ANDRÉ MOREAU -
(com informações do Frei Sérgio Antônio Görgen)
As greves dos caminhoneiros e petroleiros expuseram o grau de covardia da política neoliberal implantada pelo ilegítimo Michel Temer, o desumano chefe do processo de desmonte da maior empresa estatal do País, travestido de herói do neoliberalismo que salvou o Brasil do "populismo". A resistência dos trabalhadores revoltados pode desembocar na construção da greve geral.
Por que o petróleo descoberto por especialistas da Petrobrás em território brasileiro foi atrelado a variação do dólar?
Essa é uma das perguntas que a Presidenta Dilma Rousseff responde, na pequena aula que deu aos jornalistas após visitar o preso político e ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
AGORA: Dilma Rousseff visita Lula e fala com a militância na Vigília #LulaLivre
O jogo dos abutres subservientes do governo ilegítimo que se alimentam como bichos devorando as riquezas naturais da Petrobrás, junto com os acionistas estadunidenses, em detrimento do povo brasileiro, ficou nítido para a maioria da população, assim como as reprováveis ações do Presidente da Câmara Rodrigo Maia, do Presidente do Senado Eunício Oliveira e da Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, que ainda teve a desfaçatez de falar em plano de pacificação, enquanto os mais pobres empurrados para a miséria extrema são obrigados a substituir o gás de cozinha por carvão.
Os caminhoneiros representaram todos os brasileiros que se sentem violentados pelo brutal retrocesso político, excludente, desonesto, imposto por canalhas acovardados por setores do judiciário que trancafiaram Lula na masmorra de Curitiba, sem provas de que ele tenha cometido crime.
A greve dos petroleiros expôs, novamente, os vendilhões do Congresso Nacional que traíram a maioria da população juntamente com meia dúzia de oligarcas do consórcio dos meios de comunicação que, obedientes à narrativa de ódio do Jornal Nacional (JN), acirraram as conspirações em 2013, visando derrubar a presidenta Dilma Rousseff através do impeachment, sem mérito, para dentre outros objetivos ocultar o desmonte da auto suficiente Petrobrás que nos governos Lula e Dilma passou a refinar o óleo bruto do pós sal, no lugar de exportar óleo bruto e importar os derivados.
A greve dos caminhoneiros bloqueou as estradas por onde escoam nossas riquezas reforçando a luta dos petroleiros pelo essencial na construção das condições da greve geral: a derrubada do tucano mais pesado do governo ilegítimo da Petrobrás e o fim do governo ilegítimo. A queda de Pedro Parente, no inconsciente popular, também simboliza a fraqueza dos golpistas que se protegem por trás das forças armadas, divididas sobre a atuação do General Etchegoyen que comanda o Planalto.
Dois pesos e duas medidas
A resistência dos caminhoneiros grevistas que só desocuparam o Porto de Santos - SP (1), depois de 11 dias de paralisações, segundo informações que circulam pela Internet, pode voltar a ocupar as estradas, revelando mais uma vez a possibilidade da população enfrentar os golpistas protegidos pelos ministros do STF, que rasgam diariamente a Constituição como quem puxa papel higiênico no "toalet".
Antes de ser "convidado" a bater asas da Petrobrás, Parente não teve dúvida em reafirmar sua subserviência aos acionistas da Wall Street (30), aumentando o preço da gasolina em 0,74 %. Manobra que deve ter agradado os especulador do Grupo RBS, no qual Parente atuou como vice-presidente (2003 - 2009), tendo sido encarregado dos grupos financeiros que salvaram a RBS da falência. Parente assumiu os negócios do citado empreendimento e no final de sua gestão, o Fundo Gávea, do Presidente do Banco Central do Governo de FHC, Armínio Fraga, comprou 25% das ações da RBS, empresa que em 2001 foi autuada por fraude fiscal de mais de R$ 250 milhões.
Parente ganhou peso na Casa Civil, em 1999, por onde passavam todas as nomeações importantes do Governo FHC. Nessa ano, Edison Pereira Rodrigues foi nomeado Presidente do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), órgão que julga questões tributárias entre o governo e os contribuintes. Rodrigues permaneceu no CARF até 2004. Edison Pereira Rodrigues foi investigado na Operação Zelote, mas o processo tramita lentamente e em sigilo no STF.
Os mencionados fatos podem ajudar a entender o peso dos tucanos junto ao consórcio dos meios de comunicação capitaneados pelo O Globo, no seqüestro da pauta de luta dos estudantes contrários aos altos preços das passagens de ônibus, em 2013, argumento manipulado na narrativa de ódio contra a Presidenta Dilma Rousseff.
O golpe de Estado contra a Presidenta Dilma Rousseff, objetivou neutralizar políticas sociais que vinham tornando o País auto suficiente em diversas áreas, melhorando o poder aquisitivos dos trabalhadores.
A prisão do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é outra tentativa de neutralizar a possibilidade de desenvolvimento social, diminuindo o custo Brasil e possibilitando que os mais pobres alcem vôos como todo cidadão.
Diante de tai fatos, como denominar os R$ 0,46 centavos impostos a partir da ação dos militares, para por fim a greve dos caminhoneiros?
Da mesma forma que o cala boca do senhor de engenho contrariado com a reação do negro rebelado a quem dizia, "Engula sua língua?"
Até porque, o desconto no preço do diesel será pago pelos mais pobres, já brutalmente atingidos pelo aumento do botijão de gás que em alguns estados chega a custar R$120,00 reais.
O que o povo deve fazer diante do pedido do Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luiz Fux, dirigido aos ministros do STF para que se "(...) ratifique, que um condenado em segunda instância não pode ter sua candidatura registrada pela Justiça Eleitoral, nem mesmo de forma provisoria", esquecer Lula na masmorra de Curitiba?
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*André Moreau, é Professor, Jornalista, Cineasta, Coordenador-Geral da Pastoral de Inclusão dos "D" Eficientes nas Artes (Pastoral IDEA), Diretor do IDEA, Programa de TV transmitido pela Unitevê – Canal Universitário de Niterói e Coordenador da Chapa Villa-Lobos – ABI – Associação Brasileira de imprensa, jornalabi.blogspot.com arbitrariamente impedida de concorrer à direção nas eleições de 2016/2019.
