Por Cláudio Humberto - Via Diário do Poder -
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| Foto: André Dusek/AE. |
Convencida pelo ex-presidente Lula, Dilma negocia entregar ministérios de “porteira fechada” aos partidos aliados, com direito a livre nomeação e em todas as esferas de atuação das pastas. É a nova estratégia de “recomposição da base aliada”. O governo pretende, com a medida, reunir pelo menos 200 deputados “100% fiéis” que impeçam a todo custo o avanço de pedidos de impeachment. Projetos, só em 2016.
Com a proposta, o governo enterraria críticas constantes da oposição: abriria caminho para reduzir o número de ministérios, hoje em 39.
Após redistribuir os ministérios, Dilma deixará no governo apenas os partidos que se comprometerem com a “fidelidade total”.
Ao lado de Temer, Lula é o principal articulador da nova estratégia de Dilma, considerada a última alternativa para sair da grave crise.
Apesar de recente crise com o PDT, o governo pretende reconquistar o aliado histórico, mas o ministro Manoel Dias está com os dias contados.
DEPUTADOS DO PMDB PROMETEM ‘BOICOTE’ A RENAN, ALIADO DE DILMA
O vice-presidente Michel Temer ouviu cobras e lagartos da bancada do PMDB na Câmara em almoço, semana passada. Sobraram bordoadas para Dilma e para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, orientou deputados a rejeitarem as propostas talhadas por Calheiros e pelo Planalto, e iniciarem “boicote” às propostas, que precisam de análise na Câmara.
Deputados acusam Renan, citado na Lava Jato, de só se aproximar de Dilma para se safar da lista do procurador-geral, Rodrigo Janot.
Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também citado na Lava Jato, ridiculariza as propostas de Calheiros: “É espuma”, definiu Cunha.
Com deputados do PMDB fiéis a Eduardo Cunha, Temer trabalha para promover a paz entre Renan e Cunha para tentar “alinhar” os caciques.



