REDAÇÃO -
O ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a abertura de novo inquérito para investigar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por lavagem de dinheiro com base nas acusações dos delatores da JBS.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) vai investigar se o tucano tentou ocultar a origem de R$ 2 milhões que teria recebido de Joesley Batista, um dos donos da JBS. O senador já foi denunciado pelos crimes de corrupção passiva e obstrução da Justiça.
Com a decisão de hoje, Aécio passa a ser investigado em nove inquéritos decorrentes da Lava Jato.
Na mesma decisão, Marco Aurélio também desmembrou a investigação e mandou para a Justiça Federal de São Paulo a parte relativa aos investigados que não têm foro privilegiado –Andrea Neves e Frederico Pacheco, irmã e primo de Aécio, e Mendherson de Souza, assessor do senador Zezé Perrella. Eles também já foram denunciados pela PGR, mas apenas por corrupção passiva.
Por meio de nota, a defesa de Aécio informou que recebeu a informação “com naturalidade por se tratar de desdobramento da denúncia inicial”. “A investigação demonstrará que não se pode falar em lavagem ou propina, pois trata-se de dinheiro de origem lícita numa operação entre privados, portanto sem envolver recurso público ou qualquer contrapartida. Assim, não houve crime”, diz Alberto Toron, que defende o tucano. (…) (via Folha)
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Presidente do Conselho de Ética do Senado arquiva pedido de cassação de Aécio
Do G1 e do Estadão:
O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), informou nesta sexta-feira (23) ao G1 ter arquivado o pedido de cassação de Aécio Neves (PSDB-MG).
Após as delações da JBS se tornarem públicas, os partidos Rede e PSOL pediram ao conselho que cassasse o mandato de Aécio por quebra de decoro parlamentar.
O tucano está afastado do mandato desde o mês passado, por determinação do Supremo Tribunal Federal.
Segundo o Ministério Público Federal, Aécio Neves agiu em conjunto com o presidente Michel Temer para barrar as investigações da Operação Lava Jato.
Ao Estadão, Souza disse o seguinte: “O que fizeram com ele foi uma grande injustiça”.