MIRANDA SÁ -
“Esportes não formam o caráter. Revelam-no.” (Hippolyte Jean Giraudoux)
Nesta pós-Olimpíada ainda temos margem para falar de premiação. Nos três primeiros lugares, temos os Estados Unidos com um total de 121 medalhas, sendo 46 de ouro, 37 de prata e 38 de bronze, depois vem a Grã-Bretanha com 67, 27 de ouro, 23 de prata e 17 de bronze; a China ficou em terceiro, alcançando 70, 26 de ouro, 18 de prata e 26 de bronze.
Nós, os verde-amarelos-azul e branco, ficamos com 19 condecorações, 7 de ouro, 6 de prata e 6 de bronze. Esperávamos mais, é, entretanto, desconhecida a razão do fracasso, exceto por sabermos da incompetência do PT-governo e a extorsão propineira dos seus corruptos de estimação no Ministério dos Esportes.
Não adianta chorar o leite derramado. Nossos atletas deram o melhor de si, e foram os mais modestos, sem-nome na mídia, que nos deram as maiores alegrias. Prêmio é prêmio; internacionalmente a maior distinção e mais conhecida é o Prêmio Nobel, distribuído a cientistas, literatas, e contribuintes para a paz mundial.
Por outro lado, um publicitário norte-americano John Wilson, criou a “Framboesa de Ouro”, prêmio dado ao pior entre os piores filmes do ano. Assim, os galardões não são distribuídos apenas para os melhores.
No panorama olímpico que o contribuinte brasileiro patrocinou, a Fundação Heinrich Böll pelo Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas do Rio de Janeiro fala da realidade brasileira e a herança que a Olimpíada deixa para o povo no documento “Os jogos da exclusão”.
Lembramos o que ocorreu na Copa do Mundo, e a roubalheira já caiu no esquecimento da imprensa e mesmo da cidadania. O avanço gigantesco nas verbas e um amontoado de obras inacabadas, como às que encontramos hoje no Rio de Janeiro, no negativo das fitas de propaganda da Prefeitura.
Para os promotores do megaevento eu daria medalhas enferrujadas pelo desprezo dado à população mais carente. Quantos hospitais e escolas teriam sido construídos com os bilionários gastos? Como seria bom, garantir medicamentos para os enfermos e distribuir material didático para as crianças carentes!
Isto me leva a recompensar negativamente o joio e positivamente o trigo. Para os bons, como negar medalhas de ouro para a Polícia Federal, o Ministério Público e o Juizado Federal nas modalidades que exercitam?
No pódio, sobrariam ainda medalhas de prata para os políticos não envolvidos nem esquemas de corrupção (o que é de sua obrigação), e medalhas de bronze para os delatores em seu desempenho para livrarem-se de penas maiores pelos delitos praticados…
Do outro lado, os que fazem da corrupção um esporte (e vice-versa), revelando-se seus caracteres, deveriam ser agraciados com medalhas feitas com o metal enferrujado de Pasadena.
“Framboesa de Ouro” para Dilma, na soberba e arrogância da mediocridade, pela sua falta de respeito à cidadania no cometimento de um péssimo governo. Ao lado de Dilma que exibirá a faixa do impeachment, teremos o seu criador e mentor, Lula da Silva, chefe de um partido transformado em organização criminosa.