MIRANDA SÁ -
“O esporte é uma guerra sem armas” (George Orwell)
O nome “Olimpíadas” vem da cidade de Olímpia, na Grécia antiga, quando eram realizados em 776 a.C. os jogos que duraram por mais de mil anos. Como ainda o são, os jogos aconteciam de 4 em 4 anos e eram restritos, pois deles só podiam participar homens que falassem grego. As mulheres não eram admitidas.
O milionário francês, Barão de Coubertin, recriou e financiou as Olimpíadas da Era Moderna, realizando em Paris os jogos em junho de 1894, na Universidade de Sorbonne.
Foi Coubertin quem criou o Comitê Olímpico Internacional, tendo lançado o lema olímpico “Citius, altius, fortius” (mais rápido, mais alto e mais forte) consigna que foi adotada oficialmente nas Olimpíadas de Paris de 1924.
Dos meados do século passado os jogos olímpicos se desviaram dos ideais do Barão de Coubertin caindo na influência de governos, como em 1935, por Hitler, e foram explorados por políticos e corruptos, que muitas vezes se confundem…
No Brasil, na esteira da corrupção lulo-petista, a quadrilha Lula-Cabral-Dilma-Pezão-Paes, trouxe a Olimpíada para cá – num repeteco da degenerada Copa Mundial de 2014, que favoreceu benefícios às empreiteiras corruptoras e rendeu milionárias propinas.
Carente de serviços públicos, com hospitais sucateados e escolas abandonadas, sofrendo a violência patrocinada pelo crime organizado, o “Bando dos Cinco” logrou implementar os jogos, gastando bilhões de reais escorridos em obras inacabadas e mobilizando uma multidão de cabos eleitorais como “voluntários” remunerados.
Transcorre a Olimpíada da Vergonha decepcionando o povo que construiu uma linha de metrô e não pode viajar nela, pois atende apenas os turistas.
As obras inacabadas foram escondidas por uma propaganda maciça para logradouros maquiados e instalações suntuosas de duração passageira.
Justiça seja feita, salvou-se uma abertura bem arquitetada, com variações tecnológicas e quadros ilustrando a formação miscigenada do povo brasileiro, homenageando nossos ancestrais, índios, africanos, europeus e asiáticos.
A Olimpíada Rio/2016 livrou-se também de uma perda total – para sofrear a indignação nacional – pela generosidade e hospitalidade do povo brasileiro aliadas ao entusiasmo pelo esporte e, de certa maneira, subornado pelas festividades circenses…
Fica, porém, registrado que o dinheiro público gasto no evento internacional, faz falta ao atendimento das necessidades básicas da população e deixa mais uma vez patente a irresponsabilidade dos políticos que o organizaram.
Para compensar os desmandos, a incompetência e as roubalheiras dos governantes é inegável também que assistimos duas situações que entusiasmam: As forças de segurança atuam garantindo a paz; e o entusiasmo patriótico da nossa gente, com duradora alegria aplaudindo os atletas que ostentam as cores nacionais.
Como diz o nosso epigrafado, George Orwell, os visitantes levarão do Brasil, a convicção de que fazemos nos esportes uma guerra pela paz entre os povos, e deixará a memória de que não paramos de lutar por um Pais livre da corrupção implantada pelo PT!