ILUSKA LOPES -
Seguindo a rotina óbvia, lógica, cínica, e perversa do sistema
capitalista, que vive da exploração humana e das crises sistêmicas, ontem
tivemos mais um dia de colapso nos mercados financeiros globais. Faltou pouco
para se atingir uma marca emblemática: uma ação da Petrobras negociada a apenas
1 dólar... é isso aí, pasmem.
Somos todos reféns desse grande cassino global. O
capital financeiro internacional precisa se apropriar da nossa valiosa
petrolífera a qualquer custo, assim como fizeram com a Vale do Rio Doce, custe
o que custar...
Nesta quarta-feira, o dólar foi a
R$ 4,10 e as ações preferenciais da estatal brasileira caíram a R$ 4,43.
Segundo os principais analistas econômicos o motivo é o ritmo menor de
crescimento na China, que derrubou as commodities minerais e fez com que
empresas como Vale e Petrobras sejam hoje negociadas a 10% do que valiam em
2008, quando atingiram seu ponto máximo.
Informo que desta vez, a crise é
mais complexa porque os governos, endividados, têm menos capacidade de
estimular o consumo. No entanto somos um País muito grande e forte, quem olha
para o Brasil no longo prazo, como as gigantes multinacionais, sabe que o País
nunca esteve tão barato como agora. A queda da nossa moeda (R$) e a depreciação
dos ativos poderão fazer de 2016 o ano das fusões e aquisições no Brasil.
Um estudo recente da consultoria
Price Waterhouse Coopers apontou que, em 2050, as cinco maiores economias
mundiais serão a China, com um PIB (pelo critério de paridade de poder de
compra) de US$ 61 trilhões, a Índia, com US$ 42,3 trilhões, os Estados Unidos,
com US$ 41,4 trilhões, a Indonésia, com US$ 12,5 trilhões, e o Brasil, com US$
9,6 trilhões. Ou seja: para quem mira o longo prazo, o Brasil,
num horizonte relativamente curto, estará à frente de nações como Japão,
Alemanha, França, Itália e Inglaterra.
Estimativa mostra crescimento de
17,8% a 24,4% na produção de café arábica, que abrange 76,5% do total de café
produzido no país
A produção brasileira de café da safra 2016 deverá
ficar entre 49,13 e 51,94 milhões de sacas do produto beneficiado. Se
considerada a média de produção (50,5 milhões), esta pode ser a segunda maior
safra da história, ficando atrás apenas da safra de 2002 (50,8 milhões). A
previsão indica acréscimo de 13,6% a 20,1% em relação à produção de 43,24
milhões de sacas obtidas em 2015. Cada saca tem 60 quilos. Os dados foram
divulgados, nesta quarta-feira, pela Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab).
Segundo a Conab, este é um ano de alta bienalidade
para o café. A característica dessa cultura faz com que a planta obtenha
melhores rendimentos em anos alternados, especialmente o café arábica,
independe de tratamento do solo ou de outras ações tecnológicas.
Assim, esta primeira estimativa mostra crescimento
de 17,8% a 24,4% na produção de arábica, que abrange 76,5% do total de café
produzido no país. A Conab estima que sejam colhidas entre 37,74 e 39,87
milhões de sacas. O resultado deve-se principalmente ao aumento de 67,6 mil
hectares da área em produção, à incorporação de áreas que se encontravam em
formação e renovação e às condições climáticas mais favoráveis.
A produção do café conilon,
que representa 23,2% do total, é estimada entre 11,39 e 12,08 milhões de sacas,
com crescimento entre 1,8 e 8% em relação à safra 2015. Esse resultado se deve,
sobretudo, à recuperação da produtividade nos estados do Espírito Santo, Bahia
e em Rondônia, bem como ao maior uso de tecnologias.
* Informações da ABr, Correio do Brasil e
Brasil247.



