ILUSKA LOPES -
Imagens postadas por alunos da Universidade Estadual do Rio de
Janeiro (UERJ) mostram o acúmulo de lixo e vazamento nos banheiros da
universidade. As fotos foram publicadas nesta quarta-feira (29/04) na
página "Uerj da Depressão", que alerta sobre problemas, eventos e
situações passadas por alunos da faculdade.
Sacos de lixo pelos corredores e banheiros interditados
(mesmo os liberados estão com mictórios e torneiras lacradas). Limpeza,
manutenção e até segurança da Universidade Estadual do Rio de Janeiro
(UERJ) vêm se deteriorando nos últimos meses com o atraso do governo
estadual no pagamento das empresas que prestam serviço.
A empresa do Grupo Construir, responsável pela limpeza da universidade,
diz que está há mais de quatro meses os salários de seus funcionários
atrasados. Isso porque a empresa não recebe os repasses do governo do
estado. Nesta quinta-feira (30/04) completou cinco meses de atraso nos
salários. Até quando...
Sindicatos do Rio protestam contra projeto de terceirização
Para marcar o Dia do Trabalho, comemorado ontem, diversos
sindicatos do Rio de Janeiro e movimentos sociais promoveram
um ato nos Arcos da Lapa contra o Projeto de Lei (PL) 4.330,
aprovado na Câmara dos Deputados e em análise no Senado, que permite a
contratação de trabalhadores por meio de empresas terceirizadas em todas
as atividades, inclusive nas áreas fim.
A concentração para o ato político-cultural 1º de Maio Unificado – Em
Defesa dos Direitos, da Democracia e do Combate à Corrupção! começou
por volta das 15h. De acordo com o diretor de Comunicação da CUT-RJ,
Edson Munhoz, o evento reuniu, pela primeira vez, todas as centrais
sindicais do estado e partidos políticos de esquerda, além de movimentos
sociais.
– A verdade é que a PL 4.330 acabou unindo mesmo as pessoas e
movimentos sindicais que tinham divergência. Nesse momento, o maior
interesse nosso é a garantia das leis e avançar. Esse projeto leva o
Brasil a uma situação anterior à CLT [Consolidação das Leis do
Trabalho], uma legislação que não está atualizada, mas ainda é boa em
muitos aspectos. Esse projeto desmonta a CLT, ele é inconstitucional. A
gente vai ter muita luta, porque a ideia do Eduardo Cunha [presidente da
Câmara dos Deputados] é entregar ao empresariado o direito dos
trabalhadores.
Para Munhoz, o projeto será modificado no Senado. “A composição do
Senado é diferente, a gente nunca teve uma Câmara dos Deputados, que eu
tenha conhecimento, tão reacionária, tão de direita, com tantos
empresários, com tanta representação do patrão como tem agora. Além
disso, não existe uma disposição do presidente do Senado de brigar e
bater de frente como tem o Eduardo Cunha com o governo da Dilma. E a
gente tem certeza que se passar dos dois, a Dilma vai vetar”.
Integrante da coordenação nacional do movimento Juventude Vamos à
Luta, a estudante Mariana Nolte, de 23 anos, faz críticas mais duras ao
governo. “Os ataques que o governo Dilma está aplicando atingem em cheio
os trabalhadores, mas também respingam muito na juventude. Hoje a
educação está sendo vanguarda de várias lutas no país, porque os estados
também estão sofrendo com o impacto do ajuste fiscal do governo
federal. E a educação, consequentemente os estudantes, tem sofrido muito
esses ataques. A gente do Vamos à Luta acha que será necessária uma
greve geral da educação este ano, para derrotar os cortes de R$ 7
bilhões que a Dilma já tirou da educação”.
Em defesa da presidenta, o bancário Antonio Vazques levou um enorme
boneco de Dilma Rousseff ao ato. “Estamos aqui hoje no 1º de Maio para
fortalecer a nossa presidenta Dilma Roussef, que precisa do nosso apoio
para vencer essa direita ultrapassada, atrasada, uma direita lacerdista
que não aprendeu que o Brasil tem que ser ponta de lança do planeta. O
povo brasileiro tem inteligência, capacidade, coragem e trabalha para
ser um país de destaque no mundo. Não adianta, os cães entreguistas
lesa-pátria não vão vencer! Fora Eduardo Cunha, imperador romano”.
*Com informações da ABr.



