REDAÇÃO -
Trabalhadores e trabalhadoras da Argentina farão mais uma greve geral contra a política econômica do governo do presidente Maurício Macri, na próxima terça-feira (30). A paralisação, convocada pela Central dos Trabalhadores da Argentina (CTA) e pelos principais líderes sindicais do país, Hugo Moyano, Hugo Yasky e Pablo Micheli, é em protesto contra os ajustes e arrochos que o governo vem impondo à população.
Em setembro do ano passado, os trabalhadores fizeram uma greve geral contra as negociações do governo argentino com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para renegociar o crédito de mais de US$ 50 bilhões. Na época, os sindicalistas alertaram que o FMI iria impor ajustes que afetariam os argentinos, em especial os mais pobres.
Mas Macri firmou o acordo e, para receber o empréstimo com um adicional – no total R$ 57,1 bilhões -, que deve ser repassado pelo fundo até 2021, anunciou uma série de medidas impostas pelo FMI, como o fim dos subsídios, metas de inflação e reformas trabalhistas e previdenciária - as duas últimas, orientaram os técnicos, podem ficar para depois da eleição marcada para outubro deste ano.
O resultado do ajuste é um índice de desemprego de mais de 9% em março, inflação de 4,7% no mesmo mês e 54,7% em 12 meses. Com essa conjuntura e o fim dos subsídios, o povo está tendo dificuldade até para pagar contas de itens básicos, como água, energia e gás ou mesmo para usar o transporte público.
Na avaliação do secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa, “de certa forma, Macri fez o que prometeu ao FMI. E os cortes nos programas de desenvolvimento social e de subsídios, somados ao desemprego e à alta na inflação contribuíram para o crescimento da pobreza na Argentina, como alertaram os sindicalistas em 2018”.
Fonte: CUT