EMANUEL CANCELLA -
Se não fazem coisa errada por que Pedro Lalau Parente e a Lava Jato querem tanto calar os petroleiros?
Em princípio, dada a truculência da Lava Jato e de seu chefe, Juiz Sergio Moro, dá até para entender um pouco o silêncio, em relação à Operação, das entidades ligadas à defesa da Petrobrás como os 18 sindicatos dos petroleiros, a Aepet, FUP, FNP, Clube de Engenharia. Esse mesmo silencio não se aplica a Federação dos Engenheiros que fez uma charge, que acompanha o artigo, com o brilhante cartunista Latuff, muito divulgada nas redes sociais: Lava Jato: investigação ou demolição da Petrobrás?
Mas não pode ficar dúvida na sociedade de que, por influencia de Pedro Lalau Parente, em conluio com a Lava Jato, não só está sendo destruída a Petrobrás, como também a Engenharia Nacional e a indústria Naval (3,4).
Chamo de Pedro Lalau porque este senhor é réu em ação que versa sobre a venda de ativos da Petrobrás, que causou um prejuízo de R$ 5 BI a companhia, isso em 2001(2).
Além disso assistimos estarrecidos ao retorno do Repetro, criado por FHC . Por esse instrumento aduaneiro, as importações de máquinas e equipamentos do setor petróleo ficam isentas de imposto de importação, o que representa uma pá de cal na indústria nacional (1).
Tem que ser também debitado à Lava Jato, que é citada a todo momento na mesa de negociação, o rebaixamento nunca antes visto de nosso acordo coletivo dos petroleiros. Inclusive está prevista para este ano, em dezembro, uma redução de 13% nos salários dos aposentados e pensionistas. E o argumento, tanto para destruir a Petrobrás como para reduzir salários de aposentados e pensionistas, na Petros, é o mesmo da Lava Jato: o combate à corrupção!
Na verdade nunca houve combate à corrupção, inventaram isso para desmoralizar a Petrobrás facilitando assim sua entrega aos gringos.
Para nos calar, primeiro foi o presidente da Petrobrás, Pedro lalau Parente, que tentou censurar a direção do Sindipetro-RJ, através do advogado Nilo Batista, interpelando toda diretoria do Sindipetro-RJ, inclusive a mim, enquanto Coordenador Geral do Sindipetro-RJ.
Também em dezembro de 2016, eu mesmo fui intimado pelo MPF, a pedido do juiz Sergio Moro, por possíveis crimes contra a honra do funcionário público, no caso, o juiz Sergio Moro. Isto porque, entre outras coisas, acusei de omissão formalmente a Lava Lato diante das arbitrariedades cometidas impunemente por FHC e Pedro Lalau, na Petrobrás (5).
E agora, num espaço de um ano, em dezembro de 2017, sou intimado novamente (6,7). Agora, sou réu num processo de calúnia, previsto no capítulo dos crimes contra a honra.
No processo, vale ressaltar que, só depois de intimado, a justiça mandou incluir no processo, a pedido do MPF, a tal transação penal, na qual, a justiça propõe suspender o processo, caso aceito pelo réu em pagar quatro salários mínimos, e não falar mais no tema.
Meu advogado Dr Paulo Canuto tentou aumentar o prazo para a próxima audiência que, nos autos, consta como 10 dias a contar de hoje, dia 13. O juiz não aceitou os argumentos e vai marcar a próxima audiência para após o recesso da justiça, dia 23/01/17.
O processo tem 300 páginas e a justiça mantendo o prazo de 10 dias limita ou tolhe o trabalho do advogado. O MP, presente na audiência, fiscal da lei, concordou com esse prazo curto demais.
Se não fazem coisa errada por que Pedro Lalau Parente e a Lava Jato querem tanto calar os petroleiros?