine o voto aos 16 anos, uma controvérsia, pelo fato de que a maioridade penal é de 18 anos.
A educação do povo brasileiro, em seu status social é influenciada pela televisão aberta. Começando pilotada pela TV Globo que há anos, vem ditando as regras aos milhões aficionados na mídia televisiva. Eles estão nos noticiosos enlatados, adornado por comentaristas robóticos, que opinam de olho no tele pronto. Um texto fascista desenhado para indução de massa, sempre tendenciosos e altamente ardilosos para a sociedade.
No alto do pedestal do país, está a mais alta Corte - o STF. Onde onze ministros, escolhidos politicamente, já não mais proferem decisões e sim discursam teses políticas, e legislam. São textos tenebrosos, envaidecidos e soberbos, que consomem horas para ser lido, para com isso ganhar visibilidade nas lentes da TV Justiça. São de alta periculosidade, eis bem lembrado apoiaram a ditadura de 64.
Nas pesquisas sobre a corrupção da elite político-empresarial, a percepção é muito maior. Pesquisa do Fórum Econômico Mundial colocou o Brasil como o 4º mais corrupto entre 141 países, em 2016. No ranking de honestidade da Transparência Internacional (TI) de 2017, que avaliou 180 nações, o Brasil figurou na tímida 96ª posição.
A corrupção mais visível no topo da pirâmide social é o capitalismo de compadrio. Parte das elites política e empresarial se associou para saquear a sociedade. De um lado, políticos e partidos apadrinham chefes de órgãos públicos para arrecadar propinas. Do outro, empresas pagam subornos para obter lucros extraordinários, sufocando aquelas que são mais eficientes economicamente, porém honestas. Todos jogam neste cassino.
Os casos são alarmantes. Na lista estão ex-presidentes, inclusive Lula e Dilma (cito-os pela ironia, porque nunca sabiam de nada). E persiste ainda um sistema pernicioso de incentivos nos ambientes políticos, empresarial e judicial propiciando um maior nível de corrupção em nível superior. Até mesmo micro municípios, existe corrupção pública.
Em outubro vamos às urnas. Uma lista interminável de candidatos, inclusive na majoritária para escolher o próximo presidente a Republica.
O quadro é tão débil e instigante, que existe a possibilidade de condenados, e presos cumprindo pena, concorrerem.
Existe um porem. Um denominador que pode mudar o quadro na disputa a presidência.
É de fonte fidedigna que ministros do TSE estariam se articulando para impedir a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva por ofício no ato do registro de candidatura, o que o impediria o PT de levar Lula como cabeça de chapa até no mínimo meados de setembro.
A lei diz que o candidato (condenado) pode concorrer por sua conta e correr o risco de ter seus votos anulados.
Este é o ingrediente que mais instiga os eleitores. Mas seria ele mais importante do que discutir a corrupção?