14.6.17

SINDICALISTAS EXIGEM REFORMULAÇÃO E TRANSPARÊNCIA NO MOVIMENTO SINDICAL

Via FENEPOSPETRO -

Frentistas filiados à Força Sindical elegem hoje nova direção da Central.


O Oitavo Congresso Nacional da Força Sindical aqueceu as discussões sobre a reestruturação do movimento sindical, as contribuições sindicais e a transparência na administração dos sindicatos. Sindicalistas de várias categorias cobraram mais ação e atitude da central nas plenárias realizadas nesta terça-feira(13), em Praia Grande, São Paulo. Mais de 40 Sindicatos dos Frentistas enviaram representantes para o Congresso, que vai eleger hoje(14), a diretoria que vai administrar a central nos próximos quatro anos. Dirigentes da categoria concorrem a cargos na chapa.

Durante todo o dia de ontem foram realizadas plenárias setoriais e regionais com o objetivo de elaborar um documento que será ratificado pela nova diretoria da Força Sindical. Dirigentes sindicais se revezaram nos discursos críticos e exigiram uma posição da central com relação ao andamento das reformas no Congresso Nacional. O vice-presidente da Força Sindical de Alagoas, Chico Lima, censurou qualquer acordo feito através de medida provisória para manter alguns direitos da classe trabalhadora.

Os sindicalistas também expuseram as dificuldades que as entidades enfrentarão com o fim do imposto sindical, previsto na reforma trabalhista, que avança no Senado. O presidente do Sindicato dos Frentistas de Niterói (RJ), Alexsandro Silva, disse que a questão do imposto sindical é complexa e merece mais atenção da central. Segundo ele o imposto sindical tem que ser obrigatório, assim como todas as tributações que a sociedade paga sem ter nenhum retorno. Alexsandro lembrou que o imposto sindical é a única tributação que dá retorno para o trabalhador através de conquistas de benéficos. “Se você perguntar se que alguém quer pagar ICMS, a resposta será não. Então por que essa pressão contra o movimento sindical”, questionou?

Alexsandro afirmou que o financiamento tem que ser compulsório e a Força Sindical precisa ter coragem para defender essa proposta. Ele denunciou que o financiamento do Sistema S, movimenta cerca de R$ 23 bilhões por ano sem que haja qualquer auditoria ou fiscalização do governo. O presidente do sindicato de Niterói alertou que a gravidade está no dinheiro ser usado para financiar políticos, que estão a serviço do setor empresarial.

Ele cobrou mais transparência nas contas dos sindicatos e exigiu a criação de um tribunal de ética para investigar e punir as mazelas, que eventualmente aconteçam no movimento sindical. “Os trabalhadores contribuem, enquanto alguns dirigentes fazem farra com o dinheiro da categoria. Se o médico e o advogado têm um conselho de ética, o sindicalista também precisa ter” concluiu.

Em plenária, o presidente da Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO), Eusébio Pinto Neto, afirmou que o movimento sindical precisa se reestruturar para a nova realidade que se apresenta. Ele pediu serenidade e união aos dirigentes para vencer a luta por direitos e igualdades. A sociedade só se tornará mais justa, quando todos tiverem a consciência do seu papel e firmarem um compromisso pelo bem comum”, completou.

MULHERES - Empoderadas, as mulheres cobraram respeito no Ginásio Esportivo Falcão. Elas exigiram que o documento elaborado no Congresso das Secretárias da Mulher da Força Sindical, em março, seja cumprindo. No documento, as mulheres pedem mais espaço e propõem que o quadro da diretoria da central seja formado por 50% de homens e 50% de mulheres.

COMUNICAÇÃO - Para agilizar, ampliar e unificar a informação, a Força Sindical lançou ontem um aplicativo no encontro Nacional de Imprensa da central. O principal objetivo do aplicativo é fortalecer a comunicação entre as entidades, os dirigentes e os trabalhadores.

* Estefania de Castro, assessoria de imprensa Fenepospetro