21.6.14

13 ANOS DO CALOTE DA ARGENTINA, A JUSTIÇA DOS EUA PROTEGE FUNDOS PODRES. FHC: APOIO CONTRA AÉCIO. JORNALISTAS DO BRASIL, NÃO ASSISTEM A COPA

HELIO FERNANDES

Ninguém sabe o que vale esse apoio. Perdeu no Poder para Lula, não conseguiu levar Serra (duas vezes) ou Alckmin (uma) ao pódio-poder. Agora não larga Aécio, o que prejudica a candidatura do mineiro.

FHC tem interesse pessoal, já revelado aqui há meses, quer ser embaixador na ONU. Na convenção de sábado, não saiu do lado do presidenciável, fingindo entusiasmo. Não deixou de cobrar o compromisso, Aécio garantiu. Só que antes, precisa se eleger. 

Nova reeleição de Sarney 

Já foi tudo antes, durante e depois da ditadura, que apoiou integralmente. Agora diz que não sabe se tenta outro mandato no senado, “depende da minha saúde”.

Não é da saúde, Sarney tem medo de perder, o que é quase certo, tem muita gente com mais possibilidade do que ele. Está tentando acordos impossíveis. No Maranhão e no Amapá, Sarney acumula ex-amigos. 

O senado sem Simon 

Parece e é mesmo um absurdo, verdadeira ignomínia. Ministro, governador, várias vezes senador, não pode deixar sua bancada, sua cadeira, sua legenda vazia. Volta, Pedro, tu és Pedra, e com você ergueremos a dignidade do Congresso, a legitimidade dos mandatos. Fica, Pedro, ainda é tempo de fazer. 

Documentário sobre o arquiteto Reidy 

Sou um dos mais entusiasmados e assíduos frequentadores do Canal Curta (56-Net). Anteontem assisti um programa a respeito do grande arquiteto Gustavo Afonso Reidy, o notável projetista do museu de Arte Moderna e do Parque. (Antes havia feito ,o maravilhoso Pedregulho).

Lota Macedo Soares depõe: “Foi um (tempo) enorme conseguir que Reidy fizesse o projeto. Finalmente aceitou fez um trabalho maravilhoso. O Parque é para o povo, para sua diversão, para sua liberdade”.

Lúcio Costa diz: “Reidy é o mais criativo e o mais civilizado dos nossos arquitetos”. 

O genial edifício do Ministério da Educação 

Todos muito moços projetaram, executaram e concluíram, em pleno Estado Novo, esse prédio que não tem similar no Brasil ou fora do Brasil.

Começaram em 1936, mas o projeto só foi concluído em 1943, em plena ditadura. 

Quem era quem na arquitetura, (todos jovens), participou 

Lúcio Costa, Niemeyer, Carlos Leão, Jorge Moreira e mais e mais. Le Corbisier foi convidado para supervisionar o projeto, chegou aqui em 1936. Levado ao prédio sede do Ministério, examinou, declarou: “Vocês já fizeram tudo, vou pra praia”.

Hospedado no Hotel Copacabana, frequentou a praia em frente, completamente vazia e ele assombrado. A cidade foi “plantada” a partir do Campo de Santana e do centro, só dezenas de anos depois, descobriram as praias. 

A Colômbia, o presidente 

Juan Manuel Santos reeleito há pouco mais de uma semana. Veio ao Brasil, conversou longamente com Dona Dilma, sobre cooperação, exportação, importação, integração, e lógico, futebol. Assistiu às duas vitórias do seu país, desfalcado do melhor jogador, Falcão Garcia.

Simpaticíssimo, entrevistado, perguntaram, “o senhor fica até quando?”. Simples: “Vou ficar até o final, quero ver meu país campeão”. 

Padrão Fifa de insegurança 

Inacreditável a invasão de 88 torcedores chilenos, que entraram no estádio, chegaram tranquilamente até à sala de imprensa. Isso, responsabilidade de Blatter e Walker, que durante meses criticaram o Brasil. E a eles, o que acontecerá?

Suarez e o fisioterapeuta
  
Há mais ou menos 30 dias fez artroscopia, ninguém acreditava que pudesse jogar. Não jogou realmente no primeiro, o fisioterapeuta continuou insistindo: “Vai jogar com toda a força”. Jogou, fez os dois gols, saiu do campo, abraçou demoradamente o professor, gritou bem alto: “Você é o cara, só joguei por causa da tua competência”. 

Suarez do Liverpool, elimina a Inglaterra 

Em Copa do Mundo acontece isso. Joga na Inglaterra, foi considerado o melhor jogador do País em 2013/14. Veio, eliminou a seleção de onde é o maior personagem. A Inglaterra é “coadjuvante com 1 título”. Só porque jogava em casa em 1966. Vi o jogo em Wembley (antes da reforma) não ganhou mais nada. 

