HELIO FERNANDES - Via blog do autor -
Os partidos ditos de oposição, mas que na verdade não passam de oportunistas.
E ratificando a palavra procuram não perder a oportunidade de mobilizar o
impeachment. Não conhecem bem o sentido ou a interpretação do que seria ou
poderia ser a derrubada da presidente, mas não sonham com outra coisa.
O Tribunal de Contas, que não é invulnerável, afirma que “a presidenta
Dilma praticou crime, retardando o reparte de recursos a bancos particulares”.
Vem Aécio Neves, e publicamente diz: “Isso terá consequências”. Olha para o
lado, diz para muitos, mais basbaques do que correligionários: “Aumentam as
chances de impeachment”.
O PT erra tremendamente, tem seguidamente o tesoureiro do mensalão e do
petróleo. O primeiro foi condenado, o segundo, acusado, preso e que também será
condenado. A repercussão da prisão e do depoimento de Vaccari na Polícia
Federal (que poderá ser hoje), e cita Aécio e toda bancada do golpismo.
A cúpula do PSDB, com aplauso do DEM, PPS, e até outros, pegam um
relatório, se reúnem, alguém lê em voz alta: “Tesoureiro do PT acusado de
corrupção, lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito, formação de quadrilha”.
Aécio em silencio, se levanta e retumba: “Ninguém escapa da punição, não
apenas Dona Dilma. Para, impeachment, para os outros, punição gravíssima”. E
volta a “meditar”.
Só houve um impeachment na Historia do Brasil, mas podiam ter aprendido.
Vou mostrar o que acontece e tem que acontecer obrigatoriamente, no caso do
impeachment. Vou deixar que aguardem um pouco, para “sofrerem” com a
ignorância.
O turismo do PMDB
Há meses o ex-deputado Henrique Alves estava convidado para Ministro. Na
verdade esperavam apenas sua relação com a Lava-Jato. Investigado não seria
nomeado. Como ficou de fora, entrou, tomou posse ontem.
A presidente compareceu, muitos ministros, uma festa. Menos para Eduardo
Cunha e Renan Calheiros. Este já não compareceu a um jantar convidado por Dona
Dilma, por que iria se incomodar agora?
O espantoso, é que Henrique Eduardo teve 10 mandatos de deputado pelo
mesmo partido. Como disse o criativo e observador Ministro do Supremo, Marco
Aurélio de Mello, “os tempos são muito estranhos”. SÃO ou ESTÃO, Ministro?
Respostas
Aurelio Simões, Salvador, Bahia, leitor desde os 12 anos, por causa do
pai e do tio, que “devoravam a Tribuna impressa”. Agora médico pergunta por que
dirigi a campanha de Juscelino, viajei com ele pelo mundo, depois fiquei
duramente contra ele. Aurelio, os fatos comanda tudo, não se pode mudar sempre,
ou permanecer a vida inteira na mesma posição.
No final de 1980, Tancredo Neves fundou o PP. (Partido Popular), dizia:
“não é nem de oposição nem de situação”. Um domingo, Tancredo me chamou no
apartamento da Avenida Atlântica. Depois de quase 4 horas me convidou para
candidato ao senador. (Brizola já me convidará também, aceitei o convite de Tancredo).
Marcou reunião para o maior salão do Congresso, diante de mais de 300
pessoas, afirmou com aquele vozeirão; ‘Quero ver que é que agora vai dizer que
o PP não é oposição se temos o jornalista que é o maior oposicionista do país?”
Conheci JK na Constituinte de 45, mocissimo cobri esse acontecimento
importantíssimo. Muitos deputados, senadores, alguns se transformaram em fontes
preciosas. Com a promulgação da Constituição, câmara e senado separados
frequentava as duas quase que diariamente.
Passei tempos sem ver Juscelino, se elegeu governador de Minas em 1950,
em 1954 se lançou candidato a Presidente da República. Me procurou (por
intermédio do jornalista Horacio de Carvalho, dono do Diário Carioca) convidou
o repórter para dirigir a Comunicação da sua campanha. Falou: “Antes de você
responder, tenho que confessar. Não temos dinheiro para nada”.
Respondi que assim aceitava com mais satisfação, quase 1 ano correndo o
Brasil todo, excelente. Foi eleito no dia 11 de novembro de 1955, dois golpes:
um para empossa-lo, fora eleito, outro para não dar posse a ele. Às duas da
madrugada já do dia 12, vitorioso, empossado Nereu Gomes como presidente até 3
de janeiro de 1956, resolveu viajar como presidente eleito, diplomado e ainda
não empossado.
Me procurou, disse: ”Helio vou viajar, não tenho nada que fazer aqui.
Comigo só três pessoas, estou convidando você”. Aceitei, claro. Viagens
maravilhosas que nenhum bilionário pode fazer. Começamos a divergir logo que
ele anunciou que mudaria a capital, o ato e o fato mais catastrófico dos 50
anos. Não quis ser nada no seu governo, passei a fazer a primeira coluna
política do país, (antes só existiam colunistas “socialites”), mudou tudo. E
também participei de um programa na TV-Rio, jornal e TV de oposição.
Fui censurado brutalmente na televisão, junto com o Millôr e o Carlos
Lacerda. Decorrera 10 anos, em 1965 o ex-ministro e meu amigo, Renato Archer,
telefonou: “Helio, o JK quer conversar com você, marquei um almoço, está bem?”
Estava, Renato morava num apartamento simpático no Flamengo, chegamos quase
juntos, Juscelino sentou, entrou logo no assunto: “Helio quero conversar com
você, tenho que te pedir desculpas e explicar pela censura que você sofreu no
meu governo”.
