Por REDAÇÃO -
A Venezuela ampliou o
fechamento parcial de sua fronteira com a Colômbia e enviou mais 3 mil
soldados à área para uma ação de repressão do crime que fez milhares de
colombianos fugirem do país onde residiam e levou a acusações de abusos de
direitos humanos.
A disputa na divisa ainda
desencadeou um cisma diplomático entre o governo socialista do presidente
venezuelano, Nicolás Maduro, e a administração conservadora de seu colega, Juan
Manuel Santos, na Colômbia.
Críticos dizem que Maduro
está criando uma distração e apelando ao nacionalismo antes da eleição
parlamentar de dezembro, na qual pesquisas mostram seu Partido Socialista Unido
da Venezuela (PSUV) em desvantagem.
O governo afirma que está
enfrentando gangues do crime organizado que espalham violência contra os
moradores na fronteira e drenam a economia da Venezuela, já atingida pela
recessão, contrabandeando bens de consumo subsidiados, que vão da farinha à
gasolina.
Depois de interditar os
principais pontos de cruzamento no Estado de Táchira no mês passado, Maduro
também ordenou o fechamento da passagem de Paraguachón, no Estado de Zulia, no
norte do país, na segunda-feira.
As comunidades indígenas
locais Wayu e Guajiro, entretanto, serão poupadas da medida, que foi concebida
para “conter o avanço do crime, dos criminosos, paramilitares e
contrabandistas”, acrescentou Maduro em uma reunião de gabinete.
Ele enviou três mil
militares para a fronteira de 2 mil e 219 quilômetros, que se juntam aos dois
mil já na região.
Maduro ainda decretou um
“estado de exceção” em três municípios de Zulia. Há uma medida semelhante em
vigor em cinco municípios de Táchira, o que significa que as garantias constitucionais
estão temporariamente suspensas.
* Com informações do Correio do Brasil e Reuters.