Via Agência Petroleira de
Notícias -
No dia da abertura oficial dos
Jogos Olímpicos Rio 2016, (5), a orla da Praia de Copacabana recebeu 30 mil
pessoas que participaram de um ato em protesto organizado pelas Frentes Brasil
Popular e Povo Sem Medo e Frente de Esquerda contra o governo interino de
Michel Temer, por nenhum direito a menos e o fim da calamidade olímpica.
“O ato de hoje pretende denunciar não só para o Brasil, mas para o
mundo todo, que nosso país tem um governo ilegítimo, com um presidente que não
recebeu voto de ninguém, e mais do que isso, que quer aplicar um programa de
retrocessos que também não foi eleito pelo povo brasileiro. Além disso, é
importante denunciar a exclusão social que houve durante as obras para os
Jogos, com remoções de moradores, a especulação imobiliária, a tentativa de
coibir manifestações públicas e o uso de verbas para viabilizar o projeto
olímpico, em detrimento de investir em áreas sociais, como saúde e educação” –
disse Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST,
presente no protesto.
A
luta em defesa da Petrobrás e contra o PL 4567/16, que altera a Lei de Partilha
do pré-sal, de autoria do senador e atual ministro de Relações Exteriores,
José Serra.
“Esse é um processo absurdo de entrega das riquezas nacionais. O
desmonte da Petrobrás e a entrega do pré-sal ao capital internacional é parte
deste processo de golpe que vivemos hoje sob o governo Temer” - falou o
deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ).
O
ato acabou alterando o trajeto de revezamento da tocha olímpica na Praia de Copacabana,
mas a passagem foi retomada, com atraso, para outros bairros da Zona Sul. A
Tocha Olímpica terminou seu percurso junto ao Monumento aos Pracinhas, no
Aterro do Flamengo.
Jogos da Exclusão
Na parte da tarde um outro ato denominado 'Jogos da Exclusão' foi
realizado no bairro da Tijuca, Zona Norte do Rio, nas proximidades do Maracanã.
O ato passeata transcorreu de forma pacífica durante todo o trajeto, mas acabou
sendo dispersado pela Polícia Militar- PM, com bombas de gás e de efeito moral,
na Praça Afonso Pena.
O
Batalhão de Choque avançou sobre os manifestantes e começou a disparar diversas
bombas de gás lacrimogêneo, provocando uma correria na praça, com pais tentando
proteger os filhos dos efeitos do gás, o que gerou muita revolta nas pessoas, a
maioria moradora das redondezas e que não participavam do protesto.
Algumas
pessoas passaram mal e chegaram a desmaiar, sendo atendidas por voluntários da
Cruz Vermelha que acompanhavam a manifestação para dar suporte. A estação de
metrô que funciona na praça chegou a fechar as portas como medida de segurança.
A cena foi monitorada do alto o tempo todo por um helicóptero da PM.