13.2.14

PSOL PEDE RETRATAÇÃO DA TV GLOBO EM MATÉRIA QUE ENVOLVEU FREIXO À MORTE DE CINEGRAFISTA. MST DIZ QUE SUPREMO É ‘REFÉM DA GLOBO’ E TENTA INVADIR SEDE

Via Brasil de Fato e DCM -
Em nota divulgada terça-feira (11), a executiva nacional do PSOL exige imediata retratação da TV Globo por ter produzido uma matéria em que vincula o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL/RJ) ao episódio que vitimou o cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade.
Partido acredita que acusação visa atacar a principal liderança no Rio de Janeiro; matéria afirmou que o homem responsável por acender o rojão que matou Santiago era ligado ao deputado
Segundo a matéria veiculada pelo programa Fantástico, no último domingo (9), o advogado Jonas Tadeu, que defende Fábio Raposo, um dos supostos envolvidos na morte do cinegrafista, entregou à jornalista da TV Globo um termo circunstanciado, ou seja, um documento utilizado para registrar crimes de menor gravidade.
Nesse documento consta que a ativista, conhecida como Sininho, afirma que o homem responsável por acender o rojão que matou Santiago era ligado à Freixo. O termo foi registrado pelo estagiário do advogado, Marcelo Mattoso.
O deputado, entretanto, nega a acusação. “O seu estagiário fez um termo circunstanciado com uma acusação gravíssima, sem nenhum fundamento. E o senhor entrega a uma repórter? O senhor foi, no mínimo, inconseqüente”, disse Freixo ao advogado durante uma entrevista concedida à Rádio Globo com a participação de ambos.
Ligação com a milícia
Jonas Tadeu Nunes foi o mesmo advogado que defendeu o miliciano e ex-deputado estadual Natalino José Guimarães, em 2008, chefe da maior milícia do Rio de Janeiro. À época, os milicianos foram presos, depois da investigação da CPI das Milícias presidida por Marcelo Freixo.
No entanto, Tadeu negou ter entregue o termo por vingança. Ele afirmou não lembrar de ter defendido o miliciano durante a investigação.
A intenção da acusação, de um lado, segundo o PSOL, visa atacar a principal liderança do partido no Rio de Janeiro e, de outro, busca impingir ao partido a pecha de violento.
“Nosso partido exige imediata retratação da TV Globo, para que se desfaça o prejuízo político causado com a mentirosa reportagem; queremos que os culpados pela morte do cinegrafista sejam processados e julgados e não aceitamos a criminalização das manifestações públicas”, finaliza o documento referindo-se às últimas manifestações que questionaram os abusivos gastos realizados com a Copa do Mundo.
MST diz que Supremo é ‘refém da Globo’ e tenta invadir sede em Brasília
O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, suspendeu a sessão desta quarta-feira por cerca de 50 minutos devido a uma tentativa de invasão de militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). A sessão foi retomada por volta das 17h.
“Fui informado agora pela segurança que o tribunal corre o risco de ser invadido. Vamos fazer um intervalo na sessão”, disse Lewandowski, que presidia no lugar do ministro Joaquim Barbosa, que havia se ausentado do plenário.
Segundo a Polícia Militar, eram cerca de 20 mil militantes
Os manifestantes desceram a Esplanada dos Ministérios e chegaram à Praça dos Três Poderes, onde fica o prédio do STF, e derrubaram as grades que protegem o local. Os seguranças do próprio STF e policiais militares conseguiram conter a tentativa de invasão.
Os manifestantes estavam vestidos com camisetas e bonés vermelhos e carregavam várias faixas, algumas com críticas à atuação do Poder Judiciário.
Uma delas dizia “STF, refém da Rede Globo”, e outras cobram o julgamento do mensalão tucano e o julgamento de casos de assassinatos de camponeses. Há ainda faixas chamando o mensalão de “julgamento de exceção” e “crime é condenar sem provas”.
Depois da tentativa de invasão do STF, os manifestantes se dispersaram pela praça dos Três Poderes, ao redor da qual ficam, além do STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. A Polícia Militar chegou a jogar duas bombas de efeito moral sobre os manifestantes.

ENTREVISTA 

Marcelo Freixo: Globo é sócia de um projeto autoritário de cidade e trata do Rio como de “grandes negócios”

LEIA EM VIOMUNDO: