4.9.17

1- JAPONÊS DA FEDERAL, YOUSSEF E OUTROS PREPARAM LIVROS PARA FATURAR COM A LAVA JATO; 2- NA BIENAL, DALLAGNOL REPETE QUE PENSA EM SE CANDIDATAR A CARGO PÚBLICO

REDAÇÃO -


O agente Newton Ishii, que ficou célebre como o “Japonês da Federal”, tentou passar despercebido no último dia 18 de agosto enquanto escoltava o ex-deputado Cândido Vaccarezza, preso pela Lava Jato. Vestiu uma touca ninja preta e escondeu os olhos puxados atrás de óculos escuros.

Não adiantou. A face emblemática das operações policiais do petrolão foi reconhecida mesmo embaixo do disfarce e virou piada nas redes sociais. Ishii já foi tema de marchinha de carnaval e sua feição acabou reproduzida em máscaras para os foliões.

Agora ele quer ter seu rosto exposto nas prateleiras das livrarias do país. O agente federal confirmou à Folha que está trabalhando numa biografia que tem como ápice sua experiência na Lava Jato. Disse que pretende lançar a obra até o final do ano, mas não quis dizer se já fechou contrato com alguma editora. Não quer despertar os olhares dos “invejosos de plantão”.

A Folha apurou que Ishii chamou um jornalista para colocar no papel os seus relatos. Segundo uma pessoa com acesso à carceragem da PF, é um rapaz de cavanhaque e olhos claros, que usa óculos. Aí há outro mistério. Ishii não revela o nome do escritor.

O agente não é o único e nem foi o primeiro a perceber que há leitores interessados nos bastidores da operação. Com o crescimento da produção sobre o assunto, seria quase possível organizar uma Flip (Feira Literária Internacional de Paraty) apenas com gente que já calçou tornozeleira eletrônica —o próprio Ishii já usou uma por ter sido condenado por facilitação de contrabando.

Paulo Roberto Costa, o primeiro executivo da Petrobras a virar delator, passou o último ano relembrando tudo pelo que passou no petrolão. Ajudou o fato de ter feito anotações durante os seis meses em que ficou preso. (…)
(via Folha)

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Na Bienal, Dallagnol repete que pensa em se candidatar a cargo público


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