HELIO FERNANDES –
Ninguém sabe o que vale esse apoio. Perdeu no Poder para
Lula, não conseguiu levar Serra (duas vezes) ou Alckmin (uma) ao pódio-poder.
Agora não larga Aécio, o que prejudica a candidatura do mineiro.
FHC tem interesse pessoal, já revelado aqui há meses, quer
ser embaixador na ONU. Na convenção de sábado, não saiu do lado do
presidenciável, fingindo entusiasmo. Não deixou de cobrar o compromisso, Aécio
garantiu. Só que antes, precisa se eleger.
Nova reeleição de
Sarney
Já foi tudo antes, durante e depois da ditadura, que apoiou
integralmente. Agora diz que não sabe se tenta outro mandato no senado, “depende
da minha saúde”.
Não é da saúde, Sarney tem medo de perder, o que é quase
certo, tem muita gente com mais possibilidade do que ele. Está tentando acordos
impossíveis. No Maranhão e no Amapá, Sarney acumula ex-amigos.
O senado sem Simon
Parece e é mesmo um absurdo, verdadeira ignomínia. Ministro,
governador, várias vezes senador, não pode deixar sua bancada, sua cadeira, sua
legenda vazia. Volta, Pedro, tu és Pedra, e com você ergueremos a dignidade do
Congresso, a legitimidade dos mandatos. Fica, Pedro, ainda é tempo de fazer.
Documentário sobre o
arquiteto Reidy
Sou um dos mais entusiasmados e assíduos frequentadores do
Canal Curta (56-Net). Anteontem assisti um programa a respeito do grande
arquiteto Gustavo Afonso Reidy, o notável projetista do museu de Arte Moderna e
do Parque. (Antes havia feito ,o maravilhoso Pedregulho).
Lota Macedo Soares depõe: “Foi um (tempo) enorme conseguir
que Reidy fizesse o projeto. Finalmente aceitou fez um trabalho maravilhoso. O
Parque é para o povo, para sua diversão, para sua liberdade”.
Lúcio Costa diz: “Reidy é o mais criativo e o mais
civilizado dos nossos arquitetos”.
O genial edifício do
Ministério da Educação
Todos muito moços projetaram, executaram e concluíram, em
pleno Estado Novo, esse prédio que não tem similar no Brasil ou fora do Brasil.
Começaram em 1936, mas o projeto só foi concluído em 1943,
em plena ditadura.
Quem era quem na
arquitetura, (todos jovens), participou
Lúcio Costa, Niemeyer, Carlos Leão, Jorge Moreira e mais e
mais. Le Corbisier foi convidado para supervisionar o projeto, chegou aqui em
1936. Levado ao prédio sede do Ministério, examinou, declarou: “Vocês já
fizeram tudo, vou pra praia”.
Hospedado no Hotel Copacabana, frequentou a praia em frente,
completamente vazia e ele assombrado. A cidade foi “plantada” a partir do Campo
de Santana e do centro, só dezenas de anos depois, descobriram as praias.
A Colômbia, o
presidente
Juan Manuel Santos reeleito há pouco mais de uma semana.
Veio ao Brasil, conversou longamente com Dona Dilma, sobre cooperação,
exportação, importação, integração, e lógico, futebol. Assistiu às duas
vitórias do seu país, desfalcado do melhor jogador, Falcão Garcia.
Simpaticíssimo, entrevistado, perguntaram, “o senhor fica
até quando?”. Simples: “Vou ficar até o final, quero ver meu país campeão”.
Padrão Fifa de
insegurança
Inacreditável a invasão de 88 torcedores chilenos, que
entraram no estádio, chegaram tranquilamente até à sala de imprensa. Isso,
responsabilidade de Blatter e Walker, que durante meses criticaram o Brasil. E
a eles, o que acontecerá?
Suarez e o
fisioterapeuta
Há mais ou menos 30 dias fez artroscopia, ninguém acreditava
que pudesse jogar. Não jogou realmente no primeiro, o fisioterapeuta continuou
insistindo: “Vai jogar com toda a força”. Jogou, fez os dois gols, saiu do
campo, abraçou demoradamente o professor, gritou bem alto: “Você é o cara, só
joguei por causa da tua competência”.
Suarez do Liverpool,
elimina a Inglaterra
Em Copa do Mundo acontece isso. Joga na Inglaterra, foi
considerado o melhor jogador do País em 2013/14. Veio, eliminou a seleção de
onde é o maior personagem. A Inglaterra é “coadjuvante com 1 título”. Só porque
jogava em casa em 1966. Vi o jogo em Wembley (antes da reforma) não ganhou mais
nada.
