HELIO
FERNANDES –
Não há dúvida: o que foi feito nas favelas,
rigorosamente positivo. Mas com exagero (no marquetismo desbragado), muitas
omissões, e desacertos indiscutíveis. Na Rocinha foi feita pesquisa, apenas com
uma pergunta: “O que falta na comunidade imediatamente?”.
67 por cento: “saneamento básico”. E muitos completavam
sem estar na pergunta: “Trocariam satisfeitos, o teleférico pelo saneamento”.
Não perceberam? Beltrame, o “dono” do plano e da execução, concorda.
Polícia
Militar
Aí, em outra pesquisa, as respostas foram mais
cautelosas ou até nem responderam: “A Polícia Militar se EXCEDE ou se OMITE?”.
Olhares para um lado, para o outro.
Mais presente do que nunca, o que aconteceu com o
Amarildo, a cumplicidade de altos oficiais, (em comando), sargentos, soldados.
E a certeza de que esse episódio, mais tortura, só que sem morte, com muita
intimidação, se repete lamentavelmente.
Saneamento
básico, esperança e protesto
No caso, não se restringe a uma comunidade da favela, é
do Brasil todo. Mais de 40 por cento das casas não tem esgoto, desespero,
descaso, displicência, desprezo. E o problema, tentativa de “solução com
mentira”.
Na campanha de 2010, Dona Dilma: “A maior conquista do
nosso governo foi no setor do saneamento básico”. Como ela mente muito, (vá lá,
“falta com a verdade”), fez apenas 10 POR CENTO DO QUE AFIRMOU. Que República,
com o mesmo cheiro, a 513 anos.
Os
inimigos de Eduardo Paes
Desde novembro de 2013, circula como rumor, insinuação,
versão, fato ou boato: Eduardo Paes poderia ou poderá ser candidato fortíssimo
a governador, agora em 2014. Não utilizei nem aspas, tal o absurdo da
especulação.
Ninguém tem melhor situação do que ele como prefeito
até janeiro de 2017, quando acaba seu mandato.
E expectativas de ser governador em 2018, sem reduzir o
mandato, sem se desincompatibilizar, perder os espetáculos marcados.
Quem
quer deixar de ser anfitrião de uma Olimpíada?
A partir de 12 de junho, assiste a Copa do Mundo, como
convidado cinco estrelas. Volta às obras do Rio até o final de 2015, início de
2016. Garante a Olimpíada, se não se apressar, confraterniza com a rua e o
mundo.
Termina o mandato em 2016, passa o cargo em janeiro de
2017. Aí, tem quase 2 anos para a campanha de 2018, dependendo apenas dele. E o
repórter continua sem usar aspas.
Sair em 2014, loucura que não cometerá. Falta muito
para 2018, mas sobra espaço desde agora, para se projetar. Apesar do descalabro
e da irresponsabilidade do Engenhão. Imprudência de César Maia. Complacência do
próprio Paes.
Debate,
Lacerda, Voltaire, Millôr, Chico Caruso, ironia
Sempre houve troca de insultos, respostas, que
normalmente não terminavam só em palavras. Em certa época, os debates se
transformavam em duelos. Aqui mesmo no Rio, o coronel Juracy Magalhães,
revoltado com um editorial do “Correio da Manhã”, quis matar seu diretor, Paulo
Bittencourt. Este queria duelo, não houve.
Muitas vezes as palavras vinham carregadas de ironia,
debatedores não gostavam. Voltaire: “A ironia, é arma de tempera divina”.
Lacerda, exímio artesão da palavra, ficava em desespero
quando o adversário abandonava o insulto, surgia com ironia. Millôr irritou os
poderosos generais, que pretendiam prendê-lo por causa de uma frase: “A Justiça
FARDA mas não TALHA”. Era com eles. E Chico Caruso, o mestre diário da charge,
da palavra e da oportunidade. O “esquecimento” de Joaquim Barbosa sobre João
Paulo Cunha, genial.
Futebol
do Brasil: retrocesso de 30 anos
O colunista da Folha, Paulo Vinícius Coelho, (PVC)
escreveu: “Marco Polo Del Nero, faz o futebol brasileiro, voltar 30 anos no
tempo. Quem é esse senhor que controla a paixão do cidadão pelo futebol?”. Não
é nada, será presidente da corrupta, corrompida, corruptora CBF. Direta ou
indiretamente.
Por que a certeza? É protegido pelo servo, submisso e
subserviente bajulador da ditadura, José Maria Marin. Chegou a “governador”,
foi “vice” de Maluf. Igual a esse senhor Del Nero, não resiste a uma
transparência, PVC propõe que seja considerado inelegível.
Se fizerem pesquisa ou votação, Del Nero renuncia,
antes mesmo da eleição. Seria ótimo, com um efeito colateral, tudo a ver com
colesterol: Marin, que não foi eleito, comprará a reeleição. Já está fazendo
pagamentos antecipados, com dinheiro extraviado ou desviado, a mesma coisa.
Eusébio
e Fernando Pessoa. O Ministério Público denuncia a CBF e o chamado Tribunal
Superior
Com um dos melhores textos do jornalismo, PVC se baseia
no grande poeta de Portugal, para lamentar a morte de seu maior jogador. E o
Ministério Público, sensata e corajosamente, indicia a CBF e o Tribunal que
“rebaixou” a Portuguesa.
E garante, na integra: “Há fortes indícios de que houve
falhas no julgamento do STJD”. E completando: “A chance da Portuguesa ficar na
Série A é grande”. E liquidando CBF e STJD, (e logo a seguir o CBJD) mostrando
que eles não têm a menor importância: “O Estatuto do Torcedor é uma lei federal
e se sobrepõe ao CBJD, que é norma administrativa”.
No
futebol, 2013 ainda não acabou
O Ministério Público indiciou dirigentes da CBF, e
desses dois tribunaiszinhos, que se julgavam inatingíveis. Como escrevi muito
sobre o assunto, criticando o REBAIXAMENTO da Portuguesa, não posso silenciar.
Espero que quando este comentário estiver acessável, HOJE, o presidente da CBF,
e os juízes colocados na sua devida posição, já TENHAM PEDIDO DEMISSÃO.
Não
é vexame jogar na Série B
O Fluminense, respeitando o próprio passado, deve
aceitar o que chamam de REBAIXAMENTO, uma palavra que só é insultuosa, quando
desvirtuada. O Fluminense tricampeão verdadeiro em 1917, 1918 e 1919, não pode
se render a dirigentes circunstanciais e assustados.
O
PT cometeu tolice, chamando Campos de tolo
Desapropriado, desacertado e desproporcionado, deram
chance ao governador de vir a público, e satisfeitíssimo, responder. Também
desregrado e descontrolado, um troca o tolo por um covarde.
O governador de Pernambuco não é tolo, muito longe
disso, é espertíssimo. 1- Tolo é quem apóia Dilma durante o mandato inteiro, em
troca de cargos e favores? E abandona tudo quando se lança como “novo e
renovação?”. 2 – Tolo, quem faz no plano estadual o que condena no plano
nacional? 3 – Tolo quem se movimenta entre os 513 deputados para eleger a
própria mãe para ministra do altíssimo Tribunal de Contas da União?