Cortei imediatamente: “Presidente não há nada a explicar, se passaram 10
anos, a realidade é outra, estou tentando concretizar o “relacionamento” com
todos, pela democracia”. Não aceitou, confessou: “Os primeiros tempos do meu governo
foram terríveis. Eu vivia dentro de um avião, não sabia se dormia no Rio ou em
Brasília, que não saía do chão”.
Só muito mais tarde soube que você, o Millôr e o Lacerda estavam
censurados. Podia ter tomado providencias, mudado as coisas, vou te confessar
com sinceridade: “é impossível alguém governar com vocês três fazendo oposição
na televisão”.
Parecia aliviado. Enfrentou então momentos traumáticos. Cassado como
senador de Goiás, diariamente respondendo aqueles interrogatórios do coronel
Ferdinando de Carvalho, cassado pessoalmente, viajou para a Europa. Nunca mais
nos vimos, fui ao velório no apartamento da Sá Ferreira, foi rápido o corpo ia
para Minas.
Ficou bastante tempo na Europa, sofrendo por não poder voltar para o
Brasil. Conversou muito com a deputada Sandra Cavalcanti. Não por acaso,
sabendo que era grande amiga do repórter, confessou: “Não vou me pronunciar
sobre a Frente Ampla. Mas considero que é um dos movimentos mais importantes do
nosso tempo”.
PS- A corrupção contaminou o Brasil de maneira jamais vista. Alem do
mensalão, Petróleo, Receita Federal, (19 bilhões até agora) as novas fontes de
enriquecimento ilícito; Caixa Econômica, Ministério da Saúde, agencias de
Publicidade.
PS2- Até seguro de trânsito, (DPVAT) com juízes expedindo no mesmo dia,
229 mandados de busca, prisão e apreensão.
PS3- E ainda faltam as grandes construções, aeroportos, estradas,
hidroelétricas gigantescas, todas com participações das corruptas-corruptoras
da Lava- Jato. Já detectaram superfaturamento na Eletronorte, subsidiária da
Eletrobrás.
PS4- Ganha uma viagem á Turquia, na companhia do Papa Francisco, quem
descobrir uma estatal sem grandes roubalheiras. Fiquem de olho nesse
subterfúgio chamado de “leniência”, para salvar as empreiteiras corruptas e
corruptoras. E mantê-las no mercado.
PS5- Vaccari deixou a tesouraria, mas continua preso a compromissos:
permanece no Diretório Nacional do PT.
Comentários através do
e-mail: blogheliofernandes@gmail.com
Assisti ao Observatório da
Imprensa em que o grande jornalista Dines tratou do caso HSBC com os repórteres
do UOL e do Globo que cuidam do assunto. Elogios e mais elogios, mestre Helio.
Quando a lista apresentou o sobrenome Dines atrelados a dois nomes, o brilhante
jornalista mudou de opinião. O que o mestre acha de dois pesos e duas medidas?
Natalia Paente
...
Caro Helio,
Vc se recompôs com as
empresas Globo. Quando você se reporta a esse jornalista Merval eu me confundo
com sua atual percepção das empresas acima mencionadas. E o Roberto
Marinho que vc de referiu por 20 anos como o octogenário biliardário. E o que
as empresas Globo devem a União? QUASE 3 BILHÕES DE REAIS -VERDADEIRO
CRIME LESA- PÁTRIA E O PROCESSO DESAPARECIDO, Nada mais a dizer, Hélio?Esta
indagação se faz pertinente, pois, emprega jornalistas vis como esse tal de
Merval Gouveia e Noblat (detestáveis, maquiavélicos, um escárnio ao
jornalismo praticado com lisura e profissionalismo o que esses calhordas do O
Globo, Folha, IstoÉ desconhecem, ou o fazem instrumentalizados
pelos seus patrões).
A propósito, li no Google as
peripécias satânicas de Alfredo Buzaid, revisor e um dos redatores do
CPC. O tal jurista,morto em 1991, Min. da Justiça de Garrastazu Médici, em
relatório ao ditador -mandatário da época, em 1970 disse que tinha
repórteres dispostos a colaborar com uma imprensa que apresentaria
reportagens facciosas contra fatos do dia a dia que pudessem contrariar o
sistema .revolucionário e criar -lhe dissabores e maior esclarecimentos
do povo.
Dai Hélio esta observação e determinação do Buzaid, fascista fenomenal deixou
raízes e o Globo,através de Merval e Noblat estão na mesma linha traçada por
duas e.ptesas e relatadas por Buzaid a Medici. Quanto manipulação destes
jornalistas serviçais, inoportunos e interesseiros. Lembro-me de seus
comentários na Tribuna impressa dos serviços da Globo a Revolução de 1964
e prêmio gigantesco. Concessão em 1965 do canal 4 a Roberto Marinho
que o tornou bilionário e seus herdeiros com US$ 8,2 bilhões -126a. fortuna
do mundo, de acordo com a Revista Forbes.
Este ano o canal 4 -TV Globo
completa 50 anos de delação premiada,de irresponsabilidade
editorial,mentiras e perseguições.Fale,Hélio,vc sabe que sempre vc falou
isto,opinião que corroboro lendo o relatório do fascista Buzaid e
contemplando com meus olhos de egresso da UFRJ daqueles anos 1972 a
1977.E.mais convicto que eles-imprensa PIG são sempre os mesmos.Tive
oportunidade de falar nas redes sociais como está aliviada Hildegard Angel a
partir do momento que deixou de trabalhar para a imprensa cimpista.
Insisto:
Fale,escreva,denuncie, Helio e responda-me.
Abraços, Marco Antonio Almeida.


