Via Correio
do Brasil -
A
Fifa confirmou nesta segunda-feira que irá investigar a suposta distribuição
partindo de sua sede de um dossiê anônimo fortemente crítico ao presidente da
Uefa, Michel Platini, após uma reclamação do órgão regulador do futebol
europeu.
O
jornal alemão Welt am Sonntag relatou no domingo
que o documento, intitulado “Platini – esqueleto no armário”, foi distribuído a
partir da sede da Fifa.
A
publicação informou que o documento possuía uma foto pouco lisonjeira do
ex-jogador da seleção francesa e questionava sua aptidão para o cargo de
presidente da Fifa.
A
existência do dossiê sobre Platini, que busca substituir o presidente da Fifa,
Joseph Blatter, nas eleições de fevereiro, também foi relatado pela mídia
suíça.
–
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke recebeu uma carta da Uefa sobre tal
assunto – informou a Fifa em nota enviada por e-mail à agência inglesa de
notícias Reuters.
“Em resposta à Uefa, o secretário-geral da Fifa confirmou que a Fifa está
investigando o assunto”.
Além
de Valcke, a Uefa informou que também enviou sua reclamação para Cornel
Borbely, procurador suíço principal investigador de ética da Fifa, e Domenico
Scala, chefe do comitê independente de auditoria. Platini é atualmente o
principal candidato para a eleição para o comanda da Fifa.
Rival sul-coreano
Chung
Mong-joon, da Coreia do Sul, disse nesta segunda-feira que seu
rival francês para a presidência da Fifa, Michel Platini, é muito ligado ao
atual dirigente, Joseph Blatter, para ser a pessoa certa para conduzir o órgão
que comanda o futebol mundial, abalado por um escândalo de corrupção.
Ao
lançar sua candidatura ao cargo, em Paris, Chung afirmou em entrevista coletiva
que “Michel Platini foi um grande jogador de futebol, é meu bom amigo. Seu
problema é que ele não parece compreender a gravidade da crise de corrupção na
Fifa”.
Platini,
que dirige a federação europeia, a Uefa, e entrou no mês passado na disputa
cada vez mais acirrada pelo comando da Fifa, não estava imediatamente
disponível para comentar as declarações.
O
ex-jogador da seleção francesa descreveu Blatter como um amigo, mas pediu
repetidamente que ele deixasse o cargo, desde que em maio vieram à tona as
acusações de corrupção contra a Fifa. Ele tem dito que o escândalo revirou seu
estômago.
Ex-vice-presidente
da Fifa, Chung disse que Platini é membro do comitê executivo da entidade desde
2002 e deveria ter feito mais para erradicar a corrupção.
–
Recentemente, Platini disse que Blatter é seu inimigo, mas sabemos que o
relacionamento deles era como o de mentor e protegido, ou pai e filho – disse
Chung, de 63 anos, herdeiro bilionário do conglomerado industrial sul-coreano
Hyundai.
Blatter
foi reeleito para um quinto mandato como presidente da Fifa em 29 de maio, mas
quatro dias depois anunciou sua renúncia em meio à pior crise da história da
entidade. Ele deve deixar oficialmente o cargo depois da eleição de seu
sucessor, em fevereiro. Blatter não está sendo acusado de nenhum delito, mas
sua trajetória na entidade que comanda desde 1998, e da qual foi diretor
técnico em 1975 e secretário-geral em 1981, tem sido fortemente criticada.
O
ex-jogador Zico, o ex-meio-campista de Trinidad e Tobago David Nakhid e o
presidente da federação liberiana, Musa Bility, também disseram que estão na
disputa. O príncipe jordaniano Ali Bin Al-Hussein e o sul-africano Tokyo
Sexwale da Jordânia estão pensando em lançar candidatura.



