13.5.15

BARÇA FINALISTA PERDE PARA O HONRADO BAYERN

Por JUCA KFOURI - Via Uol Esporte - 


Não deu nem para o começo.

Mentira.

Para o começo deu, porque, de cabeça, aos 7 minutos, o zagueiro marroquino Benatia subiu e fez 1 a 0 para o Bayern Munique.

Mais de 70 mil torcedores enlouquecidos não gritavam. mas pensavam: “Ich glaube!”, “Eu acredito!”.

Mas 21 minutos depois já estava 2 a 1 para o Barcelona, dois gols do endiabrado Neymar, ambos em passes de Suárez, os dois lances iniciados por Messi, primeiramente pelo chão numa enfiada genial do argentino, depois pelo alto, de cabeça para o uruguaio servir o craque brasileiro.

Além do holandês Robben e do francês Ribéry no ataque, o Bayern se ressentia da falta do lateral-esquerdo austríaco Alaba, porque pela direita o time catalão pintava e bordava.

Para silenciar de vez a arena de Munique, o goleiro alemão do Barça, Ter Stegen, fazia defesas magistrais, uma delas, em dois tempos, num chute à queima-roupa do polonês Lewandowski que quase ultrapassou inteiramente a linha fatal.

Quando o intervalo chegou os donos da casa teriam que fazer 6 a 2 para ir à capital alemã, no dia 6 de junho, para jogar a final da Liga dos Campeões da Europa, contra o Real Madrid ou a Juventus de Turim.

Parecia impossível. E era mesmo.

Pedro voltou no lugar do garção Suárez, lesionado na coxa esquerda, no segundo tempo.

O Bayern jogava por sua dignidade e o Barcelona para descansar pensando no Atlético de Madrid, contra quem jogará no domingo, na capital espanhola, para ser campeão nacional caso vença, embora uma anunciada greve possa antecipar o 23o. título blaugrana.

E a honra alemã não é pouca, capaz de comemorar um empate brilhante dos pés de Lewandowski depois de tirar o argentino Mascherano para dançar e finalizar colocado, da entrada da área, inapelável:  2 a 2.

O problema germânico era óbvio: faltavam quatro gols e meia hora de jogo.

Um gol a cada sete minutos e meio só a seleção alemã, no Mineirão… 

O terceiro gol bávaro, de Thomas Müller, veio quando faltavam 18 minutos para o jogo terminar.

Faltavam três gols, um a cada seis minutos…

Dar, dava, mas não deu.

O 3 a 2 final honrava o fabuloso BM, que seguiu até o fim, feito um torniquete.

O Bayern fez os três gols de que precisava para levar o jogo à prorrogação, mas tomou os que não podia sofrer.

Se no primeiro tempo o jogo foi equilibrado, no segundo houve  apenas um time em campo.

Se bem que, nos acréscimos, Neymar teve a chance do empate, mas preferiu passar para Messi e o fez mal. 

O mundo agora quer ver os dois gigantes espanhóis em Berlim, no que será a segunda decisão hispânica seguida da Liga, depois da final entre os dois grandes de Madrid no ano passado, em Lisboa.

Modestamente, o blogueiro torcerá para que seja contra a bianca e nera Juve, de Carlitos Tevez.