2.2.17

DIRETORIA DA ABI ALIADA AOS GOLPISTAS NÃO DEBATE

Por MÁRIO A. JAKOBSKIND e ANDRÉ MOREAU -

Atual diretoria da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), engrossou o elenco das personagens sinistras que compõem a narrativa golpista das organizações Globo, de julho de 2013.

Meireles se inspira na narrativa das organizações Globo e em Temer. Vale lembrar que Temer colocou junto a ele para assessorá-lo o General Sergio Etchegoyen, Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, um militar egresso da ditadura, cuja família prestou serviços aos generais de plantão, enquanto Meireles colocou câmeras na ABI para vigiar e conselheiros que agem da mesma forma, tentando intimidar opositores.

Que situação? Enquanto o Rio de Janeiro no dia 1 de fevereiro atravessava um momento de convulsão social com a Polícia Militar e a Guarda Nacional reprimindo brutalmente manifestantes que exigiam a regularização dos salários atrasados desde dezembro do ano passado, o décimo terceiro salário, além de protestarem contra a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE) e a falta de recursos que paralisaram a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a diretoria da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em seu site divulgava o bloco de Carnaval "você vem se quiser" e para não ficar tão mal diante dos associados com o fato de omitir as Atas que antecederam e precederam as eleições para a diretoria da entidade 2016/2019, resolveram divulgar quebradeiras no setor.

Atenta a narrativa do JN, a direção da ABI elogiava o presidente golpista e usurpador Michel Temer, um dos responsáveis, juntamente com o aposentado do Bank of Boston e atual Ministro Henrique Meireles, que agora diz em alto e bom som que para "salvar" o Estado do Rio de Janeiro é necessário, entre outras coisas, privatizar a CEDAE e fazer com que os servidores públicos descontem 22% dos seus parcos salários para pagar os rombos de Sérgio Cabral e do atual governador Luis Fernando Pezão. Meireles mantém fatos ocorridos na ABI, ocultos, seguindo os passos de Jorge Picciani, e Pezão no Estado e, ufa, Temer no Planalto, personagens que nessa narrativa entrarão para a História como responsáveis pela convulsão social que se anuncia.

A ABI na gestão de Domingos Meireles pode ser dividida entre diretores e integrantes do Conselho Deliberativo, que sabem perfeitamente o que vem acontecendo, por isso se irritam quando criticados, já que apesar das aparências, da História recente, seguem embarcados em projetos pessoais contra os associados, que por falta de informações que deveriam ser pelo menos publicadas no site da Casa dos Jornalistas, ignoram fatos graves ocorridos na entidade como, por exemplo, a proibição da Chapa Villa-Lobos encabeçada pelo jornalista e escritor José Louzeiro, participar das eleições de 2016/2019, apesar do então Presidente da Comissão Eleitoral Carlos Newton, ter atestado que as três chapas inscritas poderiam concorrer.

Ao ocultar Atas, desrespeitar conselheiros como Carlos Newton que foi proibidos por Domingos Meireles e seus acólitos, de dar segmento aos trabalhos eleitorais em abril de 2016, agem com autoritarismo, com modus operandis semelhante ao imposto pelas organizações Globo, preferindo se dedicar aos expedientes de vigiar com câmeras fixadas pelo teto da entidade, funcionários, punidos com a falta de pagamento do respectivos 13º salário.

É lamentável que conselheiros outrora considerados combativos, tenham se aliado aos personagens da narrativa golpista das organizações Globo! Como nos noticiários que falam de manifestantes que tentaram derrubar grades de proteção da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), mas não mostram as cenas, justificando a repressão contra manifestantes, Domingos Meirelles, agindo como o dono da ABI, proibiu a Chapa Villa-Lobos de concorrer, sem dizer porque.

É preciso agir o mais rápido possível para que a ABI volte a ser uma entidade combativa, sem a "entourage" de Meireles para fazer o jogo (sujo) do patronato midiático conservador, como tem acontecido.

A insistência da diretoria da ABI em omitir a informação, testemunhada pelo conselheiro Carlos Newton, dentre outros conselheiros, segundo a qual houve um veto à participação da chapa Villa Lobos no pleito da diretoria, é sintomático. Meireles e seus acólitos não queriam correr o risco de ter que debater fatos políticos nacionais e relativos ao momento em que atravessa a ABI.

Para ficar mais claro ainda, Meireles e os seus fazem de tudo e muito mais, através de mentiras e manipulações da informações, para evitar o debate e serem obrigados a virem a público responder acusações sobre o motivo pelo qual são apoiadores do golpe de direita ocorrido em 2016 e que está levando o Brasil a um retrocesso assustador.

*Mário Augusto Jakobskind, Jornalista e Escritor, Coordenador de História do IDEA, Universidade Federal Fluminense. **André Moreau, Jornalista e Diretor do IDEA, Canal Universitário de Niterói, Unitevê, UFF/Fonte:  blog Jornal da ABI.
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