Por Nelson Rodrigues Filho - Via Rede Democrática -
Confesso que minha preocupação com as oitavas era a Espanha, mais, muito
mais do que a Holanda. Duas coisas determinaram a derrocada total da
campeã mundial: a primeira ficou por conta do emocional que baixou a
níveis gigantescos a partir da goleada sofrida na primeira partida; a
segunda fica por conta de uma atuação horrível do Casillhas e de um juiz
que não marcou uma falta clamorosíssima no goleiro espanhol no terceiro
gol da Holanda, que foi definitivo naquela partida.
Contra o Chile, o veterano Casilllas
rebateu para frente e como com o azar não se brinca (não esquecer que o
futebol também é um jogo de azar) a bola caiu, certinha, nos pés do
chileno que fuzilou de bico, no segundo gol do Chile.
Para completar, o Sergio Busquet deu uma
canelada na pequena área, com o bom goleiro chileno batido. Os
espanhóis passaram a errar passes os mais simples e o olé comeu solto.
O Chile é freguês antigo e, apesar de seu bom time, é uma opção melhor do que a Holanda, nosso carrasco da última Copa.
A Austrália teve a vitória na cabeça de
seu atacante que preferiu usar o peito em vez de cabecear (o que teria
sido uma jogada de efeito, no lance imediatamente anterior ao terceiro
gol holandês, que não teria acontecido se ele simplesmente tivesse feito
o gol australiano sem firula.
Mais uma do “quem não faz leva”.
Foi o melhor jogo até agora. A Austrália
evoluiu muito apesar de dose alta de inocência por parte de seus
defensores. Seu centroavante fez um lindíssimo gol de sem-pulo, só
superado em beleza pelo o golaço do Van Persie contra a Espanha.
Camarões foi o “comédia brabíssima” da
copa. Um time descontrolado, com jogadores brigando entre si, e com uma
agressão de pugilato que redundou em uma expulsão.
O Brasil nada tem a temer de Camarões, mas nem pensar em menosprezar o adversário, para evitar alguma surpresa.