19.6.17

O PSDB, COM APOIO DA GLOBO E DA LAVA JATO, É O PARTIDO QUE ROUBA, NÃO FAZ E NEM É INVESTIGADO

EMANUEL CANCELLA -


Roubo mas faço! Quem inaugurou essa máxima foi Ademar de Barros, que foi prefeito e governador de São Paulo (1). Seus correligionários, em campanha, no corpo a corpo, diziam Ademar roubava, mas fazia, respondendo às criticas dos oposicionistas.  Os ademaristas nem se preocupavam em negar que seu candidato era ladrão.

Depois, nessa mesma São Paulo, fincou-se, há décadas, o PSDB que rouba, não faz e nem sequer sofre qualquer investigação. Como exemplo, temos o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que  reelegeu-se em primeiro turno mesmo envolvido em trocentos escândalos, como roubo do dinheiro da merenda, Propinoduto do metrô de São Paulo, falta d’água Claro que contou com a ajuda  da mídia, principalmente da Folha e do Estadão, e de nossa justiça com partido.

O mensalão, na gestão do ministro Joaquim Barbosa, que ironicamente foi nomeado ministro do STF por Lula, por indicação de frei Beto, prendeu vários parlamentares, principalmente do PT, tudo sem provas materiais. Entre essas prisões ilegais temos a do ex-ministro de Lula, José Dirceu, que recentemente foi solto. Não precisavam de provas, pois usavam os conhecidos vazamentos seletivos, sempre para a Globo, que os estampavam diariamente em seus jornais, blog, TV, rádio e papel, convencendo a população da culpa dos petistas com base em suposições fantasiosas e o povo, inocente e sedenta de sangue de corruptos, deixava-se manipular.

Dirceu foi preso com base no parecer da ministra do STF, Rosa Weber, assistida pelo mesmo juiz Sergio Moro, cujo texto foi: “Não tenho prova cabal contra Dirceu – mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite”(2). Enquanto isso o mensalão tucano está prescrevendo sem julgamento, e todos envolvidos do PSDB estão sendo liberados, mesmo ele sendo anterior ao do PT (3).

E o juiz Sergio Moro, que participou do mensalão, mantendo a sua coerência e fidelidade com os tucanos, agora, na chefia da operação Lava Jato, não prendeu nenhum tucano, na verdade nem investigou, mesmo com provas gritantes de que eles sejam os comandantes dessa corrupção brasileira.

O governo de FHC, na Petrobrás, foi delatado inúmeras vezes por presos na Lava Jato e muitas dessas denúncias incluem o filho de FHC e nada, nem sequer investigação (8,9).

Agora, o também tucano Pedro Parente pratica o desmonte criminoso  na Petrobrás, “vendendo’ tudo sem licitação, para quem quer e pelo valor que determina. E Parente já é réu em ação movida por petroleiros, por entrega de ativos, quando ministro do apagão de FHC e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás (4)- estão esperando a prescrição. Mesmo assim Parente conta com aval da Java Jato nessa liquidação do patrimônio público, desrespeitando leis brasileiras, como a de licitação e de corrupção.

Nem denúncia no MPF falando da omissão da lava Jato, em novembro de 2016, sensibiliza a força tarefa da operação. A Lava Jato é mais contundente, pois ainda pune com intimação em dezembro de 2016 o petroleiro que denunciou sua omissão (5,6).

A casa começa a cair para o PSDB, pois saiu do controle da Lava Jato a impunidade dos tucanos. Aécio Neves foi delatado sete vezes na Lava Jato, e nada de vazamento, de investigação ou prisão. Entretanto o tucano Aécio Neves foi denunciado, através de uma gravação do dono da JBS, por outro juízo, claro, que ainda conseguiu aprovar a divulgação da gravação pelo STF. Nessa gravação Aécio pede propina de dois milhões e faz ameaça típica de bandido “A gente mata antes de ele fazer delação” (7).

A prisão do tucano Aécio Neves já e dada como certa inclusive ele já entregou até o passaporte (11).

E o maior líder tucano, FHC, destoando do partido que continua a apoiar o golpista Michel Temer, declarou que Temer, num gesto de grandeza, deveria antecipar eleições presidenciais (10).

Será que a casa caiu já caiu e FHC está buscando um abrigo?

Fonte:

* Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese,  sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro”