2.5.18

MULTIDÃO LOTA ESTÁDIO EM BUSCA DE TRABALHO

ILUSKA LOPES -


Ontem, 1º de maio, "Dia Internacional do Trabalhador" quem deu as caras foi o desemprego. Mais de 30 mil pessoas compareceram ao estádio Nilton Santos, no bairro Engenho Novo, zona norte do Rio de Janeiro, em busca de emprego. Apenas cinco mil vagas foram anunciadas.

Os trabalhadores e trabalhadoras deram voltas no quarteirão em filas intermináveis. Dois dias antes do evento já havia gente acampando no local na busca por emprego. "Isso aqui para mim é uma humilhação", resumiu o operário e bombeiro civil, Jorge Lima da Silva, 50 anos, desempregado há 3 anos. Jorge, assim como milhares de pessoas, passou a noite na fila para conseguir um emprego.

Um outro operário desemprego, Ibraim de Oliveira (55 anos) desabafou: "A situação começou a apertar. Estou aqui com minha esposa, minha filha, todo mundo precisando trabalhar, a situação está precária. Enquanto isso esses manés estão aí, querendo o voto da gente. De mim, não vai ter voto nenhum!"

O estado do Rio de Janeiro tem uma taxa de 15% de trabalhadores desempregados e uma vasta população subempregada ou no chamado “comércio informal” (camelô). Em três anos apenas, o número de trabalhadores sem emprego cresceu mais de 157%. (...)

Mudança - Sem a necessária ruptura com o modelo capitalista, nos resta as eleições de outubro, fundamentais para alterar a economia, a política permeia todas as escolhas do Estado. O emprego, o desenvolvimento e a redistribuição de renda são objetivos a serem perseguidos, um governo menos subserviente e entreguista poderia tocar uma agenda de política econômica e um planejamento estratégico nacional para promover mudanças estruturais profundas que dinamizem a produção no Brasil, oferte bens públicos de qualidade e eleve o padrão de vida dos menos favorecidos. (com informações do site A Nova Democracia)