Jornalistas
brasileiros assistem a Copa de longe
Todos, vá lá, quase todos, tidos como do “primeiro time”, na
própria casa, não vão aos campos. Mas colocarão essa “cobertura” nos seus
“currículos”. Este repórter viu 9 Copas nos países onde se realizavam, e as
outras, daqui. Menos a de 1970. Não tinha passaporte, e onde estava, era
proibido ligar televisão.
Argentina: o “calote”
reestruturado a não pago
A tragédia começou em 2001, depois da ditadura cruel e a
tortura, do ataque burro às Malvinas, o governo corrupto de Menem. Apesar de incompetência,
conseguiu a reeleição, queria o terceiro mandato, exagero. Mas não foi preso.
A dívida da Argentina chegou a 100 BILHÕES de dólares, fez
notável negociação. Os credores aceitaram receber apenas 30 por cento,
parcelados, desistiram de 70 por cento, estavam recebendo.
Surgiram os “fundos podres”, complicou tudo. Vai haver outro
acordo, a Argentina não pode será devorada por negocistas. A presidente
Cristina é incompetente, a Argentina não pode pagar por isso.
Henrique Alves
governador
Revelei que o presidente da Câmara seria governador com 70
anos, agora, sairia com 78. Mostrei também que ele poderia ter sido governador
há dezenas de anos. Fui grande amigo do pai, desde que chegou ao Rio, deputado
Constituinte com 23 anos.
Surgem as primeiras pesquisas no Rio Grande Do Norte.
Aparece disparado, na frente de todos, ganha no primeiro turno. É muito tempo
para análise, mas em 2022, se quiser, se elege senador.
PS – Felipão
chora porque o árbitro deixou de marcar o pênalti que Marcelo não sofreu. Merecidamente
adepto do “fredinite”, sem o qual o Brasil não estaria na posição confortável
em que está. Mal humorado, deu entrevista coletiva irritado, saiu sem se
despedir dos jornalistas que tanto o exaltam e elogiam.
PS1 – Os
jogadores choram por causa do hino, uma espécie de civismo de contradição. O
hino é para vibrar e não para chorar, embora eu não seja apologista do “homem
não chora”. Chora sim, principalmente no pódio, vitorioso, glorioso,
portentoso.
PS2 – Felipão
reúne os jogadores e exige: “Precisamos ganhar de Camarões”. Não houve
gargalhada, porque todos eles se assustam com a reação do treinador. Não é o
respeito, é o temor. Muito diferente, só Felipão ainda não percebeu.
PS3 – Quase todos
falam na “união Felipão-jogadores”, como se estivessem realmente juntos. Ilusão
de ótica e até geográfica, Felipão é uma espécie de floresta Amazônica
esportiva, ligando o nada a coisa alguma.
PS4 – Hoje é
sábado, só na segunda feira entrarão em campo contra Camarões. Quando houve o
sorteio das chaves, escrevi: “A sorte premiou o Brasil e a Argentina”. Era
impossível dizer outra coisa ou ser contrariado pelos resultados.
PS5 – Quando foi
feito o sorteio, esse foi logo identificado como “grupo da morte”. Uruguai,
Inglaterra, Itália. Quem era o quarto? Costa Rica, ninguém sabia quem era,
geográfica ou esportivamente.
PS6 – Pois essa
Costa Rica ignorada e desconhecida, começou a se mostrar ao derrotar o Uruguai.
E ontem, contra a Itália, foi o grande protagonista, se classificou derrotando
a poderosa Itália. Agora pode até perder para a eliminada Inglaterra, mais
preocupada com a hora voo (de volta), do que com a hora do jogo.
PS7 – Domínio
total da Costa Rica. No primeiro tempo, Balotelli precisava apenas cobrir o
goleiro, sozinho, para fazer gol. Cobriu, para fora. A seguir, no bico da área,
em situação favorável, chutou forte em cima do goleiro. Dois lances
fundamentais, Balotelli passou em branco e ainda levou amarelo.
PS8 – Aos 42 do
primeiro tempo, o pênalti mais autêntico da Copa. O atacante da Costa Rica foi
imprensado e derrubado por dois adversários, o juiz “não viu nada”. Mas aos 44,
Ruiz “foi à forra”, fez o gol, que seria o da vitória e da classificação.
PS9 – Terça
feira, o “jogo da morte” entre Uruguai e Itália. Nenhuma vantagem ou
desvantagem, a segunda vaga disputada dentro de campo. O Uruguai com 2 títulos.
A Itália com 4 e várias finais. Sendo que em duas perdeu para o Brasil. 1970,
goleada, 1994, nos pênaltis.