1.9.17

1- EX-CANDIDATA A PGR, ELA WIECKO DIZ QUE “LAVA JATO” PASSOU DOS LIMITES; 2- JOESLEY BATISTA DECIDE ENTREGAR NOVOS ÁUDIOS DE SEU GRAVADOR À PGR

REDAÇÃO -


A subprocuradora-geral da República Ela Wiecko de Castilho afirmou nesta quarta-feira (30/8) que processos relacionados à operação “lava jato” seguem caminhos de exceção, em que se relativizam direitos, há “seletividade na escolha dos alvos da investigação” e o desejo de democracia é substituído pelo desejo de audiência. A avaliação foi feita em painel do 23º Seminário Internacional de Ciências Criminais, em São Paulo, a uma plateia de operadores do Direito.

Ela Wiecko foi vice-procuradora-geral da República na gestão de Rodrigo Janot até agosto de 2016 e uma das oito candidatas para ocupar a vaga a partir de setembro deste ano. Convidada para evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, afirmou nesta quarta que o processo penal de exceção ainda não é comum em todo o Ministério Público Federal, mas é visível no trabalho de colegas de Curitiba e, “em parte”, dentro da PGR.

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Ela também criticou conduções coercitivas, por entender que a prática “não está alcançada nas regras legais”, e disse que a seletividade do processo penal — comum no sistema brasileiro — tem sido ampliada para escolher o tempo em que cada investigado será alvo de operações. (via Conjur)

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Joesley Batista decide entregar novos áudios de seu gravador à PGR

Da coluna de Monica Bergamo:

O empresário Joesley Batista decidiu entregar novos áudios de conversas que teve com políticos para a PGR (Procuradoria Geral da República).

Ele tem até hoje para complementar o acordo de delação premiada que fez com os procuradores com documentos, planilhas e extratos que confirmem os depoimentos que prestou ao fechar a colaboração. O prazo ainda pode ser prorrogado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal).

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Uma pessoa familiarizada com as investigações disse que todas as conversas tinham sido repassadas do aparelho para um computador de Joesley, onde estão armazenadas.

Para evitar qualquer questionamento ou acusação de omissão, o empresário decidiu ouvir tudo de novo e encaminhar qualquer diálogo que tenha hipótese de crime para a PGR.