3.9.16

PETROLEIROS DA USINA DE XISTO, NO PARANÁ, EM GREVE

Via SINDIPETRO-PE/SC -

Os trabalhadores do regime de turno da Usina do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul, na região Centro Sul do Paraná, se reuniram em assembleia na manhã desta sexta-feira (2) e resolveram dar prosseguimento ao movimento grevista iniciado à zero hora de quinta (1).


A avaliação é que não houve avanços. “Ninguém concorda com a implantação da tabela de turno com jornada de seis horas e como até agora não houve negociação, a greve continua”, disse o presidente do Sindipetro Paraná e Santa Catarina, Mário Dal Zot.

A adesão dos trabalhadores do turno é quase total, com exceção de alguns poucos supervisores que formam o contingente precário que mantém parte das operações da Usina, em detrimento e traição à luta da categoria.

A greve é motivada pela posição unilateral da empresa de reduzir a jornada do turno. A alegação é de que a medida se deve à decisão judicial que determina o interstício (intervalo) mínimo de 11 horas entre as jornadas. A ação do interstício foi movida pelo Sindicato no ano de 2006 em todas as unidades do Sistema Petrobrás no Paraná e Santa Catarina. Todas as bases tiveram decisões favoráveis aos trabalhadores e a Petrobras cumpriu em quase todas elas, à exceção da SIX.

Vale lembrar que em nenhum momento a sentença judicial discorre sobre diminuição da jornada e durante as negociações os representantes jurídicos da Petrobras colocaram empecilhos em todas as propostas apresentadas pelo Sindicato, inviabilizando a possibilidade de qualquer acordo.

Quando menos é mais - A primeira vista, uma redução de jornada de trabalho parece uma coisa boa, mas não no caso da SIX. A diminuição acontece apenas na jornada do turno e não na carga horária mensal de trabalho. Isso significa que os petroleiros terão mais dias de trabalho e menos folgas no mês, causando prejuízos ao convívio familiar e social.

Além disso, caso a jornada de 06 horas seja implantada, outro prejuízo imediato aos trabalhadores seria a redução do adicional de HRA (Horário de Repouso à Alimentação). Os impactos financeiros podem chegar a 20% do total de rendimentos.