ALCYR CAVALCANTI -
A seleção brasileira vai na contramão da triste situação do país. Enquanto o Brasil amarga uma crise sem fim nossa seleção vai até Moscou como uma das favoritas, talvez pelo motivo de nossos melhores jogadores atuarem longe do país e ficarem imunes à tragédia social que se instalou há alguns anos. A "Era Temer" que parece um castigo que não tem fim deixou a nossa população triste e desesperançada, sem rumo e descrente de um futuro melhor apesar de estarmos há poucos meses de uma nova eleição. Talvez seja este o principal motivo de uma certa frieza em relação aos nossos jogadores. Talvez um dos motivos tenha sido a tentativa de apropriação de símbolos associados à nossa pátria como a camisa amarela da seleção e a bandeira do Brasil que motivou um acirramento entre os que defendiam e os que repudiavam o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Forma-se então mais um falso dilema tão a gosto de patriotas equivocados que caem em "contos do vigário" em falsas verdades.
Os símbolos pátrios não serão destruídos, nossa bandeira, nossas cores serão sempre defendidas pelos que de fato pretendem um Brasil melhor. O presidente mais impopular de toda nossa história vai continuar com 0,5% de popularidade pode o Brasil se tornar hexacampeão ou ser surrado em todas as partidas. Felizmente nossa seleção não depende do apoio da presidência que ninguém apoia, a não ser um pequeno grupo palaciano.Em uma época de trevas que se instalou entre nós um pequeno sonho não faz mal a ninguém, vamos torcer pelos nossos onze e ter sempre em mente algumas artimanhas palacianas que poderão surgir durante a festa do futebol. E Viva a seleção brasileira.
A seleção está na Chave E enfrenta a Suíça no domingo às 15h no horário de Brasília.