REDAÇÃO -
O grave acidente, que matou na última terça-feira (1) em São Paulo um técnico cinematográfico e feriu gravemente outro trabalhador em um set de filmagem, não é fato isolado. Ao contrário. Denuncia a precarização do trabalho no segmento. Quem faz essa avaliação é o SindCine, que representa os trabalhadores na indústria cinematográfica.
Sonia Santana, presidente, relata: “Vem ocorrendo uma disputa selvagem entre as produtoras, o que gera todo tipo de desdobramento, inclusive a precarização do mercado e o rebaixamento das exigências técnicas para contratação da prestadora”. Esse ambiente explica o acidente, segundo Sonia. “A produtora, que filmava peça para o Itaú, descumpriu a NR-35, sobre trabalho em locais altos, e a própria Convenção Coletiva da categoria”, afirma a dirigente.
Segundo o advogado do SindCine, a Cláusula 9ª da Convenção estabelece que o set de filmagem precisa dispor de “um médico socorrista e uma enfermeira, ou seja, uma equipe de resgate, o que não ocorria onde a Silhueta Filmes estava gravando”.
Outro descumprimento se refere ao chamado EPI (Equipamento de Proteção Individual). “A Cláusula 13ª garante EPI fornecido pela produtora”. Porém, os acidentados não dispunham do equipamento. “O companheiro que morreu sequer usava capacete”, diz a presidente Sonia Santana.
Eletricidade - Segundo o dr. Marcelo, o procedimento habitual é a empresa comunicar a Eletropaulo toda vez que for trabalhar perto da alta tensão. Feito isso, os fios são isolados. “Mas isso não aconteceu, porque a produtora não comunicou a Operadora”, diz o advogado.
Vítima - Morreu no acidente Carlos José da Cunha, 41 anos, casado, quatro filhos. Na função de assistente de maquinário, ele foi contratado como free lancer. Porém, a Convenção do SindCine garante seguro para os acidentados. “Além do que a Convenção estabelece, vamos ingressar na Justiça e cobrar reparo, uma vez que foram descumpridas exigências básicas”, adianta a presidente Sonia. A outra vítima é Francisco Xavier de Jesus Bispo, 48 anos.
Precarização - O advogado Marcelo Mendes Pereira alerta: “A aprovação da reforma trabalhista tem levado certos patrões a achar que tudo podem, que não existe mais amparo legal ao trabalhador. Advirto que não é nada disso, até porque o texto aprovado ainda não está em vigor”. (via Repórter Sindical)
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Congresso do Sindipetro-RJ aprova a desfiliação da CUT e elege delegados para Congresso da FNP
No sábado, o Congresso teve inicio com a apresentação do advogado Luiz Fernando Cordeiro sobre a Reforma Trabalhista. Em seguida, foram apresentadas propostas para o ACT 2017.
Na parte da tarde os delegados votaram pela desfiliação do sindicato da CUT. Nenhum dirigente da central apareceu, apesar de convidados a vir defender a manutenção da filiação.
Logo após foram votadas as propostas apresentadas em plenário e pela Internet. O Sindipetro apresentou e aprovou sua proposta para construção das OLTs/ Comissões de base por aclamação. E encerrou com a eleição dos 24 delegados ao Congresso da FNP. (via Sindipetro-RJ)
