17.6.17

1- JOESLEY: “TEMER É O CHEFE DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA. ESSA TURMA É MUITO PERIGOSA”; 2- MARTA SUPLICY RECUSOU CONVITE PARA ASSUMIR MINISTÉRIO DA CULTURA

REDAÇÃO -

O empresário Joesley Batista deu entrevista bomba à revista Época:


ÉPOCA – Quando o senhor conheceu Temer?
Joesley Batista – Conheci Temer através do ministro Wagner Rossi, em 2009, 2010. Logo no segundo encontro ele já me deu o celular dele. Daí em diante passamos a falar. Eu mandava mensagem para ele, ele mandava para mim. De 2010 em diante. Sempre tive relação direta. Fui várias vezes ao escritório da Praça Pan-Americana, fui várias vezes ao escritório no Itaim, fui várias vezes na casa dele em São Paulo, fui alguma vezes ao Jaburu, ele já esteve aqui em casa, ele foi ao meu casamento. Foi inaugurar a fábrica da Eldorado.

ÉPOCA – Qual, afinal, a natureza da relação do senhor com o presidente Temer?
Joesley – Nunca foi uma relação de amizade. Sempre foi uma relação institucional, de um empresário que precisava resolver problemas e via nele a condição de resolver problemas. Acho que ele me via como um empresário que poderia financiar as campanhas dele – e fazer esquemas que renderiam propina. Toda vida tive total acesso a ele. Ele por vezes me ligava para conversar, me chamava, eu ia lá.

ÉPOCA – Conversar sobre política?
Joesley – Ele sempre tinha um assunto específico. Nunca me chamou lá para bater papo. Sempre que ele me chamava eu sabia que ele ia me pedir alguma coisa ou ele queria alguma informação.

ÉPOCA – Segundo a colaboração, Temer pediu dinheiro ao senhor já em 2010. É isso?
Joesley – Isso. Logo no início. Conheci Temer e esse negócio de dinheiro para campanha, aconteceu logo no iniciozinho. O Temer não tem muita cerimônia para tratar desse assunto. Não é um cara cerimonioso com dinheiro. (….)

Confira a íntegra da entrevista aqui.

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Marta Suplicy recusou convite para assumir Ministério da Cultura

Marta Suplicy foi convidada para retornar ao Ministério da Cultura, há algumas semanas, e recusou. Seu nome foi mencionado seguidas vezes ao longo desta sexta-feira, assim que se divulgou a saída do ministro interino João Batista de Andrade.

Outro dos parlamentares mencionados para o ministério, o deputado paraibano André Amaral, nada comentou ainda sobre o caso. Filiado ao PMDB e eleito com 6 mil votos em 2014, Amaral é conhecido como um dos mais entusiasmados defensores da vaquejada. (via DCM)