1.9.17

1- CRISE COM COREIA DO NORTE ESTÁ À BEIRA DA GUERRA, DIZ VLADIMIR PUTIN; 2- COREIA SOCIALISTA AMEAÇA IMPÉRIO DOS EUA E SEU 'SEGUIDOR CEGO' JAPÃO

REDAÇÃO -


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu que a crise com a Coreia do Norte está à beira de "um conflito de larga escala". Em um artigo publicado em vários países por ocasião da Cúpula dos Brics, Putin afirmou que a situação na península coreana "se agravou" e que o problema não será resolvido apenas com sanções ou pressão internacional sobre o regime de Pyongyang.

Na opinião da Rússia, "é errônea e fútil a aposta de conseguir pôr fim ao programa de mísseis nucleares da República Popular Democrática da Coreia apenas através de pressão sobre Pyongyang. É necessário resolver os problemas da região por meio do diálogo direto entre todas as partes envolvidas, sem colocar condições prévias. Provocações, pressão, retórica beligerante e ofensiva levam a um beco sem saída", disse o líder de Moscou. Putin também informou que a Rússia e a China "criaram um cronograma" comum para a península coreana, o qual "foi projetado para promover a progressiva redução das tensões e favorecer o mecanismo de paz e segurança duradouras".

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Apesar da Rússia ser adversária política e ideológica dos Estados Unidos desde a Guerra Fria, o governo de Putin demonstra preocupação com as ações da Coreia do Norte, já que podem desencadear uma guerra na região envolvendo grandes potências militares, como China e Japão. A Coreia do Norte já foi sancionada diversas vezes por países do Ocidente e pelas Nações Unidas, mas não se intimidou em manter suas ambições militares. O presidente dos EUA, Donald Trump, também aumentou o tom contra a Coreia do Norte, afirmando que "todas as opções" estão sendo analisadas para conter o país. (via Portal Terra)

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Coreia do Norte ameaça os EUA e o seu 'seguidor cego' Japão

A Coreia do Norte afirmou nesta sexta-feira que o seu mais recente teste balístico é um alerta à crescente colaboração militar entre Estados Unidos e Japão, este um “seguidor cego” da política estadunidense que ameaçaria a soberania norte-coreana.

"Os passos mais difíceis da nossa República (o Norte), com os lançamentos dos ICBM Hwasong-14 e dos IRBM Hwasong-12, são uma grave advertência não apenas para os EUA, mas para o seu seguidor cego Japão, pois representam sérias ameaças à nossa soberania e direitos a vida e desenvolvimento", publicou o jornal Rodong Sinmun, do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte.

A passagem consta em um artigo intitulado 'Conspiração Militar que leva a autodestruição', que relembra ainda a aliança feita por Washington e Tóquio em 1905, a mesma que permitiu que os japoneses invadissem e colonizassem a Península da Coreia.

Segundo informações da agência sul-coreana Yonhap, o jornal norte-coreano afirmou que tal conspiração militar é uma lembrança do chamado acordo Taft-Katsura, em que os EUA reconheceram a necessidade de o Japão colonizar a Coreia, enquanto o Japão concordou com o controle dos EUA sobre as Filipinas.

O memorando secreto foi assinado em julho de 1905 pelo então secretário de guerra dos EUA, William Taft, e pelo primeiro-ministro japonês, Katsura Taro. O Japão anexou a Coreia em 1910.

Na última terça-feira, Pyongyang autorizou o lançamento de um míssil de médio alcance Hwasong-12 em direção ao nordeste do Japão, o que colocou Tóquio em alerta. O míssil sobrevoou a ilha de Hokkaido, antes de cair no Oceano Pacífico.

O governo de Kim Jong-un considerou as recentes manobras militares conjuntas entre os EUA e o Japão um ato "imprudente", que apenas contribuem para a elevação das tensões na península. (via Sputnik)

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