Jornalistas brasileiros assistem a Copa de longe 

Todos, vá lá, quase todos, tidos como do “primeiro time”, na própria casa, não vão aos campos. Mas colocarão essa “cobertura” nos seus “currículos”. Este repórter viu 9 Copas nos países onde se realizavam, e as outras, daqui. Menos a de 1970. Não tinha passaporte, e onde estava, era proibido ligar televisão. 

Argentina: o “calote” reestruturado a não pago 

A tragédia começou em 2001, depois da ditadura cruel e a tortura, do ataque burro às Malvinas, o governo corrupto de Menem. Apesar de incompetência, conseguiu a reeleição, queria o terceiro mandato, exagero. Mas não foi preso.

A dívida da Argentina chegou a 100 BILHÕES de dólares, fez notável negociação. Os credores aceitaram receber apenas 30 por cento, parcelados, desistiram de 70 por cento, estavam recebendo.

Surgiram os “fundos podres”, complicou tudo. Vai haver outro acordo, a Argentina não pode será devorada por negocistas. A presidente Cristina é incompetente, a Argentina não pode pagar por isso. 

Henrique Alves governador 

Revelei que o presidente da Câmara seria governador com 70 anos, agora, sairia com 78. Mostrei também que ele poderia ter sido governador há dezenas de anos. Fui grande amigo do pai, desde que chegou ao Rio, deputado Constituinte com 23 anos.

Surgem as primeiras pesquisas no Rio Grande Do Norte. Aparece disparado, na frente de todos, ganha no primeiro turno. É muito tempo para análise, mas em 2022, se quiser, se elege senador. 

PS – Felipão chora porque o árbitro deixou de marcar o pênalti que Marcelo não sofreu. Merecidamente adepto do “fredinite”, sem o qual o Brasil não estaria na posição confortável em que está. Mal humorado, deu entrevista coletiva irritado, saiu sem se despedir dos jornalistas que tanto o exaltam e elogiam. 

PS1 – Os jogadores choram por causa do hino, uma espécie de civismo de contradição. O hino é para vibrar e não para chorar, embora eu não seja apologista do “homem não chora”. Chora sim, principalmente no pódio, vitorioso, glorioso, portentoso. 

PS2 – Felipão reúne os jogadores e exige: “Precisamos ganhar de Camarões”. Não houve gargalhada, porque todos eles se assustam com a reação do treinador. Não é o respeito, é o temor. Muito diferente, só Felipão ainda não percebeu. 

PS3 – Quase todos falam na “união Felipão-jogadores”, como se estivessem realmente juntos. Ilusão de ótica e até geográfica, Felipão é uma espécie de floresta Amazônica esportiva, ligando o nada a coisa alguma. 

PS4 – Hoje é sábado, só na segunda feira entrarão em campo contra Camarões. Quando houve o sorteio das chaves, escrevi: “A sorte premiou o Brasil e a Argentina”. Era impossível dizer outra coisa ou ser contrariado pelos resultados. 

PS5 – Quando foi feito o sorteio, esse foi logo identificado como “grupo da morte”. Uruguai, Inglaterra, Itália. Quem era o quarto? Costa Rica, ninguém sabia quem era, geográfica ou esportivamente. 

PS6 – Pois essa Costa Rica ignorada e desconhecida, começou a se mostrar ao derrotar o Uruguai. E ontem, contra a Itália, foi o grande protagonista, se classificou derrotando a poderosa Itália. Agora pode até perder para a eliminada Inglaterra, mais preocupada com a hora voo (de volta), do que com a hora do jogo. 

PS7 – Domínio total da Costa Rica. No primeiro tempo, Balotelli precisava apenas cobrir o goleiro, sozinho, para fazer gol. Cobriu, para fora. A seguir, no bico da área, em situação favorável, chutou forte em cima do goleiro. Dois lances fundamentais, Balotelli passou em branco e ainda levou amarelo. 

PS8 – Aos 42 do primeiro tempo, o pênalti mais autêntico da Copa. O atacante da Costa Rica foi imprensado e derrubado por dois adversários, o juiz “não viu nada”. Mas aos 44, Ruiz “foi à forra”, fez o gol, que seria o da vitória e da classificação. 

PS9 – Terça feira, o “jogo da morte” entre Uruguai e Itália. Nenhuma vantagem ou desvantagem, a segunda vaga disputada dentro de campo. O Uruguai com 2 títulos. A Itália com 4 e várias finais. Sendo que em duas perdeu para o Brasil. 1970, goleada, 1994, nos pênaltis.