8.5.18

SINTRAPOSTO-MG CONSIDERA ACORDO COLETIVO POSITIVO E BENÉFICO PARA TRABALHADORES E EMPREGADORES

Via FENEPOSPETRO -

As negociações salariais dos trabalhadores em postos de combustíveis e lojas de conveniência têm apresentado enormes dificuldades em avançar por todo o país, para o presidente do SINTRAPOSTO-MG o “acordo coletivo é um caminho benéfico tanto para os trabalhadores quanto para os empregadores”.


Na avaliação do presidente do SINTRAPOSTO-MG, o Acordo Coletivo “é altamente positivo e benéfico tanto para os trabalhadores quanto para os empregadores, pois assim eles resolvem agora as questões do reajuste salarial, do reajuste da cesta básica de alimentos e da PLR, enquanto as empresas que não firmarem acordo com o Sindicato ficarão vendo seus problemas crescerem no tocante a essas questões, já que quando a Convenção for celebrada ou, havendo dissídio coletivo, quando a Justiça do Trabalho prolatar a sentença normativa, tudo terá efeito retroativo à 1º de novembro de 2017, ou seja, o índice de reajuste salarial, por exemplo, a ser determinado pela Convenção ou pela sentença, incidirá sobre os salários dos empregados a partir de 1º de novembro de 2017, devendo os empregadores pagar aos seus empregados as diferenças devidas e acumuladas ao longo de todo o período anterior à celebração da Convenção ou à decretação da sentença normativa”.

Continuando, Paulo Guizellini enfatiza: “Por isso, estamos firmando Acordo Coletivo de Trabalho com os postos de combustíveis para a concessão de reajuste salarial aos seus funcionários agora. Fazendo acordo com o Sindicato, a empresa se antecipa à celebração da Convenção ou à prolação da sentença, e, assim, poderá compensar o reajuste que conceder agora, sendo que, dependendo do índice que conceder, a empresa não terá diferenças a pagar aos seus empregados quando a Convenção for celebrada ou quando a Justiça publicar a sentença”.

O sindicalista arremata: “Esperamos que não haja necessidade de recorrermos à Justiça, mas se o impasse continuar, ou seja, se o Sindicato patronal continuar irredutível em sua proposta de arrocho salarial, não teremos outra saída senão o dissídio, e isso não é bom para ninguém, pois dissídio coletivo pode demorar para chegar ao fim”.

MINASPETRO não comparece à audiência no MPT para negociação de reajuste salarial para os frentistas

Diante da negativa do MINASPETRO em continuar negociando a pauta de reivindicações dos empregados dos postos de combustíveis de Minas Gerais na negociação direta com as entidades sindicais que representam esses trabalhadores neste Estado e até mesmo na negociação mediada pelo Ministério do Trabalho, as entidades sindicais dos frentistas pediram a mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), que designou, então, audiência de mediação para o dia 13 de abril na Procuradoria localizada em Belo Horizonte.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (MINASPETRO), entretanto, não compareceu à audiência, tendo informado ao MPT o seguinte: “(...) declinamos de nossa presença na mediação agendada para hoje”.

Assim, o Sindicato patronal manifestou expressamente o seu desinteresse pela mediação do MPT para prosseguimento da negociação coletiva, conforme despacho exarado pelo Procurador do Trabalho, Geraldo Emediato de Souza, nos autos do procedimento (PA-ME 001165.2018.03.000/0) aberto pelo MPT.

“Desinteresse do Sindicato patronal pela negociação mostra que os postos de combustíveis que estão fazendo Acordo com o Sindicato dos frentistas estão mesmo no caminho certo” – diz sindicalista

Para o presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, “essa atitude lamentável do MINASPETRO revelou, mais uma vez, que o Sindicato patronal não está mesmo interessado no prosseguimento da negociação coletiva. O fato de a reunião para negociação ser mediada pelo Ministério Público do Trabalho fazia crer que o MINASPETRO, pelo menos em respeito à nobre e respeitável autoridade do MPT, iria, pelo menos, comparecer à audiência e apresentar proposta que fosse, no mínimo, digna de avaliação. Mas o Sindicato patronal não se dignou nem sequer a comparecer à audiência, demonstrando, assim, de maneira clara e evidente, seu total desinteresse pela negociação coletiva. Isso mostra também de maneira clara e evidente, que os postos de combustíveis que não querem ficar vendo crescerem seus problemas relativos às questões do reajuste salarial, do reajuste da cesta básica de alimentos e da PLR, estão mesmo no caminho certo ao firmarem Acordo Coletivo de Trabalho com o Sindicato dos frentistas, resolvendo agora os problemas referentes a essas questões, pois pelo visto, as empresas que ficarem dependendo do MINASPETRO, aguardando definição do Sindicato patronal, com certeza vão se dar muito mal, pois o próprio Sindicato patronal já demonstrou claramente seu total desinteresse pela negociação coletiva”. (fonte: O Combatente)

* Daniel Mazola, assessoria de imprensa FENEPOSPETRO